Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Já perto do campeonato, faltando 27h para a tão esperada noite, os monitores finalizam a decoração da fortaleza. Não há cores diferentes, apenas o preto e o branco para cartazes escritos, mas ficou tudo muito bonito e chamativo, fora as chamas verdes no teto do hall.
— Aonde você vai?
— Ahhh! — eu berro, tacando um livro sem querer na cabeça do Caym. Nem ele conseguiu desviar.
— Merda, sua doida varrida... — resmunga, colocando a mão na cabeça.
— Eu não te vi, seu... grrrrr, sai daqui. Antes que eu te jogue outro livro e de propósito! — exclamo e volto a andar no corredor meio escuro. O sol já está se pondo e fui sozinha à biblioteca.
— Quem você pensa que é para virar as costas para mim? — Caym me alcança e me empurra à força para uma sala de aula vazia e escura.
— Me larga!
Eu fico ofegante.
Ele não liga a luz e não consigo ver a sua cara, mas sinto nossos rostos colados e respiração pesada.
— Está assim por qual motivo? — sussurra, apertando a minha bunda.
— Não me toca! Devia estar se preparando para o campeonato e não atrás de mim!
— Ficou bravinha por que eu não quis te foder nesses últimos três dias?
Sem aguentar, tento dar um tapa violento na sua cara, mas ele segura o meu punho e me prensa contra a parede e o seu corpo de novo.
— Não, eu estou é com nojo e sabe perfeitamente o que fez comigo. Na terça ficou debochando junto com seus amigos dos meus graus nas matérias, rindo, zombando! Aí te vi ontem no ginásio, beijando uma aluna e se exibindo!
Caym então liga a luz e enfrenta os meus olhos vidrados de raiva. Estou me sentindo uma idiota, Abi e Jule me alertaram disso.
— Se ofendeu mesmo? — Ele sorri maldoso, passando a mão nos meus lábios. — E esperava que eu te defendesse? Eu, Caym Deimo, defendendo Maeve Radry, minha inimiga que todos sabem?
— Não... eu esperava que não fosse debochar, também me humilhar mais ainda, porque nem o Vlad fez isso — respondo baixinho, tentando controlar a ardência nos olhos. — Mas estou sendo vulnerável demais em esquecer da sua índole, fora que estou esquecendo que sou apenas a sua foda, ou melhor, a sua propriedade de boceta, então, se quer se aliviar antes de campeonato, fique à vontade para me comer à força e ir embora, já que nem a merda das sombras eu tenho para me defender de você!
Caym solta a respiração e recua o maxilar. Ele me segura, mas não se move.
— O que foi, o poderoso Deimo não quer a sua Radry, seu brinquedinho patenteado?
