• 𝟎𝟑𝟑 - 𝑺𝒖𝒎𝒊𝒓.

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Dizem que o tempo cura as feridas do passado

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Dizem que o tempo cura as feridas do passado. Realmente. Os hematomas nunca sumirão, mas a dor deles irá diminuir até se tornar algo... suportável. Tom havia suportado todos os últimos sete anos pensando desta forma. Seus machucados eram derivados do orgulho, raiva, egoísmo, arrependimento e o mais terrível de todos, a culpa.

Se culpava todos os dias, ao beijar uma garota qualquer, por ter destruído todas as chances que tinha com a única pessoa que realmente amou. No começo, não sabia. Amor para ele era alto muito complexo. Nunca acreditou que fosse real e sinceramente, achava uma baboseira. Ficar com alguém para o resto da vida? Como isso seria possível? Brigas, discussões... tudo isso contribuiria para que a união se tornasse menos harmoniosa.

O Kaulitz pensava que tinha feito o certo ao se afastar da ruiva. Era novo demais, ingênuo demais. A banda sempre será sua prioridade, nenhuma garota viria antes... Porém, sentiu-se mal independente se estava fazendo o certo ou o errado. Repetir para si mesmo que estava melhor daquela forma, depois da última vez que falou com Faith, ajudava-o a seguir em frente.

Contudo, uma coisa que ele pensou que nunca aconteceria, era imaginar que, contra a sua vontade, todas as garotas que ficava eram ruivas e possuíam belos olhos cor de mel. Aquilo era preocupante. Beijou, transou, namorou... mas nenhuma delas ofuscada de sua mente a garota que no passado amou. Qual era o seu problema? Mas isso não acontecia sempre.

Quando estava em turnê, se distraia com os assuntos da banda e quase nunca pensava em Faith. Só que ao voltar para casa, o simples fato de olhar a moradia que ao lado da sua ficava, todos os pensamentos voltavam. Não conseguia impedir o ímpeto de olhar pela janela de seu quarto sempre que podia.

Olhava-a e se permitia imaginar como seria se ainda estivessem juntos. Não voltaria atrás, mas ao menos... não queria que estivessem de mal um com o outro. E ali, bem ao seu lado, estava o garoto que fez exatamente o que não queria que acontecesse.

Todos os seus neurônios se silenciaram. Não pensou direito quando jogou a mesa para o lado e pegou Louis pela gola da camisa, desferindo-o um belo soco. O garoto cai no chão e o olha amedrontado. Odiou-se por ter bebido... odiou-se por ter revelado o que, para ele, seria o motivo do fim de sua vida.

- Tom... - susurrou, engolindo em seco. Todas as pessoas ao seu redor começaram a gravar a cena, supresas com o que estava acontecendo - Vamos conversar...

- Conversar é o caralho - sorriu o Kaulitz, indo em direção ao corpo trêmulo de Louis - Vou fazer você pagar por tudo o que fez.

O Williams tenta se levantar, mas Tom avança com um chute, fazendo-o arfar de dor e voltar para o chão. O garoto de tranças se agacha, pegando novamente a gola da camisa de Louis.

- Você não passa de um farsante - murmurou o Kaulitz, encarando os olhos cheios de lágrimas de sua vítima - Aposto que todo esse lance de ter mudado é mentira.

- N-não é, eu juro - tenta dizer Louis, nervoso - Eu sinto muito, Tom. Eu fiz muitas coisas terríveis, eu sei... Mas por favor, vamos resolver isso no diálogo.

- Eu já disse... conversar é o caralho! - exclama o guitarrista, antes de fechar os punhos e levá-los em direção ao rosto do Williams.

As pessoas ao redor sequer ligam para os pedidos de ajuda do pobre Louis. Estavam entretidas demais no espetáculo para fazer o esforço de desfaze-lo. O Williams tentava proteger seu rosto, que já sangrava, com os braços. Pensou que seria o fim e que aquela humilhação era merecida, até que não sentiu ninguém acima de si. Ousou abrir os olhos e viu duas figuras reconhecidas puxando Tom pelos braços. Gustav e Georg faziam um esforço enorme para contê-lo.

O Kaulitz tenta se desvencilhar, mas era impossível. De repente, vê Bill e Faith se aproximando, mas não em sua direção. Ambos ajudam Louis levantar, olhando feio para o garoto de tranças.

- Você ficou maluco? - perguntou a ruiva, franzindo o cenho.

- Eu não acredito que você fez isso, Tom - contribuiu o gêmeo, sem entender - Por que?

- Simples - começa o Kaulitz mais velho - Foi esse babaca de merda que pegou a carta que você escreveu para mim, Faith. Ele não merece o respeito e nem a amizade de vocês.

A garota abre a boca, como se quisesse dizer algo. Então, seus olhos caem no Williams, que estava cuspindo sangue.

- Louis... isso é verdade? - perguntou ela, séria.

- Infelizmente... sim - repondeu ele, com dificuldade - Eu sei que eu devia ter te contado antes... mas eu estava com medo de que, agora que somos mais próximos, você me desprezasse mais uma vez. Eu sinto muito.

Tom olha para a ruiva esperançoso, torcendo para que ela caísse na real, torcendo para que Faith pensasse o mesmo que ele. Porém, toda as suas expectativas são jogadas fora ao escutar as seguintes palavras da garota:

- Vamos levá-lo embora, deixa esse maluco sozinho - diz, com a última frase destinada a Tom.

Este, por sua vez, gargalha. Não conseguia entender o porquê de Faith e Bill gostarem tanto do Williams, mesmo depois de tudo que ele havia feito. Georg e Gustav soltam os braços do garoto, pedindo se ele gostaria de uma carrona.

- Não - reponde, empurrando-os e passando por toda aquela gente.

Sabia que no amanhecer do outro dia, Bill iria encher sua cabeça de sermões, dizendo que ele havia quebrado um dos acordos... Não gerar polêmica. Mas não era só isso que o abalava. Sabia que, independentemente do que diria ao gêmeo para explicar suas ações, ele não concordaria.

Sentiu-se um completo idiota. Fez tudo aquilo por nada e teria consequências para lá de desagradáveis. E o pior de tudo, é que a garota que não saia de sua mente... iria o odiar ainda mais. Poderiam estar juntos agora, se não fosse por aquele merda do Louis.

Só queria sumir... e foi o que fez.

Consegui tirar um tempinho para escrever para vocês <3

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Consegui tirar um tempinho para escrever para vocês <3

ᴠɪᴢɪɴʜᴏs | 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 Onde histórias criam vida. Descubra agora