• 𝟎𝟏𝟗 - 𝑶 𝒑𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐.

3.3K 330 291
                                    

- Está tudo bem aí? - pergunta Bill, do outro lado da porta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Está tudo bem aí? - pergunta Bill, do outro lado da porta.

- Ah... está - responde Faith, sentindo-se um pouco desconfortável.

A garota estava, naquele momento, com sua peça íntima abaixada e o absorvente nela. Sentia, além do desconforto, uma forte ansiedade.

Ela menstruou... na escola.

E para piorar, quase todos já sabiam. Quatro meninos no banheiro feminino com certeza chamaria atenção. O quarteto esperava a saída de Faith da cabine, ansiosos para saber se ela realmente estava bem.

Todo esse tumulto, fez com que a jovem ruiva, mais uma vez, esquecesse que continha uma carta em seu bolso. Ela não tinha culpa, até porque sua situação atual não a deixava pensar claramente.

Saindo do banheiro, nota os quatro meninos a olhando. Além deles, várias garotas estavam ao redor, cochichando.
Pensou que elas gargalhariam, porém, ao escutar Tom bater palmas, todas elas fazem o mesmo.

Faith observa a cena nervosa e um pouco feliz. Lembrou-se que não era a única mulher no mundo, todas sangravam. Recebendo vários parabéns e palavras de motivação de algumas garotas, tudo volta ao "normal".

Suas cólicas continuavam e achou que não seria uma boa ideia ficar na escola naquele estado, porém, por outro lado, não queria incomodar seu tio novamente.

- A nossa mãe está de folga hoje - diz Bill, olhando para a garota que se contorcia no banco - Posso pedir para o diretor ligar para ela vir te buscar.

- Não preciso, eu aguento - suspirou a ruiva, com a cabeça entre as mãos - Eu acho.

- É nesses momentos que acho uma benção ser homem - Gustav diz, aliviado.

- Obrigada, isso ajuda muito - ri a garota, pouco antes de resmungar de dor - Ok. Bill, por favor, peça para ligarem para sua mãe... eu não aguento mais.

- Tá legal, eu já volto - assente o Kaulitz mais novo, correndo até a sala do diretor.

O recreio não havia acabado, mas Faith não conseguia comer nada. Tinha medo de golfar a qualquer hora. Aquela sensação era horrível.

Os meninos que ali estavam, entreolhavam-se sem saber o que dizer. Tom tentava formular alguma frase motivacional, mas não conseguia. Não apresentava os mesmos dons que o irmão.

Alguns minutos se passam até Bill voltar correndo. Ele para por alguns instantes, recuperando o fôlego pelo esforço que fez para chegar o mais rápido até Faith.

- Pode... arrumar suas coisas... - arfa ele, sentando - Mamãe já está a caminho.

- Ah, graças a Deus - suspirou a menina, fechando os olhos, levantando-se.

- Não, Faith - Tom interrompe os movimentos da garota, fazendo-a se sentar novamente - Eu busco seus materiais, fica tranquila.

- Ah... obrigada Tom - sorri a jovem, com os olhos marejados.

Deixando a jovem com os outros meninos, vai em direção à sala dela. Guardando todos os cadernos, livros e o estojo, pega a mochila e se dirige até a porta.

Porém, quando estava chegando até a saída, dá de cara com a pessoa que mais detestava no mundo. Louis Williams.

- Mas que merda você está fazendo aqui? - o Kaulitz levanta a voz, encarando-o com desprezo - Não tinha sido suspenso?

- Sai da frente, não é da sua conta - murmura o garoto, tentando passar de Tom que o impede.

- Escuta só - o de dreads diz, aproximando-se do rosto cheio de espinhas de Louis - Se você disser alguma coisa sobre o meu irmão, indiretamente ou diretamente, eu te mato. Entendeu?

O garoto encara Tom com a maior insignificância, segurando-se para não provocá-lo. Porém, não podia mais entrar em brigas como aquela que ontem ocorrera. Sua mãe que o mataria.

- Entendi - reponde, empurrando o Kaulitz com os ombros para que o desse licença.

- E mais uma coisa - continua Tom, de costas para Louis - Tira o olho da Faith.

Dizendo isso, o garoto de dreads se dirige até o refeitório, deixando Williams vermelho de raiva.

Entregando a mochila para Faith, os garotos se despedem assim que Sinome chega para levar a ruiva para casa.

No momento em que a garota entra no carro e a Sra. Simone dá partida, lembra que não havia estragado a carta para Tom. Estava ali, intacta em seu bolso.

Jogando a cabeça para trás, pensa em como que foi capaz de esquecer da única coisa que era importante naquele momento. E se dissesse pessoalmente? Não teria problema em esquecer.

Chegando em casa e agradecendo Sinome pela carrona, encontra sua tia a esperando na porta. Seus olhos tristes estavam ainda mais tristes. Se sentia mal por não ter estado com Faith quando ela mais precisava.

- Faith... - susurra Olivia, chorando ao abraçar a sobrinha - Eu sinto muito por não estar lá com você... e sinto muito por estar tão distante ultimamente.

- Tia... - diz a ruiva, passando as mãos pelas costas da mulher, tentando acalmá-la - Não se sinta mal... você não tinha como estar na escola. E eu... não consigo entender direito a dor que você sente, mas sei que é das piores... não te culpo por nada.

- Oh, Faith! - choraminga a tia, ajoelhando-se para olhá-la - Eu te amo tanto, minha pequena.

- Eu também te amo, tia - sorri a garota, franzindo o cenho logo após - É... você sabe como parar com essa cólica? É horrível.

- Ah, claro! - ri a mais velha, se recompondo - Vem, vou preparar um chá e uma compressa quente.

Após sua dor se tornar suportável, Faith sobe até o seu quarto parar tirar um cochilo da tarde. Pelo menos, foi isso que disse para sua tia.

Ficou espiando pela sua janela a chegada dos Kaulitz. Precisava dizer algo para Tom, a sós. Contudo, ao ver os gêmeos, mais Georg e Gustav vindo até sua casa, suspirou.

Segundos se passam e Olivia aparece para espiá-la, checando se estava dormindo. Ao vê-la acordada, diz:

- Faith, querida - diz a Tia, baixinho - Os meninos estão aqui para saber de você está bem. Se você quiser, digo que está dormindo se achar melhor não ir...

- Tudo bem - reponde a ruiva, se levantando - Irei até lá.

Descendo as escadas, encontra os rostos felizes e preocupados dos amigos. Eles fazem inúmeras perguntas sobre o que ela estava sentindo, querendo saber se a dor já havia passado.

- Tom, podemos conversar um pouco? - pergunta ela, após todos se despedirem e estarem indo para casa ao lado.

- Claro - assente ele.

- Hã... você está livre sábado a tarde para um... piquenique? - diz a ruiva, um pouco nervosa.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora