Antônio.
Minha mãe, Dindinho e o restante da família resolveram manter a tradição familiar de passar as festas de final de ano fora do país, mas depois de tudo o que me aconteceu, eu decidi aquietar meu facho por aqui mesmo.
E inclusive eu já estava me preparando pra passar a virada de Natal em um lugar bem específico depois de um convite que recebi, isso não vem ao caso agora, mas minha ideia mudou totalmente depois que recebi a ligação de Fred:
- Papato? — ele disse ao iniciar a ligação.
- Faaaaaaala irmão! — respondi feliz por ouvir a voz dele.
- Por onde você vai ficar hoje? — questionou causando-me estranheza.
- Ahhhh irmão, eu vou rodar pelo mundão — menti, confesso.
- Entendi, não quer dar uma passada lá na casa da Lari e da... Mandinha? — rolou uma pausa dramática antes de dizer o nome da loirinha do SUS
- Sério? — falei surpreso, não estava esperando por isso.
- Sério pô! Vamos ficar por lá de boa, entre nós, só os mais chegados... — ele continuou
- E a Amanda tá sabendo que você tá me chamando? Tipo, sei lá... Ela vai ficar de boa? Não quero causar desconforto...
- Não só tá sabendo, como deu apoio para que eu te chamasse. — ele respondeu prontamente.
- "Cê" tá falando sério, Fredinho? "Cê" tem certeza disso, né? — eu ainda estava surpreso.
- Confia irmão, tá tudo certo. Só vem e traz um vinho.
- Fechou então... Obrigado irmão, obrigado mesmo, do fundo do coração. — falei dando fim a conversa.
Desliguei o telefone com o coração muito feliz com o convite, mesmo no fundo preferindo que esse telefonema tivesse partido dela, sei que com o gênio difícil e forte que ela tem, se ela não me quisesse lá certamente não deixaria essa ligação de Fred acontecer.
Amanda é uma mulher muito firme em suas percepções e opiniões, agora com essa quantidade de hormônio da gravidez pulsando dentro dela, esse traço da personalidade dela tinha se intensificado ainda mais, então eu me sentia realmente aliviado dela não ter se oposto ao convite.
Isso significa que ela não me odeia, né?
Fiquei assistindo um filme durante o restante daquela tarde, pedi um vinho pra entregar via delivery e esperei ansiosamente até a hora de sair para a ceia.
O por que dessa minha ansiedade? Fome.
Só de pensar na quantidade de delícias que iria ter naquela mesa, eu já tinha vontade de sair correndo pra lá e quando dei por mim foi exatamente isso que eu tinha feito.
Tomei um banho, coloquei uma roupa bem no meu estilo causal: calça preta, camisa preta, jaqueta preta e o tênis? Branco... e preto, claro.
Passei um perfume e rapidamente entrei no meu carro rumo a casa das meninas.
Meu humor estava ótimo, então coloquei um pagodinho e fui curtindo durante o caminho todo.
Seu Luiz, o porteiro do condomínio, como sempre me deixou entrar e subir sem interfonar para o apartamento delas, então eu peguei o elevador e logo cheguei até aquela enorme porta de madeira branca, toquei a campainha duas vezes e logo ouvi mini passos vindo em direção a mim, quando a porta se abriu, tive a surpresa de ver Cris parado atrás dela.
- Eaiiiiiii molecão! — falei abrindo um sorriso em sua direção.
- Titio Papato, papai, titio Papato! — ele tentava explicar pra Fred que tem tinha chegado era eu.
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SandCastles - DocShoe
RomanceAntônio é um renomado lutador que acaba de se curar de um câncer e está tentando readaptar a vida sem restrições. Amanda é uma estudante de medicina sonhadora, doce romântica e completamente apaixonada pelo seu melhor amigo de infância: Rodrigo. Ser...