Analiso minha situação em poucos segundos. Não tenho nada em minhas mãos para usar como arma. Não posso e nem devo gritar agora, não sei se ele está sozinho ou o paradeiro da minha arma. Tenho que dar um jeito de sair do seu aperto.
Meu coração bate tao forte que eu penso que vai sair pela minha boca. Tenho dificuldades de pensar, então resolvo agir com o meu impulso. Mordo a mão do homem e tento me livrar do aperto, e mesmo ele tendo afrouxado um pouco o aperto de suas mãos ele ainda estava bem firme. Ele solta um grunido baixo e depois prende a respiração. Não teria como me livrar dele.
- Calma - a voz do sujeito me acalmou, mas a situação não. Tenho que ver a minha irmã. O homem era grande e fiquei desesperada. Tinha perdido a minha melhor chance, que era o fator surpresa. Minha mente estava enublada demais pra pensar num jeito de sair. Puta que merda!
Estranho que não sinto a arma me mim. Pensava que seria a primeira coisa a encostar em mim. Quem sabe isso não é uma coisa boa... Acho que eu tenho um tempinho de reação.
Dou um pisão com toda força que reúno no peito do seu pé e levo minha cabeça de encontro com o rosto do homem. Minha cabeça gira um pouco com a velocidade do impacto, mas me mantenho firme ao chão. Ele solta um grunido de dor e leva suas mãos ao rosto. Eu aproveito a oportunidade de me virar, sair de seu aperto e imobilizar o invasor.
O corredor estava escuro então não pude ver o rosto dele, e nem queria perder algum segundo importante com isso, só queria voltar a ter o controle da situação.
Minhas mãos correm o corpo dele e me ponho nas costas dele. Com um pulo rápido, paro nas costas do meu agressor mas como ele é enorme tive que dar um impulso bem forte. Passo meus braços por debaixo dos seus para conseguir acesso ao seu pescoço.
E agora eu percebi que tenho um problema enorme. Minha toalha voou com o meu movimento, então eu estou úmida, e somente com as roupas dele nos separando. Estou como vim ao mundo nas costas do invasor.
Sinto um arrepio correr meu corpo inteiro, mas não me dou ao luxo de fraquejar. Meus braços vão diretamente para o seu pescoço e eu prendo suficiente para que ele não possa fugir de mim. Ele bate em minhas mãos e tenta tirá-las de lá, mas não vou deixar . Encaro aqueles cabelos negros, pronta para torcer o pescoço dele no menor dos movimentos. O fluxo de ar dele é bem limitado.
Cabelos negros, esse arrepio... Tudo tão familiar... Não! Vanessa pode estar em risco.
- Quem é você e onde está a minha irmã? - falo baixa e controlada. - Você tem três segundos pra dizer o que quer, onde está a minha arma e a minha irmã.
- Não vim te fazer mal Tenente... - sua voz sai pouca e rouca, por conta da falta de ar. A voz me é familiar. Senti meu coração apertar um pouco. Mas não deixo minha mente ir para onde ela queria. Tenho coisas mais importantes para resolver no momento.
- Um segundo... - o relembro da minha promessa, e aperto mais seu pescoço, para que ele não pense que eu estou brincando.
- Sua irmã está na cozinha! Sua arma está na minha calça! - ele fala apressadamente. Fico um pouco mais aliviada. Vanessa estava na cozinha.
Sinto o cheiro de homem inconfundível do Nicolau. Sabia que era ele. Quando meu cérebro acalmou o suficiente, encaixei as peças. Acabo libertando um pouco o pescoço dele, mas não demais... Afinal, quem ele pensa que é pra invadir a minha casa assim?
Prendo bem minha perna esquerda em torno de sua cintura e a minha direita serpenteia pela barriga dura do homem, procurando a arma. A encontro enganchada mesmo na frente do seu corpo.
Não tenho a destreza de pegar a arma com o pé, então eu a enfio bem em suas calças para que ele não consiga pegar a arma, não afundo demais, pois vi como meu pé se aproximou do pênis dele. Melhor nem chegar perto. Pelo menos não enquanto eu estou pelada...
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Principal Suspeito
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