• 𝟎𝟐𝟗 - 𝑯𝒐𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒓𝒆𝒄𝒐𝒏𝒄𝒊𝒍𝒊𝒂çã𝒐.

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Faith pensava que quando terminasse a escola, sua vida melhoraria cem porcento

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Faith pensava que quando terminasse a escola, sua vida melhoraria cem porcento. Não precisaria acordar cedo todos os dias e ter que escutar as crianças barulhentas do ônibus; não precisaria ouvir aquela professora chata dizer como se media o volume de um cilindro; nada de arestas, faces e vértices... Estaria livre.

Porém, estava muito enganada. Esqueceu que a escola não era o único motivo de sua tristeza diária e que uma pessoa em especial, a fazia se sentir pior do que ir àquele lugar.

Durante sete anos, Faith nunca ousou gostar de outro menino. Pensava que, se se apegasse a alguém, esse alguém a trocaria facilmente por qualquer coisa. Videogames, futebol, eventos com os amigos e até, uma banda.

Aquilo era algo que nunca esqueceria. Não fazia o mínimo de esforço para fazer amigos que provavelmente, a abandonariam depois de um tempo. Mas talvez, só talvez, ela deveria dar uma chance para o garoto que estava à sua frente.

Louis era a única pessoa, que não fazia parte da sua família, que a fazia rir. A garota aceitou o convite do Williams para tomar um café sem pensar duas vezes. Ficar em casa, naquele clima, era dispensável.

Naquela manhã, ao acordar, estava com a cabeça dolorida. Passou a noite inteira chorando que quando levantou, seus olhos estavam vermelhos e inchados. As vezes, Faith tinha uma recaída e não conseguia se livrar dela. Pensava em sua mãe, na maioria das vezes. Porém sua mente fez questão de abrir espaço para mais alguns motivos de dor. Seus antigos amigos e sua antiga paixão.

Queria distrair sua cabeça nem que fosse por alguns míseros segundos. Quando Louis mandou mensagem, já tinham hora marcada.

- Louis... - começa Faith, mexendo seu café com a colher - Você e Bill... por acaso, são amigos?

- Ah - o garoto arqueia as sobrancelhas, surpreso com a pergunta - Sim, eu acho. A gente conversa há alguns anos já...

- Anos?! - exclama a jovem, arregalando os olhos - Por essa eu não esperava...

- É, meio difícil de acreditar, não é? - força uma risada o Williams, suspirando - Eu só achei que devia mandar um pedido de desculpas a ele pelo que fiz no passado. Desde então, nunca paramos de nós falar... Só achei estranho ele não ter me contado que já estava na Alemanha.

- Quem me dera se não estivessem - murmura a ruiva.

- O quê? - pede Louis, sem entender.

- Ah, nada não - sorri ela, mudando de assunto - Você não quer sair hoje à noite também?

Perplexo, Louis se engasga com o café. Será que estava em um sonho? Será mesmo que a garota que gosta tanto estava lhe pedindo para sair?

- É... claro - responde ele, após a tosse passar - Isso não é nenhum tipo de pegadinha, né?

- E por que seria? - Faith ri, achando graça da supresa do garoto.

- Talvez porque você passou os últimos anos recusando todos os meus convites para sair? - diz, passando a mão pelos cabelos bagunçados - Devo estar no paraíso.

Rindo mais uma vez das palavras do moreno, é acompanhada até sua casa por ele. Chegando lá, econtram Bill na casa ao lado regando as flores da mãe. Ao ver Louis acenando, sem querer, espirra água na própria cara.

- Bill!? Você está bem? - pergunta o Williams, correndo até o murro que divida as casas.

- E-estou - assente o Kaulitz, pigareando - Está meio calor, achei que assim me refrescaria.

- Ah sim, entendo - ri Louis - Aliás, por que você não me avisou que estava vindo para a Alemanha?

- Oh... é... eu... eu... - tenta dizer Bill, mas se atrapalha nas palavras.

- Bill! - uma voz o chama - Você poderia desligar essa mangueira por alguns minutos? Eu estava tomando banho e a água acabou...

Era Tom, saindo da casa só com uma toalha amarrada na cintura. Ao ver Louis e Faith do outro lado do murro, revira os olhos e volta para dentro de casa.

Com aquela visão, Faith parou de respirar, sentindo-se um pimentão. Sua mente gravou nitidamente os músculos do tórax e do abdômen de Tom, contra sua vontade. Sentiu uma sensação estranha mas conhecida, tentando afastá-la com todas as suas forças.

- Bill - a voz de Louis interrompe seus pensamentos - o que acha de sairmos nós todos hoje à noite? Eu e Faith estávamos marcando de ir.

Se a Srta. Gomez estava sem respirar naquele momento, seu coração parou de bater. Aquilo, com certeza, era a última coisa que queria. "Sairmos nós todos?" Todos nós seria ela, Louis, Bill e... Tom? Não, definitivamente não.

- Louis... acho que eles não vão - intervém ela, forçando uma cara simpática para o garoto de cabelos negros - Devem estar morrendo de saudades de casa e não gostariam de sair, não é, Bill?

- Eu... - começa o Kaulitz, até ser interrompido.

- Mas eles não vão ficar as férias inteiras aqui? Por que não sair e se divertir com os amigos? - dá de ombros o Williams, olhando de Faith para Bill - Poderíamos ir em uma boate aqui perto. É por minha conta.

- Bom... se a Faith estiver de acordo, eu aceito - diz Bill, olhando para a ruiva.

Não. É claro que ela não estava de acordo. Sair com os garotos que simplesmente a abandonaram e sequer pediram desculpas? Com certeza não.

- Eu não vou - diz, inexpressiva.

- O que? Por que?! - pergunta Louis, sem entender.

- Eu lembrei que preciso ajuda minha tia com alguma coisas... - mente a ruiva, dando as costas e indo rapidamente até casa - Tchau.

- Tchau... - os garotos se entreolham, confusos.

- Bom... - continua Louis, voltando sua atenção para Bill - Você vai, não é?

- Não sei bem... - reponde, hesitando - Gustav e Georg ficaram de passar aqui de noite.

- Ótimo! Leva eles também - sorri o Williams - Infelizmente, eu preciso ir. Te mando mensagem para decidimos a hora. Até mais.

- Até... - se despede o garoto de cabelos negros, com os olhos fixos em Louis.

Estava pensativo. Sabia que Faith recusou o convite do Williams porque se negava a sair com os Kaulitz... Era essa a verdade. Sentiu-se culpado, pela centésima vez.

Tinha conhecimento de que foi eles que haviam se afastado da ruiva. O vocalista até tentou manter contato mas com o tempo, a relação de ambos foi se desgastanto.

Talvez era hora de tentar se reconciliar. Deixar o passado para trás e construir um novo futuro. Sim. Era isso que Bill ia fazer.

Se seu irmão não era capaz, ele era.

Se seu irmão não era capaz, ele era

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ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora