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2 semanas depois

Rafaella: É hoje então?

Victor: Isso.

Rafaella: Não entendi até agora como você conseguiu ficar aqui.

Victor: Eu já te expliquei isso umas dez vezes! Tu é burra em. - reviro os olhos. - Eu fingi uma lesão já tem um mês, justamente pra não jogar.

Rafaella: Hum... - diz parecendo entender.

Victor: Vê se não me enrola e me dá logo o dinheiro da gasolina.

Rafaella: Quanto é que você precisa?

Victor: Uns 1.500.

Rafaella: Tudo isso?

Victor: Você já nasceu rica só por ser irmã do Neymar! Esse dinheiro não vai te fazer falta, se eu tô pedindo, é porque vou precisar.

Rafaella: Tá bom. - ela pega seu celular e faz uma transferência para mim.

Victor: Fica atenta, vou estar te pedindo dinheiro sempre.

Rafaella: Só sirvo pra isso né? - diz bufando.

Victor: Né. - pego uma mala e já começo a colocar tudo que vou precisar.

Já levei algumas roupas minhas para lá, aqui eu vou colocar apenas um vidro de álcool, algumas cordas, uma fita e alguns itens de "tortura".

Rafaella: E a que horas eles viajam? - diz se sentando na cama.

Olho para o relógio na parede.

Victor: Daqui a quarenta e cinco minutos.

S/N

— Você tem que ir mesmo? - olho para o Gabriel.

Eu odeio ficar sozinha, ainda mais nessa casa, desse tamanho.

Gabriel: Eu tenho meu amor. - ele diz deixando suas malas no chão. - Vai ser rapidinho, você vai ver. - diz me abraçando.

— Tudo bem... - digo triste.

Gabriel: Vamos comigo no aeroporto?

— Pode ser. - desfaço o abraço e vou para o meu quarto vestir uma roupa.

Visto uma calça cargo preta e uma regata branca, deixo meu cabelo solto mesmo, passo um pouco de gloss e calço meu tênis branco.

O Gabriel já estava me esperando dentro do carro.

No caminho, ele foi me dando algumas recomendações.

Gabriel: Vê se não abre a porta pra qualquer um. E eu não quero saber de você passando mal porque ficou sem comer, entendeu?

— Tá bom, tá bom. Tá falando isso desde que saímos de casa.

Gabriel: É porque eu vou ficar preocupado com você, só isso.

Chegamos ao aeroporto. Ajudo ele a entrar com as malas, todos os meninos já estavam ali. Ele foi cumprimentar todos, enquanto eu me sentei em uma cadeira ao lado das malas, um pouco afastado do elenco.

O tempo passou voando, faltavam pouquíssimos minutos. Achei estranho não ver a Letycia ali, deve ser por isso que o Arrascaeta estava tão sério e quieto.

Letycia: Aí meu Deus. - diz parando de correr e colocando as mãos em seus joelhos.

— Achei que você não vinha.

Letycia: Tive que resolver algumas coisas sobre meus documentos, acabei me atrasando. - diz ofegante. - O Arrasca já tá aí? - diz procurando o uruguaio.

Nessa hora, o elenco inteiro se levantou e estava indo em direção a porta de vidro que dá acesso a pista. O Gabriel me chama e eu já me levanto.

— Seu namorado tá aí.

Letycia: Quer ajuda.

— Quero sim, obrigado. - dou a ela uma mala, enquanto carrego outra.

Os meninos já estavam se aproximando do avião, junto com suas esposas. Nós apertamos o passo, o Gabriel já havia entrado lá dentro, provavelmente foi deixar a mochila em alguma poltrona.

Letycia: Segura um pouquinho aí. - ela solta a mala e corre ao ver que o arrascaeta estava quase entrando também. - Amor. - ela diz e ele olha para trás.

Seu semblante que era sério, agora tinha um sorriso.

Arrascaeta: Achei que você não vinha, princesa. - ele a abraça.

Letycia: Desculpa. É que eu tive qu...

Arrascaeta: Tá tudo bem. - lhe dá um selinho.

Que coisinha mais fofa.

Letycia: Vou sentir saudade. - vejo algumas lágrimas caírem de seus olhos.

Arrascaeta: Já já eu volto linda, não precisa chorar. - diz enxugando as lágrimas de seu rosto. - Se cuida tá? - ela faz um sim com a cabeça e ele dá um beijo longo nela.

Pego meu celular e tiro algumas fotos dos dois. Acho um casal tão lindo.

Letycia: Te amo.

Eles terminam de se despedir e o arrascaeta entra. Logo depois o Gabriel desce.

Gabriel: Tchau gatinha, já estamos atrasados. - diz me abraçando.

Meu coração se aperta e eu não controlo minhas lágrimas também.

— Se cuida amor. - beijo sua bochecha.

Gabriel: Vai ser rapidinho. - ele segura meu rosto e me beija. - Eu prometo.

— Tudo bem, fica com Deus.

Gabriel: Amém. - ele tira suas chaves do carro e me entrega.

— Tem muito tempo que eu não dirijo.

Gabriel: Mas você sabe né. - me beija pela última vez
e entra no avião.

Eu e a Letycia saímos dali.

A ofereci carona, mas ela disse que já havia pedido um carro de aplicativo.

— Respira fundo S/n, você sabe dirigir. - digo tentando me acalmar.

Sinto uma sensação estranha, como se alguém estivesse me observando ou algo do tipo.

— Deve ser porque eu não dormi direito. - abro o carro rapidamente, olhando para todos os lados.

Saio dali o mais rápido possível.

Chegando em casa, eu tranco tudo. Verifico o quarto do Gabriel e tudo estava fechado lá também.

— É, agora somos você e eu Bennynho. - digo fazendo carinho no meu cachorrinho. - Você deve estar com fome né? Vou pegar um petisco pra você.

VH.

Entrar aqui foi mole. Deixaram a porta de vidro do quarto destrancada, que original.

Avisto de cima da escada a S/n brincando com seu cachorro. Desço as escadas bem devagar. Me posiciono atrás dela, esperando a oportunidade certa.

Quando ela se vira e me vê, a primeira coisa que faz é gritar e tentar correr. Rapidamente eu a agarro.

S/n: SOCORRO.

— Fecha essa boca filha da puta. - estava difícil de segura-la.

Ela se debatia muito, e gritava mais ainda. Meu medo é alguém escutar.

Com dificuldade, coloco um pano em seu nariz. Em poucos segundos, seu corpo foi ficando mole.

— É princesa, agora você é minha... - dou um sorriso de orelha a orelha.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora