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Yago: Que barul... - diz entrando na sala com a arma em suas mãos.

Arrascaeta olha para ele, que logo percebe o que estava acontecendo ali.

Yago sai da sala correndo para avisar seus colegas que havia encontrado o corpo da garota. Mas também havia achado o Victor, que já estava algemado e sendo segurado por dois policiais.

Letycia: Liga pra ambulância. - diz ainda muito assustada.

Gabriel: Não adianta mais. - diz desolado.

Gabriel já havia parado de chorar, mas não parava de olhar para a sua namorada, não dizia nada, mas se culpava em sua mente pelo que havia acontecido.

Arrascaeta caminha até onde eles estavam e se agacha.

Arrascaeta: Ela ainda tem pulso.

Nesse momento, surge uma ponta de esperança no coração de Gabriel.

Arrascaeta: E ainda está respirando. - diz colocando seu dedo debaixo das narinas da garota. - Bem fraco, mas está.

Ele rapidamente pega seu celular e liga pra ambulância.

Arrascaeta: Vamos descer. - sugeriu. - Precisa de ajuda? - o Gabriel balança a cabeça negativamente e pega sua namorada com cuidado no colo.

Ao descer, virão o Victor Hugo junto com os policiais. O Gabriel não pensou muito, só coloca sua mulher em cima do sofá e avança nele. Os policiais não impediram por ordens do Yago, ele achava que seria bom descarregar um pouco da raiva que estava sentindo, contatando que não matasse o outro, estava tudo bem, seu superior só não poderia saber que ele havia autorizado.

Gabriel: Seu desgraçado! - diz já socando a cara do mesmo. - O que você fez? - gritava fazendo a mesma pergunta várias vezes.

O Victor até tenta se defender, mas o Gabriel que já era forte, ficou mais ainda com toda sua raiva.

Os policiais só separaram os dois quando viu que o Victor havia desmaiado. E por coincidência, a ambulância chegou bem na hora.

Todos escutam batidas na porta, o arrascaeta foi abrir e o Gabriel pegou sua namorada no colo.

Gabriel: Não me deixa meu amor, por favor... - diz beijando sua testa e derramando algumas lágrimas.

Colocaram a menina na ambulância e o Gabriel foi junto. Os policiais levaram o Victor até a delegacia e o outro casal foi seguindo a ambulância.

Chegando no hospital, a levaram direto para a sala de emergência.

O Gabriel ficou do lado de fora, muito angustiado, só conseguia pedir a Deus que salvasse sua parceira. Ele tremia muito, mas já não chorava mais, e continuava se culpando por tudo.

Arrascaeta: Aí irmão. - diz chegando ao seu lado.

Gabriel: A culpa é minha. - puxa seus cabelos com força e se lamenta ainda mais.

Arrascaeta: Como que a culpa é sua? Você não tinha como saber que isso tudo ia acontecer. - diz e abraça seu amigo.

O Gabriel se senta, ainda desorientado.

Arrascaeta se afasta e vai pegar um copo de água para seu amigo.

Arrascaeta: Toma. - o mais novo pega o copo e bebe o líquido devagar.

Gabriel: Cara, pode ir. Não quero atrapalhar você.

Arrascaeta: Tá louco? Não posso deixar você sozinho aqui em uma situação dessa.

Gabriel: Eu vou ficar bem mano, vai pra casa. Do jeito que eu conheço a minha prima, ela deve estar sentida também, prefiro que você fique com ela agora.

Arrascaeta: Mas mano... - coça a nuca, sem saber o que falar. - Tem certeza?

Gabriel: Tenho, vai em paz.

Arrascaeta: Qualquer coisa tu me liga então, pode ser?

Gabriel: Beleza.

O Uruguaio sai dali e entra em seu carro.

Arrascaeta: Aí princesa, calma. - passa a parte de trás da sua mão no rosto inchado de sua namorada.

A garota mal conseguia dizer se quer uma palavra, estava se sentindo muito mal por tudo.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora