CAPÍTULO 43- LINHAGEM DE BRUXAS.

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A tensão pairava no escritório de Alaric. Minha mãe, eu, Haylee e Brayden estávamos lá, junto com Alaric. O ambiente estava carregado de expectativas e mistérios. Minha mãe, após anos de silêncio, decidiu confessar um segredo que poderia mudar tudo.

Ela começou explicando que éramos descendentes de uma linhagem de bruxas, algo que eu nunca imaginaria. Durante anos, ela havia abandonado a prática da magia para que pudéssemos levar uma vida comum, ou pelo menos algo próximo disso. A revelação abalou as estruturas da minha compreensão sobre minha própria existência.

A confissão continuou, revelando que minha mãe havia colocado nossa magia, a minha e a de Haylee, nas moedas que carregávamos. Era uma tentativa de nos dar uma vida normal, longe dos perigos e intrigas do mundo sobrenatural. As palavras dela ecoavam no escritório, e eu mal podia acreditar na complexidade da trama que envolvia nossa família.

Brayden e Haylee, ao meu lado, também absorviam cada palavra com uma mistura de surpresa e incredulidade. O que mais minha mãe escondia? As respostas começavam a surgir, mas o véu que encobria nossas origens ainda estava longe de ser completamente levantado.

— Damian era o único que sabia de tudo isso, mas por outro lado, ele que escolheu não seguir com a magia dele, ele apenas queria uma vida normal, já que ele não se via como bruxo. — Minha mãe confessou.

— Mas...e a persuasão?. — Brayden perguntou.

— As bruxas são fáceis de enganar um vampiro...e nada que uma lente de contato não funcionasse. — Minha mãe respondeu. — Eu queria que você descobrisse isso sozinha, Lisi, eu estava com medo de contar e você e Haylee se virarem contra mim.

Por um lado, eu entendia minha mãe, ela queria que a gente tivesse uma vida normal, fora do mundo sobrenatural para proteger a gente.

— Então, a gente não pode ser bruxas mais? A nossa magia foi de valha?. — Haylee perguntou.

— A bruxa, é uma serva da natureza, o vampiro, uma abominação da natureza. Você pode ser uma coisa ou outra, nunca as duas. — Minha mãe respondeu. — Então não, vocês não podem recuperar o poder de vocês, não como bruxas. — Minha mãe completou.

Me levantei da cadeira, intrigada.

— É, mas se você tivesse falado antes, talvez a gente pudesse escolher. — Respondi.

Minha mãe se levantou também.

— Filha...eu sei que está irritada comigo, mas eu não queria que vocês mudassem para esse mundo sobrenatural. A persuasão não deu certo, mas mesmo não dando, eu deixei que Brayden te levasse para essa escola, porque sabia que aqui, de um jeito ou outro, você estaria mais protegida dos Legends....do seu pai. — Ela comentou.

— Como sabe do meu pai? Você sempre soube que ele era um Legend, mãe?. — Perguntei, furiosa.

Minha mãe abaixou a cabeça.

—E não avisou nada... Se quer saber, meu melhor amigo morreu, por conta do meu pai, e isso poderia ter sido evitado, se você tivesse falado alguma coisa, e não me escondido tudo isso. — Impliquei. — Talvez assim, ele ainda estaria vivo e eu não teria sido sequestrada.

— Lisi, eu queria ter falado, mas eu só queria proteger você dos próprios poderes.

— Me proteger, mãe? Essa " proteção " só fez piorar as coisas. — Falei. — Mas enfim, já está feito, né? Como você recuperou o seus poderes? Já que colocou eles também na moeda.

— Eu apenas absorvi meus poderes da moeda. - minha mãe respondeu. — Mas vocês não consegue mais, se tornaram vampiras. — Ela acrescentou.

Peguei a moeda, a olhei com desgosto e coloquei dentro do meu bolso. Haylee pegou a moeda dela, que minha mãe havia dado a uns 7 minutos atrás e a entregou para a minha mãe.

— Sei la, queima isso. — Haylee disse, colocando a moeda com força na mão da minha mãe e saindo da escritório em velocidade de vampiro, furiosa.

Minha mãe então pegou a moeda de Haylee e começou a olhá-la.

— Incendia. — Minha mãe disse.

Assim que minha mãe pronunciou a palavra "incendia", a moeda de Haylee começou a arder em chamas. Fiquei atônita diante do espetáculo sobrenatural diante de nós, enquanto as chamas dançavam ao redor da moeda que continha a magia de minha irmã

— Vai querer queimar a sua tambem, Lisi? — Minha mãe perguntou.

— Não, vou guardá-la. — Falei, com as mãos cruzadas. —Então quer dizer que vocês nunca saíram da cidade?

— Não, a gente nunca saiu. Rick também está ciente de tudo,todos nós estamos. — Minha mãe disse. — Sei que muitas coisas aconteceram, e acho melhor eu ir embora. Qualquer coisa, se quiser conversar mais, sabe onde me achar. — Minha mãe disse, se despedindo de mim.

Antes dela ir embora, ela se despediu de Alaric e do Brayden, que também estavam na sala. Ela por fim, venho em minha direção e me deu um abraço grandioso, no começo, eu não queria abraçá-la, mas mudei de ideia e abracei ela também.

(...)
Segurando o prisma em minhas mãos, caminhei até a ponte que eu costumava treinar com o Alaric. A presença suave de Fred agora só existia na forma de um holograma que eu poderia invocar para desabafar. A brisa fresca do fim de tarde acariciava meu rosto enquanto eu me posicionava em um lugar tranquilo.

Com cuidado, ativei o prisma, permitindo que a imagem holográfica de Fred se materializasse diante de mim. Seus olhos virtuais refletiam a familiar gentileza, e eu soube que, mesmo sendo apenas um holograma, estava ali para me ouvir.

—Oie, novamente. — Ele dizia. Me sentei na borda da ponte, quase colocando meus pés na água. Fred se sentou ao meu lado. — O que houve agora?

— Eu só....eu sou...Era uma bruxa. —Falei. Olhei para Fred e ele parecia confuso.— Minha mãe é um bruxa, ela colocou meus poderes nessa droga de moeda. — Falei, pegando a moeda do meu bolso e mostrando para o Fred. —E agora eu não posso absorver os poderes, porque sou vampira. — Falei.

— Sua mãe...é bruxa?. — Ele perguntou, sem acreditar.

— É, Fred. E eu também sou...era. — Comentei.

— Mas...se você conseguir seus poderes novamente, você pode se tornar uma herege. —Ele disse.

— Uma o que?. — Perguntei.

— Uma herege. As hereges foram os primeiros hibridos existente, vampiros com poderes de bruxaria, uma aberração da natureza. — Fred disse.

— Mas isso só aconteceria se eu estivesse com a magia em mim, não é?. — Pergunto.

— Bem...aí eu já não sei. — Fred respondeu.

Bufei.

— Mas uma coisa eu sei. As hereges não tem "poder próprio", elas sugam de outras fontes...como os vampiros. — Fred diz.

— Então elas tem poderes constantes? Elas podem tirar de si mesmos. — Perguntei.

— Exatamente. — Fred diz. — E outra coisa que eu sei, sua mãe não pode colocar seus poderes em uma moeda...a menos que você mesmo tivesse colocado aí dentro.

— Como assim?. — Pergunto.

— Talvez ela tenha pedido para você fazer isso, a muito tempo, você só não se lembra. — Ele respondeu. — E se esse for o seu poder, Lisi? Você tem o sangue que dá poder aos outros vampiros, mas e se esse for o seu poder? Você conseguir ser uma vampira e bruxa ao mesmo tempo, só que com sua magia ilimitada. — Ele disse.

— Mas aí eu seria uma aberração da natureza. — Falei.

— Você é uma aberração da natureza. — Fred respondeu.

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