Deveríamos ter deixado de lado um pouco.

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Desculpa a demora amores, final de semana trabalhei e não consegui dar atenção! Mas aqui está um capítulo quentinho pra vocês!

Pov: Marília

Nossas Intenções são sempre sinceras. Nós sempre queremos fazer o que é certo, mas também temos a capacidade de exceder os limites. Então, corremos o risco de levar as coisas longe demais. Somos ensinados a não fazer o mal, mas também somos treinados para enfrentá-lo com faca. Fazemos coisas que não deveríamos, quando deveria ter ficado quieto por um tempo. É difícil tratar um problema quando não há um. Deveríamos ter deixado de lado um pouco. Antes de torná-lo um, antes de torná-lo muito pior. Antes mesmo de causar danos tão terríveis

Meu coração batia forte e a minha respiração é falha, não conseguia me manter em pé, minha preocupação com aquele bebê, é como se ele fosse meu, eu fosse a mãe dele, mas estava ali para acompanhá-lo, a assistente social está por vir, mas queria sair dali, sabendo do seu estado de saúde.

- Fizemos a Cirurgia, mas identificamos que o bebê tem Cardiopatia Congênita, como a mãe

não fez exames, somente um ultrassom! Se caso os médicos tivessem identificado no começo, não iriamos precisar levá-lo para cirurgia! – O médico é curto e grosso.

Não entendo nada, então espero com calma, para que eu pudesse entender!

- Corrigimos os defeitos das arteiras do bebê, ele precisa de monitoramento e medicamentos

fortes, vamos monitorar ele por alguns dias, ele está fraco com a oxigenação baixa.

- Entendi! Você quer vê-lo? – O doutor pergunta, vendo o meu desespero no olhar.

- Ele não é meu! A mãe dele está no quarto... e... - Antes que eu pudesse terminar de falar.

Eu queria vê-lo, ajudar aquela criança me fazia me sentir bem,

- A "mãe" o deixou, aquela criança está sozinha! Se está aqui para ajudá-lo, como a "mãe"

pediu, deveria ir à uti neonatal e ficar com ele! - O médico diz, dando de ombro.

Olho para a Luísa que afirma com a cabeça, eu não sei se devia, meu coração doía só de pensar naquele bebê sozinho.

- Eu aceito!

Fomos andando devagar, o doutor me acompanhou até a porta de vidro, que dava para ver tudo, as enfermeiras cuidando dos bebês recém-nascidos, algumas correndo para lá e para cá, fazendo algumas coisas, com remédios e soros, uma loucura.

- Aqui, veste isso! E isso aqui também! – Ele fala, me entregando uma roupa de hospital e uma máscara!

Entramos e ele me guiou até o bebê, ele estava dentro de uma incubadora, com um tubo que o ajudava respirar.

- Ele precisa mesmo disso? – Pergunto, passando a mão no pezinho dele.

- A cirurgia realizada nesse bebê, conhecida como correção de artérias, é frequentemente necessária quando há uma condição congênita chamada de transposição das grandes artérias. Nessa condição, as principais artérias do coração - a aorta e a artéria pulmonar - estão posicionadas de forma invertida. Isso significa que o sangue oxigenado não é distribuído corretamente pelo corpo. – O médico explica novamente.

- Então ele não consegue respirar sozinho por agora? Mesmo esse sendo o único problema

dele? – Pergunto e ele afirma com a cabeça, agora entendi, não muito mais entendi.

- Vou deixar vocês a sois! – O doutor fala, mas uma enfermeira acaba interrompendo a gente, mal tinha conseguido ficar com o bebê.

- Doutor Luís, a assistente social está ai! Ela quer saber sobre o estado do bebê! Já tem uma família na lista de espera que quer adotá-lo! – A mesma enfermeira que fez o parto da Manuela fala.

Minha Querida Porteira - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora