• 𝟎𝟒𝟑 - 𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒏𝒂𝒎𝒐𝒓𝒂𝒅𝒂.

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O cheiro de peixe assado invade suas narinas e seu estômago ronca em resposta

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O cheiro de peixe assado invade suas narinas e seu estômago ronca em resposta. A garota ruiva estava sentada em um tronco enquanto cada membro de sua família segurava um espeto com um peixe diante da fogueira que fora acesa por Kennedy.

Era um clima agradável. A paisagem era incrível. As duas barracas estavam posicionadas em um clareira de onde era possível avistar um pequeno riacho colina abaixo. A grama verde se movia com o vento, como se estivesse viva. Havia inúmeros pinheiros logo atrás, que se estendiam por longos e longos quilômetros.

Era um lugar que tinha o poder de fazer qualquer pessoa feliz, porém, não Faith. Ela tentou sorrir com as piadas feitas pela família, mas o que sentia mesmo, era uma vontade enorme de chorar. Começou a se culpar pelas palavras que disse quando Tom e ela se reconciliaram.

"Nunca daríamos certo"

Se era verdade? Talvez. Contudo, lá no fundo, Faith não se importava se desse certo ou não. Queria apenas o Kaulitz para si novamente, relembrar os velhos tempos.

Vendo sua família sorrir, sabia que nem tudo estava perdido. Amava-os, mas não se sentia pertencente verdadeiramente a eles. A saudade de sua mãe e os momentos com ela eram apenas lembranças fracas e felizes, mas que daria de tudo para voltar àqueles breves momento.

- Faith, querida. Você poderia buscar um balde de água para apagarmos o fogo? - pergunta a tia, gentilmente.

- É claro - assente a garota, forçando um sorriso.

Ao descer a pequena colina, vai em direção ao riacho. O barulho da correntesa era tranquilo e fez com que a tempestade dentro de si se acalmasse um pouco, ou era o que pensava até olhar o seu reflexo na água e desabar.

Caiu de joelhos no chão e começou a chorar incontrolavelmente. Era inevitável... as recaídas eram inevitáveis. Escutou a voz de sua mãe em sua cabeça, dizendo para ser forte, que logo tudo acabaria bem. Escutou outra, só que mais distante, chamando o seu nome.

Foi então que percebeu, que aquela voz não vinha de sua cabeça. Era real. Se obrigou a levantar os olhos e a olhar em volta. Conhecia aquela voz, sabia de quem era.

Tom.

O que sentiu ao vê-lo correndo em sua direção foi indescritível. Suas pernas encontraram forças para a levantar e suas lágrimas cessaram de escorrer de seu rosto. Mal conseguia respirar de tanta felicidade.

- Faith! - gritou ele, chegando até a ruiva e apoiando as mãos em seus próprios joelhos, para recuperar o fôlego.

- O-o que faz aqui? - perguntou ela com os olhos brilhantes, torcendo para que suas esperanças não fossem em vão.

- Eu... - arfa o Kaulitz, voltando para sua postura normal e tirando algo de seu bolso - li a sua carta.

As bochechas de Faith ficam vermelhas. Seus olhos grudam no papel que está nas mãos do garoto. A alegria que sentiu ao saber que o garoto tinha lido, não foi maior que a vergonha. Seus olhos encontram os de Tom que a olham intensamente, com um fogo ardente.

ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora