CAPÍTULO 38- TALVEZ NÃO SEJA O FIM.

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(...)

Eu sabia que Lisi estava demorando muito para chegar em casa. Ela nunca teria demorado tanto assim. Foi então que decidi pegar o meu carro que estava no estacionamento e ir atrás dela. Eu de algum jeito sabia aonde ela queria ir, porque eu vasculhei as coisas dela e vi que em seu diário estava uma imagem de um rio e a localização dele. E essa foi a última coisa que ela escreveu no diário dela. E era para lá que eu estava indo.

- Tem certeza que ela vai estar lá?. - Rachel me perguntava. - É que tipo, não faz sentido alguém estar em um rio essa hora da noite.

Olhei para a telinha que tinha no meu carro e o relógio marcava exatamente as 18:30 da noite. O desespero tomou ainda mais conta de mim,eu só não fui atrás dela antes, porque ela disse que não precisava e que iria vim para casa andando, achei que talvez iria passar em um lugar, almoçar e vim embora, esse era o máximo que eu pensava.

- Calma, Rachel, estou tenso agora, mas lógico que ela estará lá, com certeza. - Falei, confiante. - Ela só deve estar esperando o tempo passar mais para vim embora...

- Ou talvez foi de valha. - Tirei o olhar da estrada por 2 segundos e dei um tapa fraco na cabeça de Rachel.

- Vira sua boca para lá, ela está bem. - Falei, agora me concentrando mais na estrada.

A estrada de barro estreita nos forçou a abandonar o carro. Rachel e eu encaramos a paisagem ao redor, repleta de árvores densas e uma atmosfera carregada de mistério. Parecia que estávamos prestes a desvendar algo além do comum.

Decidimos continuar a pé, seguindo o caminho indicado pela localização. Cada passo era permeado por uma sensação de antecipação e inquietação. A estrada sinuosa nos levou a uma clareira, onde algo peculiar aguardava.

- Espera....- Rachel sussurou. - A gente já esteve aqui, no...

- No acampamento de família, sim, eu me lembro. - Falei. - Se não me engano, tem até um rio lá na frente. - Comentei.

- Ok, então vamos para lá né, vai saber ela está lá, relaxando. - Rachel disse, e logo eu revirei os olhos.

A beira do rio estava envolta em uma atmosfera de mistério, e as roupas de Lisi abandonadas nas pedras eram um sinal perturbador. Olhei para Rachel, ambos conscientes de que algo grave poderia ter acontecido. A correnteza do rio murmurava uma melodia sombria, ecoando nossas preocupações silenciosas.

- Porra Brayden, está na cara que ela se suicidou. - Rachel falou. Sua voz estava fraca.

Meus olhos se arregalaram, meu coração quase saiu para fora e minha boca ficou seca, muito seca mesmo. Sem mais e nem menos, entrei para dentro do rio, desesperado. Comecei a nadar dentro dele, mas a correnteza estava completamente forte, o que complicava a busca pela Lisi. Fui até o meio do rio e comecei a procurá-la, eu não a encontrava, eu não estava vendo ela!.

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