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Dia seguinte...

Victor: Fique aí, bem quietinha. - diz me dando um selinho, que obviamente não foi retribuído.

Ele sai do quarto e tranca a porta. Vou até ela e forço a maçaneta, mas meus dedos estavam muito machucados.

Pego meu celular e tento mandar mensagem pro Gabriel, mas minha internet havia acabado hoje e o celular estava com apenas 22% de bateria. Resolvo deixa-lo desligado por precaução. Escuto o balançar das chaves, e já guardo o celular rapidamente. 

Começo a suar frio e o ar me falta um pouco, certeza que é porque eu não comi nada, e nem pretendo.

Victor: Você tá bem pálida, princesa. Está passando mal? - diz pegando no meu rosto, mas eu logo desvio.

- Não. - digo passando a mão sobre minha boca.

Victor: Vou comprar um remédio pra você.

- Eu não vou aceitar nada que venha de você. 

Victor: Como tu é folgada em. Até agora não entendeu que você é m-i-n-h-a? - franzi suas sobrancelhas e segura meus dois braços. - Você tá muito é mal comida pro meu gosto. - diz e ri. - Mas comigo, você vai andar na linha. - fica sério novamente.

- Eu tenho nojo de você! 

Victor: E o foda-se? Você é a minha mulher... - me dá um tapa no rosto. - Me deve respeito, vadia do caralho. - me empurra e sai nervoso.

Começo a tremer de frio. Nesse quarto só tem apenas uma cama com um lençol bem fino, não dá pra nada.

Me arrasto até a cama e me deito, começando a chorar.

- Que saudade de você... - digo com a imagem do meu namorado na minha mente.

Me encolho e me cubro com o lençol, que era quase o mesmo que nada. 


G A B R I E L

Que vontade de matar esse desgraçado! 

- Puta que pariu. - digo andando de um lado para o outro na sala. - Cadê esses policiais?

Arrascaeta: Aqui é o Brasil hermano, sabe como funciona. - assim que ele acaba de falar, escuto a campainha.

Ando rápido até a porta e a abro. 

Policial: Boa tarde, você é o...

- Gabriel. 

Explico tudo a ele, e lhe mostro cada detalhe da sala, incluindo a mancha de sangue. Sem contar o depoimento da minha prima. Demorou cerca de uns 40 minutos, ele disse que iniciariam as buscas ainda hoje. Lhe passei o aplicativo e a minha conta para que tentassem rastrear o celular dela, já que eu não estava conseguindo.

Espero que isso não demore, só de pensar o que a S/n pode estar sofrendo nas mãos desse cara...

Eu estou completamente maluco com isso!

A Letycia e o Arrasca tiveram de ir até a delegacia pra prestar depoimento lá mesmo.

Eu acabei ficando sozinho aqui. 

O cachorro chorava e arranhava a porta do quarto dela. Isso me deixou com um nó enorme na garganta.

Abro a porta do quarto e acendo a luz. Observo ao redor e vejo tudo organizadinho como ela sempre deixa. A S/n é uma mulher completamente organizada. 

Abro seu guarda roupa e vejo suas roupas, todas dobradinhas e separadas. Pego a camisa do flamengo que lhe dei e a aproximo do meu rosto, logo sentindo um cheiro doce de morango.

- Por que meu Deus? - solto algumas lágrimas e aperto o tecido em minhas mãos.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora