conversa

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— Me desculpa... - eu agarro seu braço, ela tinha ficado muito constrangida e queria sair dali o mais rápido possível. - Eu não devia...Olha, vamos começar de novo?

Ela me olha confusa.

— Prazer, todo mundo me chama de Arrascaeta, mas meu primeiro nome é Giorgian. E você? - digo e ela ri.

Letycia: Prazer, De Arrascaeta. Me chamo Letycia. - ela sorri e aperta minha mão.

— E você...namora ou fica com alguém?

Letycia: Não, e você? Está ficando com alguém? - continua com aquele sorrisinho.

— Solteiro agora. Tem quantos anos?

Letycia: 22, e você?

— 25.

Letycia: Nem parece.

— Que bom então. - meu olhar se distribui em seus olhos e sua boca.

É errado eu querer agarrar ela agora e...

Para com isso, Arrascaeta!

— E tu mora com os seus pais ou algo assim?

Letycia: Er... - vejo ela engolir em seco e passar a mão pelo seu pescoço. - Eu não tenho mãe, e nem pai... - vejo seus olhos marejarem.

— Ah, ou não precisa chorar. Me desculpa, não devia ter perguntado nada.

Letycia: Não, tá tudo bem... - ela deixa uma lágrima cair.

— O que aconteceu? Se não for incômodo...

Letycia: Meus pais me largaram, sabe? Quando eu tinha uns 4 anos. Eu tenho uma irmã gêmea, ela é diferente de mim. É bem mais bonita. - ela tira seu celular do bolso e me mostra uma foto de uma garota loira.

- Ela é modelo agora, e meus pais só quiseram ficar com ela. Aí eles me jogaram pra cima de uma tia minha que eu nem conhecia direito, me tratou feito um cachorro. A mãe do Gabriel, com pena me levou pra casa dela e eu morei lá por um tempinho, até eu conseguir um trabalho que desse pra pagar ao menos um aluguel de uma casa.

— E você ainda mantém contato com eles?

Letycia: Não, é até estranho. Quando tem alguma reunião familiar, é sempre a mesma coisa...Eles me humilham sempre que veem alguma oportunidade, enquanto a minha irmã...Uh - diz mexendo nas unhas. - E o Gabriel sempre me defende.

— Vocês são bem próximos né?

Letycia: Sim, fazia um bom tempo que eu não via ele na verdade. Mas e a sua família?

— Agente se da super bem, graças a Deus.

Letycia: Que bom!

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias.

— Quer dançar? - digo ouvindo um forró começar a tocar.

Não é querendo me gabar, mas quando se trata de forró, eu sou especialista.

Letycia: Eu não sei dançar forró.

— Eu te ensino. - pego em sua mão de leve.

Ela concorda e nós entramos novamente, a maioria das luzes estavam apagadas, e lá estavam todos aqueles gays dançando agarradinhos.

— É com todo respeito, beleza? - digo e ela faz um sim com a cabeça.

Grudo meu corpo ao dela, deixando nossos rostos bem próximos. Uma de minhas mãos está em sua cintura e a outra segurando seu braço.

— Dois pra lá e dois pra cá. Entendeu? - falo enquanto a ensino.

Ela pegou o jeito e já fomos acelerando o passo, dando alguns giros também.

Esse negócio de dançar agarradinho me deixa um pouco...Excitado. Mas eu tento ao máximo me conter.

Eu aproveito o momento para aspirar um pouco do seu perfume de morango. É gata e cheirosa...

Em algum momento, depois de dançar algumas músicas com ela, senti que eu não aguentaria mais. Inventei alguma desculpa e subi para o meu quarto. Entro no banheiro e tranco a porta rapidamente.

Abro minha calça e retiro meu membro, que já estava dolorido e latejando.

— Ahr... - fecho os olhos com força e encosto a cabeça na parede.

Eu só consigo pensar nessa mulher...

Me alívio o mais rápido possível.

Passo um pouco de água na cara, para tirar o suor que escorria pelo meu rosto, lavo as mãos, concerto a calça e desço novamente, respirando bem fundo.

De longe, vejo ela na cozinha e vou até lá. Ela estava com um copo de refrigerante na mão. Assim que deu um gole, ela deixa o copo em cima da mesa. Observo atentamente enquanto sua língua passa pelos seus lábios, e logo em seguida, ela morde seu lábio inferior.

Que mulher é essa...

Letycia: Oh. - ela se assusta ao me ver. - D-desculpa, eu não devia ter pegado sem pedir. - diz balançando as mãos.

— Eu te disse, pode ficar a vontade. Você devia estar com sede, pode tomar mais se quiser.

Letycia: Não quero ser mal educada.

— Você não é, sério mesmo, pode pegar o que quiser.

Letycia: Tudo bem então...

A festa foi rolando até mais ou menos umas 01h55, quando deu 02h metade já estava se aprontando para ir embora. Alguns iriam dormir aqui em casa.

Gabriel: Valeu irmão, vou lá que a S/n está me esperando. - me cumprimenta e me dá um abraço. - E aí? Já se comeram? - diz baixo próximo ao meu ouvido.

— Só um beijinho, nada demais.

Gabriel: Ui. - diz e ri. - Isso aí mano, bom ver que tu já tá melhor em relação a Camila.

— É.

Gabriel: Vou deixar vocês se despedirem aí. - pisca pra mim e sai.

A Letycia tinha ido no banheiro e estava descendo as escadas enquanto ajeitava sua blusa.

Letycia: Bom...Obrigada Arrascaeta, pelo carinho. - diz e sorri

Fiquei viciado nesse sorriso dela. Com certeza é uma coisa que eu vou lembrar todos os dias.

— De nada. - dou um sorriso de canto.

Ela se aproxima e abraça meu pescoço. Passo minhas mãos pela sua cintura bem lentamente, devolvendo o abraço. Aproveito novamente para sentir um pouco mais de seu perfume. Ela tem um cheiro muito gostoso.

— Tchau. - digo ainda abraçado a ema, nossos rostos estavam próximos. Só aí eu me dei conta e me afastei um pouco. - Que tal você me passar seu numero e seu insta? Pra marcarmos de sair depois...

Letycia: Meu número é **********, e meu insta é @letycia.saskia

Anoto tudo em meu celular.

Letycia: Eu vou indo então. Até mais. - faz um tchauzinho com a mão.

Sem pensar muito, eu lhe dou dois selinhos seguidos.

— Tchau. - vejo suas bochechas corarem e eu apenas sorrio quando ela se vira e vai embora.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora