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Sinto um alívio enorme ao colocar o gelo no local do inchaço, ele pegou pesado comigo hoje.

Tento agilizar, retoco minha maquiagem e passo um pouquinho de perfume, sempre tenho um vidrinho pequeno na bolsa.

Saio do banheiro e todos já estão se preparando pra cantar os parabéns.

Vou até a frente da mesa e agarro o braço do Gabriel. Estava com um pouco de medo pelo jeito que um homem me olhava, bem estranho por sinal.

Gabriel: Que foi? - pergunta em meu ouvido.

— Não é nada amor... - sussurro.

A Marília puxou os parabéns e nós só acompanhamos.

O bolo foi servido, em seguida as lembrancinhas e alguns doces para levar. A festa foi ótima, fui até a Marília me despedir. Até porque, quase todo mundo já tinha ido.

— Foi tudo ótimo amiga, eu já vou indo. - dou um sorriso para ela.

Marilia: Ai amiga, eu peço que me desculpe.

— Pelo que?

Marília: Por ter chamado ela. - olha para a Rafaella que estava inclusive, na mesa onde os meninos estavam.

Marília: Minha avó criou ela quando criança, e ficou me enchendo a paciência até eu convidar, não tive muita escolha.

— Tá tudo bem menina, relaxa.

Marília: Sério mesmo?

— Sério - dou um sorriso. - Bem eu vou indo, um beijo. - lhe abraço.

Respiro fundo e vou até a mesa.

Se ela disser qualquer coisa eu juro que sou capaz de tudo. Minha cabeça já está estourando de tanto doer.

Quando chego a mesa, ela me olha de cima abaixo, mas eu não dou muita atenção pra isso.

— Amor, eu não quero te apressar nem nada, mas minha cabeça está doendo muito. Que horas agente vai? - falo em seu ouvido e abraço seu pescoço.

Ele não diz nada, apenas se despede dos seus amigos, e eu faço o mesmo.

O Gabriel da tchau ao aniversariante e eu também.

Saímos dali e fomos direto pra casa.

Nem percebi quando fechei os olhos e dormi no carro. Não sou acostumada a ficar acordada até tarde.

Acordei com o Gabriel subindo as escadas comigo no colo.

Gabriel: Vai querer tomar banho? - diz me colocando sentada na cama.

— Vou... - coloco a mão na cabeça, sentindo uma forte dor e uma vontade de vomitar.

Gabriel: Tu tá pálida meu bem. - ele coloca uma de suas mãos no meu pescoço. - Quer ajuda? É bom você tomar um banho gelado.

— Acho que consigo sozinha amor. - me levanto e vou até ao banheiro feito uma bebada.

Fecho a porta e vou direto para o box

Gb.

Eduarda.

Duda: Maria Eduarda pra você

— Deixa de ser chata e me escuta. A S/n tá passando mal.

Duda: Aí caramba, da algum remédio pra ela. Ela precisa estar bem amanhã.

— Vou ver o que faço aqui. Todo mundo confirmou presença?

Duda: Sim, as comidas e as lembrancinhas, tá tudo certo?

— Tá, só não esquecer de amanhã  levar o quadro.

Duda: Beleza, pela foto tá muito lindo, você pinta e desenha muito bem.

— Que nada. - ouço a porta ser aberta. - Te ligo depois.

Desligo o celular.

S/n: Me empresta uma blusa e uma cueca sua amor? - diz de cabeça baixa com os olhos quase fechados.

— Que foi?

S/n: A luz tá fazendo minhas vistas doerem - esfrega seus olhos.

Vou até o guarda roupa e pego uma camisa minha, na gaveta retiro uma cueca confortável.

A ajudo a colocar a roupa.

— Você adoece muito fácil, isso é desde quando?

S/n: Desde que eu tinha 2 anos.

A pego no colo e apago a luz, deito-a na cama com cuidado.

Liguei o ar no 24° e me deitei também.

Não demorou muito para que ela se levantasse e fosse até o banheiro correndo para vomitar.

Me sento na cama preocupado e a vejo ajoelhada com sua cabeça afundada no vaso.

Me levanto e fico na porta a observando.

Assim que ela termina, se levanta com dificuldade e lava o rosto na pia.

Entro no banheiro e aperto a descarga.

— Você tá mal mesmo. - ela estava escovando os dentes. - Vem. - seguro em seu braço e a ajudo a sair do banheiro assim que ela termina.

S/n: Desculpa amor. - a deito na cama e a cubro.

— Ah que mania de pedir desculpa por tudo S/n

S/n: É que...Olha só a hora, amanhã você tem treino e...

— Ve se relaxa tá? - lhe dou um selinho.

S/n: Te amo.

— Te amo - faço carinho em seu cabelo.

De manhã...

Levanto as 9h e ela ainda continua dormindo.

Desço e faço o café. Preparo tudo e deixo em cima da mesa. Fiquei de ir ver o local que está sendo decorado as 10h.

Me arrumo rápido e saio de casa.

Ao chegar no espaço já me deparo com o local praticamente todo preto e vermelho, ela ama essas cores misturadas com prata e dourado, do jeitinho que está.

Sara: Aí Sr. Gabriel, a mesa de som vai ficar nesse lado, é só o senhor avisar pra ele, tem tomadas em tudo quanto é lugar, e se precisar, tem extensão na caixa da cozinha. O senhor já sabe onde é né?

— Sei sim.

Sara: Bacana. Agente veio fazer o mais difícil agora, aí voltamos às 17h30 para finalizar tudo, a que horas o senhor chega?

— As 20h, os convidados estarão aqui as 19h30

Sara: Beleza. As lembrancinhas já foram feitas, uma geral, outras masculino e feminino certo?

— Isso.

Sara: As comidas chegam as 19h. Cupcakes, batata frita, salgadinhos, refrigerante, suco, drinks sem álcool, hamburguinhos, escondidinho de frango e carne, fondue de frutas, milkshake, espetinho de carne de boi, frango e coração de frango, o jantar self-service que inclui strogonoff com batata palha, arroz, salada e molho, os docinhos serão no caso cajuzinho, amendoim, moranguinho, brigadeiro e beijinho, quase ia me esquecendo da mesa de açaí com complementos de leite em pó, leite condensado, bis, bombom, frutas, nutella, entre outros.

— Tá ótimo.

Sara: Teremos 3 fotógrafos certo?

— Exatamente, é bom pra não sobrecarregar um só.

Sara: Verdade.

— Eu vou indo sara, muito obrigado.

Saio do espaço e vou até uma loja de roupas procurar um vestido de festa para ela.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora