Estão gostando da história?
Naquela manhã, meu despertar foi pontual, cumprindo a promessa feita ao Sr. Saltzman. O ritual começou com a rotina matinal, encaminhando-me diretamente para o banho, onde as gotas d'água proporcionavam uma sensação revigorante.
Após o banho, meus passos me levaram até o pote de verbena que repousava sobre a mesinha ao lado da cama. Era um gesto automático, uma prática essencial para manter-me protegido contra influências sobrenaturais. A verbena, com seu aroma distintivo, representava uma barreira sólida contra vampiros e outras criaturas que poderiam ameaçar minha segurança.
— Está pronta?. — Uma voz masculina reconhecível tomava o ar do quarto. Me virei e então avistei ele ali.
— Brayden...– Falei, quase em um sussuro.
Brayden caminhou em minha direção, seus passos decididos ecoando no ambiente. Sua mão suave encontrou meu queixo, erguendo-o com gentileza. O olhar intenso de Brayden encontrou o meu, criando uma conexão silenciosa antes que seus lábios se aproximassem para um beijo leve. Foi um momento sutil, carregado de significado, onde a suavidade do toque e a ternura do gesto deixaram uma marca indelével em minha memória. A troca de afeto, ainda que simples, revelou a proximidade e a cumplicidade que compartilhávamos, construindo um elo que transcendia as palavras.
— Você está linda. — Ele me elogiou.
Eu não estava, estava com o cabelo molhado, sem maquiagem e com um conjunto confortável azul.
Dei um sorriso de agradecimento.
— Está melhor? Já bebeu isso ou aplicou em você?. — Ele perguntou, olhando pro pote de verbena que havia nas minhas mãos.
— Eu estou bem sim, meu útero ainda dói, mas dá pra suportar um pouco. E não, eu não bebi e não apliquei isso ainda. — Falei, olhando para a verbena.
— Ótimo, faça isso quando estiver no esconderijo, tenho uma notícia ruim. — Brayden disse e mordeu os lábios fortemente.
— O que aconteceu? Fala logo, você está me deixando preocupada. — Confessei.
Brayden então tirou suas mãos de mim e se afastou, andando de um lado para o outro no quarto.
— Hope tinha feito um feitiço de localização com a Josie, e aparentemente, os Legends iriam chegar amanhã...mas tudo mudou, Lisi, eles estão mais perto da gente do que imaginavamos.— Brayden disse e logo venho em minha direção. — Fred vai ficar com você no esconderijo também, no total, são Fred, MG, Stephanie e você no esconderijo. Haylee vai ficar no lado de fora, no escritório caso alguma coisa aconteça, e eu vou estar acompanhado eles.
Entrei em choque total, eles já estavam mais próximos do que o esperado.
— Mas...
—Vai pro esconderijo, aplica isso aí onde achar necessário e por favor, se cuida. — Ele disse, me dando um último beijo. — Não vou poder ficar com você, estou na parte de ficar de olho nos Legends....no caso, meu outro eu. Eu mesmo vou estar com a Rachel, ela vai precisar de ajuda. — Ele dizia. — Por favor, faça o que eles mandarem, assim, todos vão sair bem.
Brayden então me deu um beijo na testa e se afastou, indo em direção a porta.
— E mais uma coisa....eu te amo. — E então, ele se foi, na velocidade de vampiro.
(...)
— Isso vai dar certo mesmo?. — Perguntei, enquanto Hope, Josie, Lizzie e Melissa estavam na parte de fora do esconderijo, o cercando.—Vai sim, sempre da certo. A gente so vai construir uma barreira mágica e acabou, isso irá ajudá-los.— Hope informou.
As quatro então deram as mãos e fecharam os olhos.
— The protective barrier is in place, so that evil does not enter or prevail here. — Elas começaram a repetir isso várias e várias vezes, e a cada vez que repetia, suas mãos brilhavam, como se uma união estivesse entre elas.
Assim que acabou, todas abriram os olhos e soltaram as mãos.
— Quem está fora, não consegue entrar, mas quem está dentro, consegue sair. — Melissa avisou. — Então uma vez que sair, não consegue mais entrar. — Ela informou.
— Ok, vamos manter o controle e ninguém vai sair, eu garanto.- MG falou. E então, fechamos a porta do esconderijo, colocando de volta as estantes e tudo para cobrir.
O esconderijo revelou-se mais confortável do que eu esperava. Havia todas as necessidades básicas atendidas: camas para descanso, suprimentos de comida, incluindo sangue de esquilos e coelhos para os vampiros, além de alguns equipamentos essenciais. A organização do espaço demonstrava uma preocupação em criar um ambiente funcional e habitável, considerando as circunstâncias únicas que enfrentávamos.
Havíamos também nossos celulares, onde Alaric sempre iria dar informações ou alguém que estava com o microfone colado na roupa, completamente escondido.
Abri o pote de verbena e então, comecei a passar em qualquer canto em mim. Pescoço, pulsos, coxas....
— Ok então. Vocês tem alguma ideia do que podemos fazer por enquanto?. — Fred perguntou.
— Não, eu sinceramente só queria dormir mais. —Stephanie disse, se deitando na cama.
— Você vai dormindo enquanto a gente está aqui...tentando sobreviver?. — Perguntei.
— Não tenho uma ideia melhor. — Stephanie disse.
Revirei os olhos. Parecia que eu era a única preocupada ali.
—Vocês queremos jogar domino? Uno? Cartas?. —MG perguntava, segurando todas as opções na mão.
— Uno. —Falei, indo em direção a ele.
—Legal. —Ele disse, com um sorriso no rosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Demonie Love
HorrorEsse livro é um Dark Romance Na tranquila cidade de Mystic Falls, Lisi, uma jovem que deixou Nova York para trás, encontra-se diante de uma nova vida repleta de mistérios. Sua mãe, Cristina, busca um novo começo ao se casar com Rick, o padrasto de...