O amor!

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Pov: Maiara

O amor tem limites. Nós sabemos disso. Nós os derrubamos, os levantamos, e os derrubamos de novo. Mas precisa ser desse jeito? Não podemos aprender? Não podemos ser corajosos? Não podemos acreditar? Porque, talvez seja tudo que precisamos – um pouquinho de coragem, um pouquinho de esperança, acreditar um pouquinho. Talvez não existam limites se escolhermos não os ver. Talvez o amor seja ilimitado se nós formos corajosos o bastante para decidir que o amor não tem limites. Talvez haja felicidade suficiente para todos. Ou talvez...

- Maiara, vamos? Precisamos chegar lá a tempo! Sei que não quer ir com a Marília, mas precisamos! - Escuto a minha irmã bater na porta

- Me dê um minuto! - Peço! Sem saber como iria sair daquele banheiro e encarar a Marília.

Na noite anterior, fiz o favor de vir dormir na Luísa, ela sabe que estou aqui, avisei. Não deixaria ela preocupada mesmo que eu esteja muito, muito brava mesmo com ela.
O fato dela ter mentido e... não sei! Me deixa louca. Ela escondeu de mim o fato de estar indo para julgamento.
Por minha causa.

Ela agrediu o homem para me defender e agora! Agora meu Deus! Fora o acordo que ela fez com a Lauana e a Verônica, como assim ela aceitou me deixar mais 5 anos! 5 anos fora!

Eu não sei, eu poderia dar um jeito de voltar aqui só para ajudá-la e participar do julgamento.  Mas por quê? Por que ela escolheu me deixar ainda mais longe dela?! Eu não sei o que a Marília tem na cabeça, mas se eu fosse chutar, se eu fosse adivinhar.

Diria que ela quer me manter longe dela! O mais tempo possível.

Chegamos ao nosso aniversário, estava tudo tão lindo, eu e a Maraisa estávamos com um vestido lindo, e estávamos combinando.

Marília fez o favor de se sentar ao meu lado, mas eu não aguentava, não aguentava sentir a presença dela.

- Eu vou pegar uma bebida! - Falo, levantando-se. Ela pega na minha mão, mas não consigo olhar na cara dela.

- Não vai beber! Se Senta! - Ela me puxa, mas consigo me soltar dela.

Não a respondo, não bato boca, saio dali para pegar uma bela caipirinha ou qualquer coisa que me deixasse bêbada!

++++

Assim que viro aquela dose! Pequena dose que me fez arrepiar completamente, sinto os olhos da Marília me penetrando de preocupação, de vontade de me tocar. Eu precisava ignorar ela, a festa estava bombando, mas sinceramente eu queria me trancar no banheiro.

Boa! Ótima ideia!

Aquele salão era enorme, ninguém iria me achar no banheiro, e claro que não vai ter somente um aqui!

Procuro o mais longe de todo mundo, o menor, claro. Mas seria o suficiente, antes de entrar aviso a Maraisa que estava no banheiro, e que era para me buscar na hora dos parabéns.

Ninguém sabia que eu e a Marília estávamos separadas, eu ainda não tinha terminado com ela, mas não queria vê-la. Não queria falar com ela! Quero ela longe!

Ela decidiu isso!

****

Não sei como aquela porta se abre, depois de mais ou menos umas 2h que eu estava ali!
Marília abre a porta com tanta força, e me pega sentada no chão.

- Por que não avisou que viria ao banheiro? - Ela pergunta, estendendo a mão para mim. Mas não queria!

- Porque você viria atrás, óbvio! - respondi conseguindo me levantar sozinha.

Marília me empurra para dentro daquele banheiro e fecha a porta, Marília consegue me colocar contra a parede. Furiosa, tremendo.

-  Me perdoa! Por favor! Maiara me perdoa! - Ela pede, chorando e borrando toda sua maquiagem.

Minha Querida Porteira - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora