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S/n: Que isso amor. - diz com os olhos arregalados.

— E você acha que eu tô brincando? Passei esse tempo todo longe de você, eu também tenho as minhas necessidades. - dou de ombros.

S/n: É verdade. - diz coçando a nuca.

A conhecendo, eu sei que ela está com vergonha, e chega até ser engraçado, depois desse tempo, todo ela ainda ter vergonha de mim.

S/n: Amor.

— Que que foi?

S/n: É, eu posso estar enganada, mas esses machucados na sua mão foram mesmo no muay thay?

— Já te falei que sim, porque a dúvida?

S/n: Qual é, tá muito machucado pra ter sido no muay thay, me conta o que que houve.

— Eu prefiro não te deixar preocupada.

S/n: Está me deixando mais ainda por não querer me contar! Você fez alguma coisa de errado?

— Eu não fiz nada. É só que... - respirei fundo. - A Rafaella foi lá em casa hoje.

S/n: Como assim?

— Ela foi lá em casa pedir "desculpas".

S/n: Desculpas pelo que?

— Por ter participado de tudo que aconteceu com você.

S/n: Que? A Rafaella? - apenas concordei com a cabeça. - Não, que isso.

— Eu escutei da própria boca dela S/n, para de ser tão boazinha, pelo menos uma vez na sua vida.

S/n: E o que você pretende fazer?

-- Denuncia-la, isso é óbvio. O Victor eu já cuidei pra que não saia da prisão até que morra.

S/n: Credo amor.

-- Credo? - dou risada. - Você já se esqueceu o porque de estar aqui nessa cama de hospital?!

S/n: Tudo bem amor, você tem razão. - ela se levanta da cama devagar e me abraça. - Eu não quero brigar.

-- Nem eu. - beijo sua nuca e abraço sua cintura com todo cuidado do mundo. - Eu tenho que passar na casa da minha mãe gatinha, prometi pra ela que iria lá hoje.

S/n: Vai lá então amor. - diz e me dá um selinho. - Te amo.

Me despeço dela e saio do hospital, indo direto pra casa da minha mãe.

-- Bença.

Mãe: Deus te abençoe, meu filho. E aí? Como estão as coisas?

-- Estão indo.

Mãe: E a sua namorada?

-- Está bem. E o pai? Tá em casa?

Mãe: Saiu tem uns dez minutos, foi comprar pizza. Por que você não fica e come junto com agente? 

-- Pode ser.

Mãe: E você não vai perguntar sobre a Dhiovanna?

-- Não faço questão.

Mãe: Poxa filho, fico mal de ver vocês assim.

-- E o que eu posso fazer mãe, ela nem se quer respeita a minha namorada, e eu não duvido nada de que... - me calo ao perceber que poderia falar uma besteira.

Mãe: Não duvida de que?

-- Deixa.

Mãe: Agora você vai falar.

-- A Rafaella me procurou hoje, e disse que ela teve envolvimento em tudo que aconteceu com a S/n, e sinceramente, eu não duvido nada de que a Dhiovanna tenha se envolvido nisso também.

Mãe: Meu filho! Como pode pensar algo assim da sua própria irmã?

-- Eu tenho meus motivos mãe, e você deveria entende-los!

Mãe: Mas ela é a sua irmã.

-- E daí? Isso não é desculpa pras grosserias dela, e nisso, você e o papai tem uma boa parcela de culpa, sempre mimaram ela. Hoje em dia, ela faz o que bem entende, até tatuagem escondido ela fez e não recebeu se quer uma punição em relação a isso. 

Mãe: Isso é passado Gabriel!

-- Um passado que atrapalha a vida dela e a da nossa família até hoje.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora