Amanda.
Depois do Karaokê, vim pra casa na companhia de Fred e Lari e após me deitar tive uma noite longa de insônia acompanhada de muitos pensamentos reflexivos...
Lembrei-me que uma vez eu li uma frase que dizia bem assim: "Nem sempre nós ficamos com o amor de nossas vidas" e essa frase rondou a minha cabeça durante toda a noite.
Nós mulheres fomos ensinadas desde crianças a enxergar o amor como a única coisa relevante no mundo, era como se o nosso grande objetivo de vida fosse esse: encontrar o AMOR.
Todas as histórias infantis que ouvíamos eram de princesas que iam em busca do amor verdadeiro.
Uma perdia o sapatinho de cristal depois de ir atrás do amor, a outra escolheu perder a voz para poder ter penas humanas também pra ir atrás do amor, fora as outras outras que foram salvas pelo beijo do amor verdadeiro...
Já reparou nisso? Tudo girava em torno do bendito do amor.
E absorvendo e sendo influenciada por tudo isso, passei muitos anos achando piamente que Rodrigo era o homem da minha vida e que eu não conseguiria viver sem o AMOR dele.
Passei anos e anos sem me abrir pra nada e pra ninguém, esperando que com um beijo do amor verdadeiro, as coisas mudassem drasticamente na minha vida, o que obviamente não aconteceu.
Fui capaz de idealizar uma vida inteira ao seu lado, meus planos começavam com o namoro, passavam pelo casamento, iam para filhos e netos e por fim chegava a parte de viver felizes para sempre iguais a todos os contos de fadas que eu assistia e acabou que isso foi coisa que NUNCA aconteceu, inclusive passou muito longe de acontecer para nós.
Eu realmente acreditai durante grande parte da minha vida e com todo o meu coração que Rodrigo era o grande amor da minha vida.
Até eu conhecer Antônio...
Quando eu o conheci e passei a me relacionar com ele, entendi e enxerguei o amor de uma maneira totalmente diferente do que eu conhecia até então.
Encontrei nele um amor puro, aquele amor que não dá pra definir em palavras então tudo o que a gente pode fazer é sentir.
Tratava-se daquele amor desesperado, daquele amor ardente, daquele amor intenso, daquele amor URGENTE...
Diferente de Rodrigo, descobri em Antônio o verdadeiro amor romântico.
Mas as coisas acontecessem de forma muito atropelada pra mim e Antônio e isso acabou nos pegando em um lugar tão delicado e doloroso pra ambos que foi praticamente impossível nos manter com sanidade mental para encarar os problemas.
A vida real bateu na minha porta, bateu não, ela praticamente arrombou a minha porta e fez que eu enxergasse e entendesse na marra que a realidade é TOTALMENTE diferente daquela vida perfeita que nós meninas idealizamos e entendemos como certas e reais desde muito pequenas...
E depois de horas pensando, repensando e refletindo, cheguei a conclusão que apesar de ser extremamente FUNDAMENTAL, o amor está longe de ser a coisa mais importante dentro de um relacionamento amoroso, parece loucura minha, né? Mas eu vou tentar explicar a minha tese e como cheguei a essa afirmação.
Eu e Antônio terminamos o nosso relacionamento nos amando muito, mas faltaram várias outras coisas que fariam o relacionamento dar certo pra nós...
Faltou sinceridade.
Faltou companheirismo.
Faltou cumplicidade.
Faltou diálogo.
E o mais importante: Faltou CONFIANÇA.Ou seja, faltou muita coisa, mas em nenhum momento faltou o tal do amor.
E mesmo o amando muito e incondicionalmente percebi "só" isso não foi o suficiente para nos manter juntos.
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SandCastles - DocShoe
RomanceAntônio é um renomado lutador que acaba de se curar de um câncer e está tentando readaptar a vida sem restrições. Amanda é uma estudante de medicina sonhadora, doce romântica e completamente apaixonada pelo seu melhor amigo de infância: Rodrigo. Ser...