• 𝟎𝟐𝟒 - 𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐥𝐚çõ𝐞𝐬.

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Era uma linda manhã de sábado

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Era uma linda manhã de sábado. O sol, com seus belos raios, adentrava as janelas do quarto de Faith. O vento gelado que pela fresta passava era agradável. Um dia perfeito para sair com os amigos e se divertir.

Mas... que amigos? Era o Faith se perguntava jogada na cama com uma revista em mãos. Seus olhos percorriam por cada matéria com o maior desinteresse possível.

Estava no tédio. Seu tio havia levado sua tia para consultar e a ruiva achou melhor ficar em casa. Não queria ver o sofrimento estampado no rosto de sua amada tia. Descendo as escadas, senta no sofá com o objetivo de assistir um filme, qualquer que fosse, só para distrair sua mente.

Fazia uma semana que a "mudança" dos meninos ocorrera. Faith sabia que eles haviam ficado em primeiro lugar em uma apresentação e que isso acarretou inúmeras oportunidades. Estava feliz por eles, principalmente por Bill que foi o único que não "esqueceu" completamente de Faith.

Tom, por outro lado, quase nunca conversava com ela. Para ter certeza que ele havia pego a carta, foi no intervalo da escola até a sala do menino de dreads. Checou se aquela era mesmo a mesa do garoto e se a carta ainda estava lá.

Não estava.

As tias da limpeza não souberam de nada quando a menina perguntou se elas tinham encontrado algum envelope. A alternativa mais cabível era que Tom havia pego e ignorado, ou nem lido...

Sendo tirada de seus devaneios por uma batida na porta, vai até lá sem se importar que ainda estava de pijama... Ao abri-la, encontra Tom com um olhar nervoso.

Será que... não, não pode ser. Os olhos do Kaulitz analisam a garota de cima a baixo, sendo, talvez, a primeira vez que a viu daquela forma... de perto.

- O que você quer? - pergunta Faith, arqueando as sobrancelhas.

- Ah... - balança a cabeça o garoto, se recompondo - Queria saber se você está a fim se sair. Você tem estado bastante quieta essa semana.

- Rá. Sua banda te deu folga por acaso? Abriu espaço na sua agenda? - a ruiva diz, com sarcasmo.

- Ah, Faith. Não começa. Você não está feliz por nos tornarmos conhecidos?

- Como vou estar se isso significa que perderei os únicos amigos que tenho? - a garota ri - Mas não é só isso que me incomoda. Você é tão insensível que não me disse uma palavra sobre o que escrevi para você.

- Espera... escreveu? Do que você está falando? - o garoto franze o cenho.

- Oh, é claro! Que desculpa mais esfarrapada. Eu devia imaginar. Deve prestar mais atenção no som da sua guitarra do que nos sentimentos das pessoas.

- Faith... qual é o seu problema? - Tom murmura, perdendo a paciência.

- Você quer mesmo saber? São inúmeros. Quer que eu mande uma carta listando todos? Oh, é verdade, você nem vai ler! - exclama a garota.

- Olha, não estou entendendo nada do que você está dizendo - bufa o menino - Deve ser porque você é problemática.

- Problemática?! - repete a ruiva, boquiaberta - Quer saber, você nunca devia ter ido pedir desculpas para mim aquele dia em que você mencionou minha mãe. Aposto que eu estaria bem melhor se você não estivesse na minha vida. E pensar que eu gostava de você... Porra.

- Gostava? Você nunca disse isso. Eu também estaria mil vezes melhor com qualquer garota que não fosse insegura e inexperiente igual a você!

- Uou - a garota fica supresa - Que bom que disse isso, assim sei exatamente quem você é de verdade. Eu não quero nunca mais me envolver com você. Não quero ser sua amiga e principalmente, sua namorada. Passar bem, no inferno.

Ao dizer isso, fecha a porta com tamanha força, que as prateleiras da casa tremem. Tom encara a porta ofegante, vermelho de raiva. Volta para casa a passos pesados, ignorando o irmão que pergunta o que houve.

A ruiva, por outro lado, vai até o quarto e escreve com toda sua raiva e angústia uma amigável frase para o Kaulitz. Grudando eu sua janela inúmeras delas, proporciona a Tom uma bela visão.

Vários "Eu te odeio" estavam grudados no vidro, tapando totalmente a visão do quarto de Faith. Tom range os dentes de raiva, fechando as cortinas. Nunca mais iria olhar por aquela janela.

E foi assim que a relação de Faith e Tom ficou por muito, mas muito tempo. Apesar de sempre se encontrarem no ponto de ônibus ou nos corredores da escola, nunca, nem uma vez sequer, trocavam olhares.

Bill, infelizmente, não conseguiu reverter aquela situação. Ainda mantinha contanto com Faith, indo na casa dela de vez em quando. Gustav e Georg também iam, mas nunca Tom.

A garota até pensou, por alguns segundos, que o Kaulitz mais velho realmente não sabia da carta, mas esse pensamento logo foi descartado ao pensar que seria impossível ele não saber.

Anos se passaram e a escola era o único ponto de encontro entre Tom e Faith. Então, em 2005, no auge da fama, Tokio Hotel, deixando de se chamar Devilish, saiu da escola. A única relação entre a ruiva e menino de dreads foi, permanentemente, cortada.

As turnês pela Alemanha começaram, e mais para frente, pelo mundo todo. Bill e a dupla GG quase nunca iam na casa de Faith, até porque nem na própria estavam.

A garota escutava os gritos de alegria de Simone e Gordon quando os meninos chegavam depois de meses longe de casa.

Todos haviam mudado. Bill, ainda com seu estilo emo, estava mais alto e estiloso; Georg com seus longos cabelos castanhos; Gustav não havia mudado tanto, mas tinha várias tatuagens... E por fim, Tom. Faith recusava-se a admitir, mas o garoto de dreads, ou melhor, tranças pretas, estava terrivelmente lindo.

Faith não havia mudando tanto. Seus cabelos continuavam vermelhos como a aurora e seu corpo esbelto. A única coisa que tinha adquirido, era um pequeno piercing de argola no septo.

A garota acompanhava, de vez em quando, os garotos pela Internet. Sabia que o Kaulitz mais velho teve muitas namoradas e por algum motivo, depois de sete anos, ele ainda mexia com ela...

 Sabia que o Kaulitz mais velho teve muitas namoradas e por algum motivo, depois de sete anos, ele ainda mexia com ela

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Finalmente...

ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora