Capítulo 8

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Pov: Maiara

Como tudo isso pode estar acontecendo comigo? Quando a Marília chega perto eu não sinto vergonha, não sinto medo, sinto mesmo é meu corpo todo se arrepiar e um calor infernal.

Meu coração dispara quando sua atenção é diretamente para mim, até mesmo um simples olhar, me sinto perdida dentro dos seus olhos.

Senti um vazio enorme quando ela me contou que iria viajar por apenas uns dias, mesmo assim fiquei com medo de precisar dela e ter que procurar a Luísa que não parece gostar muito de mim.

Mesmo assim eu tentava ignorar, porque pelo que eu entendi a Luísa é melhor amiga da Marília a anos, então não posso fazer que a mulher goste de mim assim, de primeira.

Eu estava trabalhando mais cedo, já que não teve aula, resolvi vim para cá e foi a melhor coisa que fiz, eu estava ficando doida só pensando naquele beijo, e ela lembrava, a Marília lembrava do nosso beijo.

Eu e ela não estávamos nos importando com nada, quando ela chega perto de mim parece que o mundo para eu esqueço de tudo e todos, nada me importava.

Estava completamente perdida nos meus pensamentos quando Luísa chegou de fininho e colocou duas caixas enormes em cima da minha mesa, me fazendo assustar.

- Está assustada querida? – Ela pergunta ironicamente, falei que essa mulher não gosta nada de mim.

- Me desculpa, estava pensativa! O que posso te ajudar? – Perguntando voltando para a minha postura

- Leve essas caixas para a rua por favor?! É da Marília, fiz uma limpa no quarto dela e na casa dela principalmente. Joga tudo fora, se possível bem longe daqui! – Luísa ordena, com cara de poucos amigos

- Pode deixar Lu! Vou fazer isso o mais rápido possível – Dou um sorriso e tiro aquelas caixas enormes e bem pesadas dali.

Assim que fui colocar no chão uma das caixas se abriu e caiu algumas coisas, porra!

- Ai caralho viu! – Xingo quando percebo que o que caiu foi um quadro de vidro, a foto caiu para baixo e quando viro acabo me cortando com o vidro.

- Ai! Droga de vidro! – Dou um grito alto, vendo a quantidade de vidro.

- Tá tudo bem aí Maiara? – Escuto a voz da Luísa.

- Apenas me cortei, tá tudo bem. – Falo, afirmando que estava tudo sobre controle.

Quando percebo a pessoa na foto, meu coração para, era a Marília e a minha...é a Lauana?

Pego com cuidado a foto para não machucar mais com o caco de vidro, queria ver de perto se é realmente quem eu estou achando que é.

- Porra... – Coloco a mão na boca, chocada que é mesmo a minha professora de matemática, a Lauana.

Coloco tudo na caixa rapidamente e fecho mesmo com a mão sangrando, assim que entro Luísa se assusta com a quantidade de sangue que estava no meu uniforme e na minha mão.

- Maiara do céu! Vem cá, deixa eu fazer um curativo! – Luísa me puxa para o banheiro, fazendo um curativo que estancava o sangue, ela jogou um remédio que fez a minha mão arder, mesmo assim mantive a postura.

- Você é o que? Não sente dor? – Luísa pergunta curiosa

- Não, está tudo bem! Já me cortei muito com copo e prato. – Dou um sorriso de lado, mostrando que não precisava de tudo aquilo.

- Uau! Você tem apenas 17 anos e é bem vivida – Ela diz, surpresa – Admiro garotas assim.

- Obrigada, a vida me pediu essa exigência – Dou de ombro – Sabe me dizer se aquela na foto é a Lauana prado? A professora de Matemática?

Minha Querida Porteira - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora