• 𝟎𝟑𝟎 - 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 𝒏𝒐𝒗𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆.

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Tocando a campainha, Bill tenta pensar no que dizer a Faith

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Tocando a campainha, Bill tenta pensar no que dizer a Faith. Sabia que seria meio difícil de entender o porquê do pedido de desculpas após quase dois anos sem se falarem. Era culpa dele, somente dele.

Nas pausas das turnês, quando iam visitar a mãe, o Kaulitz mais novo fazia questão de ir ver a ruiva da casa ao lado. Ele não só gostava da companhia da garota, mas a de Kleiton também. Ambos se deram bem desde o começo, conversando sobre tudo.

Quando não estava na Alemanha, Bill mandava mensagem quando podia para Faith. A garota respondia, mas não com tanta empolgação. Ele entendia o porquê. Sabia que ela guardava remorso e não queria se apegar novamente. Até nas conversas pessoalmente a ruiva era mais reservada que o normal. Totalmente compreensível.

Porém, nos dois anos que se se seguiram desfizeram os poucos laços que ainda tinham. Em 2007, Bill foi até a casa da ruiva como de costume. Agiu como se fosse um dia normal e por descuido, esqueceu que era aniversário de Faith. Ela, por sua vez, não tocou no assunto... sabia que ele não se lembrava.

Apesar de Bill não ter culpa, já que os assuntos da banda ocupavam totalmente sua mente, sentiu-se triste do mesmo modo. Por isso, no dia seguinte quando Bill foi se desculpar sobre o ocorrido, Faith não se conteve em usar o que sabia de melhor... seu sarcasmo tóxico.

- Não peça desculpas, Bill. Eu não me sinto mal por ter feito o maior esforço de te mandar um presente de aniversário enquanto você estava na turnê e em troca você nem lembra do meu - disse ela, fingindo serenidade

- Faith, eu sinto muito, de verdade - tentou se explicar o Kaulitz - Como eu disse, o álbum que estávamos gravando foi...

- Aprovado pelo produtor musical e sua mente ficou blá blá blá - interrompeu a ruiva, olhando-o feio - Sabe de uma coisa, Bill? Você nem deve gostar mais de mim. Só me visita porque tem pena.

- Claro que não é isso - repondeu Bill, tenta acalmar a situação - Eu gosto de você. Eu gosto da nossa amizade...

- Se realmente gostasse não esqueceria do meu aniversário e principalmente, não teria se afastado junto com os outros quando vocês eram meus únicos amigos - explodiu - Quando você vem aqui, só fala da sua banda de merda. Você acha que eu quero saber sobre isso? Você acha que eu me importo com isso?

- Faith... você não sabe o que está falando...

- É claro que sei! - exclamou ela, a beira das lágrimas - Vocês eram os meus únicos amigos... e me abandonaram. Eu te vejo três vezes por ano. Você sabe como isso dói? Como dói lembrar de quando nos víamos todos os dias e conversávamos todos os dias? Não é a mesma coisa e dificilmente vai ser. Se é assim, prefiro que a gente nunca mais se fale.

- Não, não, espera... Você não pode fazer... - antes que o Kaulitz pudesse terminar a frase, a ruiva já havia fechado a porta em sua cara.

Depois daquele fatídico dia, Bill nunca ousou pisar naquela casa. Só ia quando era convidado por Kleiton e quando sabia que Faith não estava em casa. Queria evitar discussões.

Agora, na frente da porta da garota, ousará. Respirando fundo, toca a campainha. Não demora muito para a porta abrir, contudo não era a ruiva.

- Oh! Bill? O que veio fazer aqui? - perguntou Olívia, com um sorriso enorme - Levar Kleiton para passear?

- Na verdade... vim ver a Faith. Posso conversar com ela? - questiona-o ele.

- Ah... - o semblante da mulher murcha - E-ela não está em casa.

- É sério? Jurei que vi ela há dois minutos atrás...

- Pois é - sorri a Sra. Skinner, tentando esconder o nervosismo - Ela saiu não faz pouco tem...

Antes que pudesse terminar a frase, Faith sai da cozinha com uma fatia de bolo em mãos. Ao encontrar os olhos de Bill fixos nela, paralisa.

- Oi... a gente pode convers... - sem que pudesse terminar a frase, vê a ruiva dando as costas para ele, subindo as escadas - Faith! Espera!

Passando por Olívia sem pedir se podia ou não entrar, agarra o braço da ruiva para que olhe para ele. Toda aquela cena chamou atenção de Kleiton, que estava na sala com o pai. Ambos observam, surpresos.

- Olha, eu sei que você recusou sair com Louis por minha... por nossa causa - começa Bill, calmamente - Eu sei que eu sou a última pessoa na qual você gostaria de conversar ou ver... mas, Faith, eu não aguento mais esse clima todo. Podemos, por algum momento, esquecer o passado?

A Srta. Gomez encara o Kaulitz inexpressivamente. Ela, mais do que ninguém, também não aguentava toda aquela situação. Seu desejo era voltar no passado, em 2002, e reviver os momentos que teve com os meninos. Ao ver Bill, bem a sua frente pedido para reatar os laços, acalmou a tempestade que havia dentro dela.

Era isso que o garoto de cabelos negros fazia. Lembrou-se do porquê amava a amizade Bill. Ele era compreensível... aqueles olhos que a analisavam eram compreensíveis. De repente, seu peito ardeu e se desatou a chorar.

- Mas que... porra - diz, antes de envolver os braços ao redor do Kaulitz - Eu sinto muito por ter sido tão insensível com você... eu senti sua falta.

- Eu também... eu também - sorri o garoto de cabelos negros, com lágrimas nos olhos, retribuindo o abraço.

Após mais algumas palavras de reconciliação, Bill vai até o quarto da ruiva junto com Kleiton, seu carrapato. O trio conversa sobre coisas aleatórias e Faith conta como foi os últimos anos sem a amizade do Kaulitz. Torturante.

- Então... agora você vai aceitar o convite de Louis? De sairmos todos nós? - pergunta Bill, se jogando na cama macia que tanto conhecia.

- Ainda permaneço na negação - reponde a garota, dobrando as roupas que estavam jogadas em sua escrivaninha.

- Poxa... é sério?! - exclama o Kaulitz, desapontado - Por que?

- Porque... não estou com vontade de sair hoje - mente ela, tentando disfarçar seu embaraço.

- Mentira, você não quer ir por causa do Tom - diz Kleiton, inocentemente.

- O-o-o que? Claro que não - a ruiva tenta ficar calma, mas sua voz a entrega.

- Faith, não liga para ele. Na verdade, nem sei se Tom vai. Provavelmente não, já que ele não gosta do Louis... - ri Bill, um pouco envergonhado.

- Eu também não gosto do Louis - cruza os braços o pequeno Skinner - Ele era malvado com você.

- É, ele era. Agora, me trata tão bem e se tornou tão gentil que o passado nem importa mais. Sabe, ele tem um cheiro maravilho... - ao ver os olhos semicerrandos da Srt. Gomez, para de falar - Nós somos amigos! Não te falei ainda mas...

- Vocês conversam faz dois anos - completa ela, ainda acabando aquilo suspeito - Você por acaso...

- Não! Não - nega o Kaulitz, levemente encabulado - Ele é cem porcento hetero.

- Hmm... sei - murmura a ruiva.

- É, ok. Voltando ao assunto principal, você vai ir, não é? - pergunta o garoto - Irei convidar Gustav e Georg também. Será como nos velhos tempos. Não exatamente, já que uma pessoa não vai estar... mas nos divertiremos mesmo assim, tenho certeza. O que me diz, Faith?

Com os olhos brilhantes de Bill, a ruiva sabe que realmente se divertiriam. Estava um pouco nervosa de rever a dupla GG depois de tanto tempo, mas eles se entenderiam logo. Passou sua adolescência presa dentro de casa... faria bem sair de sua toca por algumas horas.

- Sim, eu vou - responde, recebendo vários abraços do Kaulitz.

- É... eu posso ir também? - pergunta Kleiton, que queria participar da alegria.

- Quando você estiver maior, te levarei - sorri Bill, abraçando o pequenino.

ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora