— SAI DE CIMA DE MIM! - digo me debatendo.Victor: Deixa de escândalo, sua vagabunda! - recebo um soco no rosto.
Viro a cara no impacto e fecho os olhos na hora, fingindo desmaio.
Victor: Porra. - sinto ele sair de cima de mim e me pegar no colo.
Ele sai andando comigo. Até penso em tentar atacá-lo, mas ele é três vezes mais forte que eu.
Sou jogada no chão e logo escuto um barulho de porta fechando. Espero um pouco e só abro os olhos quando sinto que ele realmente não está mais ali.
Tento me sentar, mas caio deitada novamente ao sentir uma dor enorme na costela.
Olho em volta enquanto respiro muito rapidamente. Era uma sala vazia, e bastante empoeirada, com apenas duas lâmpadas que estavam ligadas.
— Aí. - digo sentindo minha costela doer quando tento respirar fundo. - Oh senhor... - começo a chorar. - G-gabriel. - bato a mão no chão e choro mais ainda.
Ele não está aqui, disso eu sei.
Está em viagem, mas ele vai sentir minha falta...Eu sei que vai. Eu sempre respondo as mensagens dele quase que no mesmo momento que ele manda, com certeza ele vai achar estranho. É o que eu espero...
Meu coração dói tanto...
Só de pensar o que esse cara pode fazer comigo aqui.
Como eu queria o Gabriel nesse momento.
Ele é o meu Porto Seguro, eu só tenho ele no mundo. É ele que me defende de tudo e de todos, acho que sem ele eu não sei nem falar direito.
Agora eu só consigo sentir dor e tristeza.
Estou suando muito e mal mal consigo respirar, aqui é muito abafado.
Alguns longos minutos ali, eu escuto a porta ser aberta novamente. Agora sim o desespero tomou conta de mim.
Victor: Levanta daí. - ele segura meus dois braços com agressividade. - Tu tá toda imunda, vai tomar um banho agora. - ele me empurra para que eu ande e eu tento ao máximo ficar de pé para não apanhar novamente.
Ele me fez subir 20 degraus até chegar em um quarto.Sou empurrada para o banheiro, ele fecha a porta e a tranca. Vejo uma janela, e uma ponta de esperança surgiu. Meu brilho só sumiu quando vi que tinha um cadeado enorme nela.
Victor: Anda logo. - esmurra a porta.
Tiro minhas roupas com uma certa dificuldade por conta dos machucados. Me enfio debaixo do chuveiro e olho o tempo todo em direção ao chão, observando a água se misturar com meu sangue.
Encho a boca e acabo vomitando ali.
- Que dor de cabeça... - digo pegando o sabão e passando sobre minhas feridas, soltando alguns gemidos as vezes por conta da dor.
Pego a toalha que estava pendurada no suporte e começo a me secar devagar.
Não consigo parar de pensar no Gabriel...
Só de pensar que talvez eu nunca mais irei ve-lo de novo...
Olho ao redor e vejo uma roupa dobrada em cima da pia.
A desdobro e vejo que se trata de uma roupa totalmente sensual. Largo aquilo na hora, com nojo.
Visto as roupas que estava usando antes, mesmo estando sujas.
- Abre. - bato na porta.
Escuto a maçaneta girar e a porta se abrir.
Victor: Por que você ainda não vestiu o que eu deixei ai? - pergunta com raiva.
- Eu me recuso a vestir algo tão vulgar assim pra você!
Victor: Você tá muito atiradinha pro meu gosto, não acha? - agarra meu cabelo por trás e o puxa. - Vai ficar ai até vestir isso - aponta pra roupa no chão, me larga e tranca a porta novamente.
Me sento naquele chão frio e fico ali com meus próprios pensamentos.
Não tenho relógio, mas sei que já se passou bastante tempo. Minha cabeça não estava parando em pé. Resolvo me deitar ali mesmo, encolhendo meu corpo por conta do frio....
Não sei quanto tempo eu dormi, só sei que fui acordada com os gritos do Victor.
Ele me pegou e me levou até a cozinha.
Victor: Senta aí e fica bem quietinha. - ele levanta sua blusa e me deixa a mostra uma arma que estava na barra de sua bermuda preta. - Você não tem pra onde correr. - diz e abaixa a blusa.
Ele empurra uma bandeja em minha frente com algumas bolachas recheadas em uma vasilha, um prato de comida com tomate, alface, feijão, arroz e frango frito, e um suco que pela cor aparenta ser de maracujá.
Coloco minha mão na ponta da bandeja e a empurro de volta, enquanto olho para ele fixamente o tempo inteiro.
- Eu não quero. - digo firme, apesar de estar quase enfartando.
Victor: Você vai comer isso sim, é uma ordem.
- Você não manda em mim. - tiro coragem de onde eu não tenho.
Eu me recuso a obedecer esse homem.
Victor: EU MANDO SIM! VOCÊ É MINHA CARALHO. - Ele bate a mão na mesa de vidro e se levanta, franzindo as sobrancelhas. - Eu tento até ser paciente com você, mas tu é muito metida né garota?
Fico calada e apenas o observo.
Victor: Come isso agora.
- Eu não vou comer nada.
Victor: Come isso... - ele puxa a arma e a aponta em minha direção.
Meu Deus, me de forças... - peço em silêncio.
Victor: ANDA LOGO.
- Eu já disse, não irei comer nada. - Pai nosso, que estais nos Céus...
Victor: Eu não vou repetir de novo.
- Eu também não. - santificado seja o Vosso Nome.
Vejo o seu olhar de raiva sobre mim.
Victor: Você adora provocar, não é? - venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no Céu.
- Eu já disse... - o pão nosso de cada dia nos dai hoje. - Eu não vou te obedecer. - perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Victor: Sua... - vejo ele carregar a arma.
e não nos deixeis cair em tentação.
Ele posiciona a arma.
mas livrai-nos do mal.
Seu dedo vai até o gatilho.
- Amém. - digo em um tom baixo.
Ele puxou o gatilho e a arma disparou.
A arma estava apontada diretamente na minha cabeça, não tinha como ele errar...
Victor: Que? - ele diz confuso e começa a olhar a arma.
Ele virá te buscar. Não temas, pois o teu Deus está contigo...Arregalo os olhos ao ouvir alguém me dizer algo no ouvido. Olho para trás, mas ali só estava nós dois.
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Tela Quente - Gabigol
FanfictionSn dos Santos é uma mulher de 22 anos que mora na rua desde os 19. Gabriel Barbosa é um jogador de futebol famoso. #1🥇evertonribeiro (29/07) #1🥇 futebol (06/08) #3🥉pregnant (06/08) #1🥇marilianery (05/08) #1🥇 imagine (09/08)