CAPÍTULO 42 - A MOEDA.

325 33 14
                                    

🦇O ambiente ao redor ecoava com o som dos socos no saco de areia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

🦇
O ambiente ao redor ecoava com o som dos socos no saco de areia. Eu estava imersa na minha rotina de treinamento, focada e determinada.

— Soco, soco, gira e chute!. — Hope gritava.

A orientação de Hope ecoou no espaço de treino, e eu prontamente executei o movimento. Girei-me com agilidade, canalizando a força recém-descoberta de minha natureza vampírica. O saco de areia, um alvo desafiador, sentiu o impacto do meu chute, afundando sob a pressão.

A sensação de poder pulsava através de mim, uma manifestação tangível da minha evolução como vampira. Cada treino, cada instrução, contribuía para aprimorar minhas habilidades sobrenaturais. A força que antes era desconhecida agora se manifestava de maneira impressionante, transformando cada movimento em uma demonstração de destreza e poder.

— Ok, Lisi. Era para chutar, não matar o saco de porradas. — Hope comentou — Mas tudo bem, aconteceu alguma coisa?.

Ao parar de bater no saco, ajustei minhas luvas de luta.A respiração controlada refletia a intensidade do treinamento, enquanto eu visualizava mentalmente cada movimento, cada estratégia.

As luvas, companheiras fiéis nos momentos de desafio, ofereciam proteção e potencializavam a força dos meus socos.

O suor escorria pelo meu rosto, testemunhando o esforço dedicado a aprimorar minhas habilidades. Cada treino era uma oportunidade de superação, de elevar meu nível e me preparar para os desafios que estavam por vir.

— Não....algumas. — Respondi. Hope ficou me encarando. — Tá, é que agora eu tô namorando, com o Brayden, você deve saber, já que ajudou ele a organizar o encontro. E outra, minha mãe guardou uma moeda, ela disse que era algo especial.

— Tá descontando sua força no saco de pancadas por causa da...moeda?. — Hope perguntou.

— Não sei, eu só...queria descobrir o mais rápido possível, tenho medo de nunca saber o porque ela me deu uma moeda. — Respondi.

— Talvez os livros possam te ajudar, ou melhor ainda, ligar para sua mãe e perguntar. — Hope sugeriu.

— Eu estava pensando em ligar para ela, mas ela não se lembraria, Rick deu a moeda para o Brayden guardar, assim que o Brayden fez o poder de persuasão na minha mãe, ela não se lembraria de nada, e só complicaria as coisas. — Comentei.

Hope bufou.

— Eu sinceramente não sei como te ajudar, talvez só seja uma moeda comum ou uma moeda da sorte, sei lá. — Hope comentou, indo em direção a sua bolsa de equipamentos. — Mas descubra o mais rápido possível, não quero outros sacos de pancadas sendo destruídos.

Ela deu um sorriso e se dirigiu em direção a porta. Bufei.

(...)
O sinal do intervalo tocou, e eu sai rapidamente da aula de "tipos sanguíneo", até a biblioteca. Se tinha alguma coisa que talvez me ajudasse, era procurar sobre essa bendita moeda nos livros e ver se elas são moedas da sorte ou só um metal comum.

Ao adentrar a vasta biblioteca do Colégio Salvatore, me deparei com um cenário impressionante. As estantes altas abrigavam uma coleção extensa de livros, repletos de conhecimento sobre feitiçaria, vampirismo e outros assuntos sobrenaturais. O ambiente tranquilo, iluminado suavemente por abajures estrategicamente posicionados, proporcionava um refúgio acolhedor para aqueles em busca de sabedoria.

Cada prateleira parecia conter segredos antigos, e o aroma característico de páginas de livros impregnava o ar. A organização meticulosa permitia uma busca eficiente entre os tomos empoeirados, revelando a riqueza de informações ali guardada. A biblioteca, silenciosa e imponente, tornava-se um santuário de aprendizado para os estudantes ávidos por desvendar os mistérios ocultos.

À medida que eu explorava os corredores repletos de tomos, a sensação de estar imerso em um mundo de magia e conhecimento me envolvia. Cada livro parecia sussurrar promessas de descobertas extraordinárias, e eu sentia a pulsante energia do saber permeando o ambiente. A biblioteca do Colégio Salvatore, com seus segredos entrelaçados, convidava-me a explorar os limites da compreensão sobrenatural.

Comecei a vagar nos corredores de livros sobre artefatos e objetos. Meu olhos brilharam quando avistei um livro sobre moedas, peguei o mesmo e me dirigi até uma mesa.

Juro que fiquei horas e horas vendo esse livro e não achei nada demais, apenas contavam a história das moedas na idade média, bla,bla,bla. O que será que minha mãe quisesse que eu descobrisse?.

— Ainda tentando achar o significado da moeda?. — Brayden perguntou, se sentando na minha frente.

— Na verdade, sim, mas eu estou quase desistindo, esses livros não falam nada sobre sei lá, mães que dão moedas para os filhos. — Digo, ironica.

Brayden da um sorriso.

— Tem uma pessoa que é ótima em procurar coisas nos livros. — Brayden diz.

— É? E quem é?. — Perguntei, sem muitas esperanças.

— A Josie Saltzman. — Ele disse.

Me levantei rapidamente da cadeira.

— Ok, então é pro rumo dela que eu vou. — Caminhei até Brayden e dei um selinho nele. — Beijos, mais tarde a gente se vê.

— Até mais tarde. — Ele disse.

(...)
Após uma respiração profunda, decidi bater à porta do quarto de Josie. A tensão pairava no ar, afinal, minha interação com ela era limitada em comparação com a proximidade que tinha com Lizzie. No entanto, determinada a superar qualquer estranheza, dei três batidas na porta, aguardando uma resposta que poderia moldar nossa interação futura.

— Lisi?. — Ela perguntou, assim que abriu a porta e se deu de cara...comigo.

— Josie. — Falei. — Posso entrar? Preciso da sua ajuda. — Comentei.

— Ah...pode. — Ela disse, se afastando para o lado, me dando passagem para entrar. Adentrei no quarto dela e percebi que estava tudo em ordem, comparado ao meu quarto ultimamente.— E então... o que te trás aqui?. Ela perguntou.

— Eu preciso descobrir uma coisa sobre essa moeda.— Tirei a moeda do meu bolso e mostrei para ela. — Minha mãe iria me dar, mas Rick entregou para o Brayden e falou para que ele me entregasse em um momento especial. Ela queria que eu descobrisse o que tem dentro da moeda, mas eu já tentei de tudo.

— Então você quer que eu descubra o que tem dentro da moeda? Certo?. — Ela perguntou, vindo em minha direção.

— Exatamente. — Afirmei.

Josie pegou a moeda da minha mão e tornou a olhá-la, completamente intrigada. Josie fechou os olhos e fechou a moeda com as suas mãos, e então, suas mãos se manteve  vermelha, por conta que ela estava usando seus poderes para descobrir algo.

— Eu não sei o porque, mas...eu sinto magia nesse negócio. — Josie revelou.

— Magia negativa?.— Perguntei.

— Não, magia de bruxaria. — Ela respondeu. A mesma abriu os olhos e me entregou a moeda. — Uma vez, quando eu não estava conseguindo dominar minha magia, eu a coloquei dentro de uma moeda.

— Está me dizendo que...

— Talvez a magia que está dentro da moeda é a sua. Talvez você nunca foi humana de verdade. — Josie revelou.

Meu coração acelerou, minha vida começou a fazer menos sentido agora.

— Espera...mas como isso é possível? Minha mãe não é sobrenatural. — Falei.

A porta do quarto de Josie se abriu com força, mas não havia ninguém visível na maçaneta. De repente, uma voz ressoou no ambiente, dizendo "not invisible", e lá estava ela: minha mãe.

— Oie, filha.


Demonie Love Onde histórias criam vida. Descubra agora