• 𝟎𝟐𝟎 - 𝑻𝒆𝒎𝒑𝒆𝒔𝒕𝒂𝒅𝒆.

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Arregalando os olhos pela pergunta repentina, Tom aceita o pedido da garota

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Arregalando os olhos pela pergunta repentina, Tom aceita o pedido da garota. Nunca pensou que Faith iria gostar de sair com ele em público, principalmente a sós.

- Sim... - ele reponde, ainda perplexo - Com certeza... Que horas exatamente?

- Duas horas, por aí.

- Eu vou, sem sombra de dúvidas - confirma ele, sorrindo - Bom, vou indo então. Iremos ensaiar hoje. Fique bem, gatinha.

Ao ouvir a última palavra sair dos lábios de Tom, a menina cora. Pegando o braço do Kaulitz e o puxando para si assim que ele se vira, vai de encontro com sua boca.

Se o menino de dreads já estava surpreso antes, agora era indescritível sua perplexidade. Se afastando dos lábios macios da garota, sorri com o ocorrido.

Se despedindo pela terceira vez, Tom vai em direção aos seus amigos. Chegando lá, encontra o trio inteiro espiando-os pela janela.

- Que romântico! - exclama Bill, contendo uma risada - "Fique bem, gatinha".

- Não enche - ri o Kaulitz mais velho, indo até o porão.

O final do dia passa como um sopro de vento. Faith passou o resto da tarde dormindo e tendo os sonhos mais agradáveis que já tivera.

Os quatro dias que se seguiram se foram tão rápidos quanto vieram, para o descontentamento da ruiva. Ela queria que a semana se demorasse mais, para adiar um pouco o encontro de sábado.

Vendo que era impossível voltar no tempo e que seria embaraçaso demais marcar para outro dia, apenas aceitou.

A semana não foi tão desagradável, apesar de Faith estar sangrando. Suas cólicas não vieram atormentá-la com a mesma intensidade de antes, apenas o desconforto.

Levantando-se para tomar café, olha para janela. As nuvens estavam cinzas e o sol começava a ser ofuscado por elas. Uma brisa suave que anunciava chuva, invadiu suas narinas.

Não. Não podia chover hoje. Não podia adiar mais uma vez o que desejava imensamente dizer a Tom. Ela estava perdendo a coragem, precisava fazer aquilo o quanto antes.

Então, como se os céus tivessem escutado as preces da jovem, as nuvens cinzas começam a se dissipar. Uma alegria enorme invade o corpo e a alma da menina assim como um alívio. Estava tudo perfeito.

Não viu os meninos nenhum vez naquela manhã, pois os gêmeos Kaulitz juntamente com Gustav e Georg, estavam ensaiando. Parece que teriam uma apresentação amanhã, precisavam se sair bem.

Após o meio dia, o alívio e a alegria que sentia vão embora. Não achava nada que a agradasse os olhos. Algumas roupas eram chamativas demais ou simples demais. Estava indecisa em tudo...

Seus perfumes haviam acabado assim como seu ânimo. Decidiu olhar no guarda-roupa de sua tia para ver se, ao menos ela, tivesse algum perfume decente.

Indo até o quarto que estava de frente com o seu, vasculha sorrateiramente cada gaveta. Encontra um perfume maravilhoso, no qual escolhe usar. Porém, assim que que primeira bufada de cheiro a atinge, a porta do quarto se abre com Olivia Skinner encarando Faith.

- O que está fazendo aqui? - pergunta a mulher, analisando-a - E por que está tão arrumada assim?

- Ah... eu - começa a dizer a ruiva, tentando se explicar - Q-queria ficar bonita hoje.

- Para alguém em específico? - Olivia sorri maliciosamente, notando a vergonha da afilhada - Olha, você sabe que pode me falar essas coisas. Não vai ser como dizer para a sua... bom, você sabe, mas gostaria de te ajudar de alguma forma.

Encarando a tia que sorri gentilmente, nota algo que antes nunca havia percebido. A semelhança de Olivia com sua mãe era aparente. O mesmo formato dos narizes, dos olhos, até das orelhas. E o mais parecido: o sorriso.

A semelhança que deveria fazer seu coração arder de saudades de sua mãe, faz apenas que Faith se sentisse mais a vontade com a tia. Aquele par de olhos a encarando da mesma forma que a mãe a encarava....

- Eu... - começa ela, tomando coragem - marquei de sair com o... com o...

- Tom? - pergunta a mais velha, já sabendo a resposta - É bem evidente, por sinal. Mas me diz, pada onde vão?

- Hã... para um piquenique na praça - reponde Faith, corando.

- Espera... você não ia me contar, não é? Estava planejando ir à pé? E as comidas, de onde pegaria? - Olivia a enche de perguntas.

- Não. Sim e... da geladeira - diz a ruiva, repondendo.

- É quase um quilometro daqui até a praça... você chegaria toda suada - balança a cabeça a tia - Eu te levo.

- É-é sério? - arregala os olhos a menina.

- Por que não seria? Sim, eu vou te levar. Faz um bom tempo que não dirijo, seria bom voltar à minha rotina normal. E no caminho, pararemos para comprar algumas comidas para você levar ao seu encontro romântico.

- Ah, tia! - exclama a ruiva, abraçando a tia - Eu te amo tanto!

- Eu também, querida - diz a mulher, retribuindo o abraço - Agora, o que acha de colocarmos outra saia? Vermelho com verde não fica tão elegante. Parece uma melancia.

- Verdade - ri Faith, indo até o seu quarto com Olivia.

Após o almoço, a Sra. Skinner prepara-se para levar a afilhada até a praça. Ambos os pombinhos chegariam separadamente, pois Tom precisava terminar de ensaiar e enquanto isso, Faith arrumaria o local.

Passando pelo mercado e enchendo a cesta de piquenique, Faith é deixada sozinha na praça, mesmo com as objeções de sua tia para ficar até Tom vir.

Estendendo a toalha e posicionando todas as comidas de uma forma que agradasse os olhos, a ruiva espera. Eram apenas uma e meia da tarde, demoraria até Tom vir.

Aproveitando o tempo que ainda lhe restava sozinha, repassou todas as frases que diria para o Kaulitz inúmeras vezes. Decidiu que a carta não teria a mesma emoção que se abrir pessoalmente a ele.

Duas horas, em ponto. A jovem olhava ansiosamente para todos os lados, a procura do menino de dreads.

Duas e dez. Faith e Olivia haviam demorado exatos dez minutos para chegarem ali. Tom deveria estar a caminho.

Duas e meia. Faith já estava começando a ficar nervosa. Sua respiração desregulada era a prova. Pensou que o garoto só estava atrasado, nada demais.

Duas e cinquenta. Pingos finos começavam a cair e as formigas estavam tomando conta dos seus doces. A garota não queria acreditar que Tom não viria, então, esperou mais.

Três e dez. Nada. Ele não apareceu. Uma chuva terrivelmente grossa já estava caindo, deixando a pobre menina toda ensopada.

Um carro familiar parou perto de onde estava e uma figura correu até ela. Faith não entendia nenhuma palavra, apenas se deixou levar pelos braços fortes de um homem.

As lágrimas que escorriam de seus olhos se misturaram com os pingos de chuva...

As lágrimas que escorriam de seus olhos se misturaram com os pingos de chuva

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ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora