• 𝟎𝟎𝟓 - 𝑨𝒋𝒖𝒅𝒂.

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- Sem

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- Sem... minha guitarra? - Tom arregala os olhos, encarando a mãe.

- Sim - afirma ela, séria.

- Amor... - tenta intervir o padrasto.

- Gordon, não - rebate Simone, determinada - Tom, vá pedir desculpas, se não vai ficar sem a sua guitarra...

- Mãe...

- ... por tempo indeterminado - conclui.

- A senhora não pode fazer isso - o garoto de dreads diz, rindo.

- Mas estou prestes a fazer.

Olhando para os outros, o Kaulitz mais velho procura ajuda. Porém, nenhum deles se arrisca a defendê-lo. Cedendo ao pedido da mãe, vai em direção a porta, bufando.

Não entendia o porquê de sua família e amigos se importarem tanto com Faith. Concorda que foi insensível, mas não voltaria atrás.

Saindo da casa, o menino de dreads olha ao redor, a procura da ruiva. Por sorte, sua manta amarela é perceptível até no escuro. Vendo-a na casa ao lado, de pé na varanda da tia, vai em sua direção.

Ao notá-lo, a menina vira o rosto para a outra direção. Nunca foi com a cara do Kaulitz mais velho e se recusaria a conversar com ele.

Se posicionando ao lado de Faith, Tom pigareia. Não sabe bem como começar um pedido de desculpas, mas se esforçará... pelo bem de sua guitarra.

- Hã... noite bonita, não acha? - começa, obrigando-se a olhá-la. Sem obter resposta, continua - Eu... queria te pedir...

- Não quero saber o que você tem para me dizer - interrompe Faith, encarando-o com lágrimas nos olhos - Apenas me deixe em paz.

Ao dizer tais palavras, vira-se novamente. Tom pensa em obedecê-la, deixando-a sozinha naquele breu. Contudo, algo nos olhos da ruiva, ao dizer aquilo, fez com que ele ignorasse sua insensibilidade. Não era apenas um olhar triste. Nele havia um... pedido de ajuda.

Tão repentinamente quanto, Tom é atingido por uma empatia inexplicável. Sente vergonha de si mesmo e por todas as palavras horríveis que a pouco desferiu contra Faith.

Com os olhos fixos em seu cabelo, prossegue:

- Eu não faço ideia do que você esteja passando - continua, depois de alguns segundos - Agi de forma egoísta e peço desculpas. Você não precisa me perdoar e nem me reponder. Sei que não há nada que eu possa dizer para fazer com que sua dor diminua... mas eu sinto muito.

Dizendo isso, sem esperar resposta, vira-se. Ao descer os degraus da varanda, para, quando ouve um choramingo.

- Eu... eu sinto tanta falta dela - susurra Faith em inglês, sorrindo para ele - Ela era a única pessoa que me amava verdadeiramente e agora... está morta. Eu tento fingir que nada aconteceu, mas quando fico sozinha, os pensamentos vem a tona - lágrimas jorram instantaneamente de seus olhos - Todas as noites eu penso em como seria maravilhoso me juntar a ela e deixar de ser um fardo para minha tia... Seria bem melhor para todos... seria....

ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora