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Rafaella: Depois eu que sou a burra né?

Victor: Porra. - diz após cuspir a água que estava bebendo de susto.

Rafaella: Não deu nada certo.

Victor: Mas do que é que você está falando?

Rafaella: Ele ainda continua com essa piranha! - mostra a foto, segurando seu celular com força por conta da raiva.

@gabigol

Rafaella: "Minha gata, como eu amo esse seu sorriso" Urgh

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Rafaella: "Minha gata, como eu amo esse seu sorriso" Urgh.

Victor: É impressão minha ou o rosto dela tá machucado? - ele pega o celular da mão da Rafaella. - Esse desgraçado tá batendo nela?

Rafaella: Não, o Gabriel jamais encostaria um dedo em uma mulher.

Victor: Você diz isso com tanta certeza assim?

Rafaella: Eu mesmo já bati nele várias vezes de deixar machucado até, confesso que muitas delas foi sem motivos, e ele nunca encostou a mão em mim.

Victor: Hum...

Rafaella: Tá, e agente faz o que agora?

Victor: Quando o plano principal falha, agente parte pro outro.

Rafaella: E no que você está pensando?

Victor: Eu dou um jeito de sequestrar a S/n e sumir do país. - da de ombros. - Aí você aproveita e faz o que você quiser, mas obviamente, vou precisar da sua ajuda.

Rafaella: Como?

Victor: Você tem mais dinheiro que eu Rafaella, pelo amor de Deus!

Rafaella: E quanto é que você quer pra sumir com essa...

Victor: Cuidado. É da minha mulher que você está falando.

Rafaella: Que seja! Quanto você precisa.

Victor: Primeiro de tudo, um carro melhor, esse que eu tenho só da problema. Preciso de homens que me ajudem também, de graça que eles não vão fazer.

Rafaella: Só isso? - diz como se não fosse nada.

Victor: Preciso de uma arma, balas e algumas cordas também.

Rafaella: Tá, eu dou meu jeito. Mas você vai ter que esperar um pouco.

Victor: Odeio esperar.

Rafaella: Problema é seu! Eu ganho bastante, mas comprar um carro não é tão fácil assim. Vou ver se meu irmão me empresta pra adiantar com isso.

Victor: Certo.

Rafaella: E você em pensa ir pra onde?

Victor: Sair do país vai levar um tempinho, cerca de uns quatro meses, mas o que ninguém sabe é que eu tenho uma casa afastada daqui, posso ficar lá até resolver tudo.

Rafaella: Entendi.

———

S/n: Amor, sabe do que eu também tô com saudade?

— Hum... - digo ainda mexendo no celular.

S/n: Disso aqui. - ela passa uma de suas mãos sobre minha calça.

— É mesmo?

Jogo meu celular em cima da mesinha que fica ao lado.

Passo meus dedos pelos fios de cabelo dela e junto nossos lábios.

Como o beijo dela é gostoso...

E pensar que eu poderia ter perdido isso pra sempre...

A falta de ar se fez presente, e por mais que eu quisesse, ela ainda estava machucada, e sentia muitas dores.

Sua língua mesmo, tinha alguns cortes bem pequenos, e eu percebi a dificuldade que ela teve pra me beijar.

— Hoje não amor...

S/n: Por que? - ela se ajoelha, mas logo solta um gemido. - Aí.

— Tá aí o porque. - coço minha nuca. - Como foi que você fez esses machucados? - tomo coragem e pergunto.

S/n: Ah... - ela respira fundo. - A língua eu cortei com um gilete... A boca eu bati subindo as escadas correndo lá no hotel, o pulso eu cortei com uma faca e os hematomas, eu fui me batendo, e chutando algumas coisas, e... - vejo seus olhos se encherem de água.

— Tá bom gatinha, shi. - a sento no meu colo e a abraço fortemente. - Desculpa, eu não devia ter te perguntado isso.

Faço carinho em seu cabelo até ela dormir.

A deito na cama com muito cuidado para não acorda-la.

— Tadinha... - digo passando meus dedos de leve sobre seu rosto. - Sofreu tanto por minha causa. - um nó se forma na minha garganta.

Fecho meus olhos e oro agradecendo a Deus por ter cuidado dela, ele sabe o que faz...

Ajeito o cachorro do lado dela e saio do quarto por um momento.

Uma vontade de chorar enorme se fez presente. Eu simplesmente não entendia o por que...Em momento nenhum ela me questionou, ou me acusou, na verdade ela nem tocando nesse assunto está. Muitas mulheres por aí provavelmente estariam com raiva ou algo do tipo, mas ela não...Ela é diferente, e eu preciso valorizar mais, não posso correr o risco de perder assim de bobeira.

Peguei meu celular e agradeci ao arrascaeta, se ele não tivesse me mostrado o vídeo a tempo...

Não gosto nem de pensar!

Preparo um pouco de chá para mim, não estou com muito sono. Enquanto o chá está no fogo, subo correndo para ver se a S/n ainda está no quarto. Isso vai me criar uma paranoia danada.

— Mas o que é que essa porta está fazendo aberta? - digo confuso me referindo a porta de vidro da varanda. Eu tenho quase certeza que a deixei fechada.

Olho para os dois lados da varanda e não vejo ninguém, fecho a porta, a tranco e puxo as cortinas.

A luz do banheiro também estava acesa, devagar, me aproximo dali, mas novamente, não tinha ninguém.

Pode ter sido ela a vir aqui também. Apago a luz e fecho a porta. Saio do quarto quando me lembro do chá, que por sorte, ainda nem estava fervendo.

Me encosto na bancada e entro no WhatsApp para responder algumas mensagens que estavam ali fazia tempo.

~

Victor: E aí? - diz nervoso.

— Olha chefe, eu até entrei, mas quando escutei ele subindo, tive que sair.

Victor: E por que diabos você não resolveu isso logo?

— Minha arma ficou aqui em baixo na grama, e eu que não ia cair na mão com ele, você já viu o tamanho dos braços desse cara?

Victor: É, eu sei, ele bate forte. - diz para si mesmo e passa a mão em seu rosto. - Não me interessa! Você o tem a vista agora?

— Sim, ele tá aqui na cozinha.

Victor: Tá de costas pra você.

— Tá sim.

Victor: E agora você tá com a arma na mão, seu idiota?!

— Agora eu tô.

Victor: Então acaba logo com isso!

— Mas o senhor não tinha dito que a Rafaella...

Victor: EU NÃO LIGO PRO QUE ESSA VAGABUNDA VAI PENSAR, FAZ O QUE EU TÔ MANDANDO. ATIRA!

O homem finalmente, aperta o gatilho.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora