Manuela é uma jovem de 19 anos, que não costuma sair muito de casa, mas tudo muda quando ela vai comprar um açaí e se encontra com seus amigos e seu irmão de consideração, que convidam ela pra um bar que ela acaba aceitando, quando ela chega lá acab...
Já me deram alta, e o Kaique tá me levando pra casa. O silêncio que tá me deixa tão incomodado.
A gente chega e sai do carro entrando no predio.
Quando chego no meu apartamento entro e vou direto pro quarto, fecho a porta e entro no banheiro.
Me sento no vaso e abaixo minha cabeça.
Logo me levanto e eu preciso de remédios, estou com dor.
Começo a pegar alguns remédios e colocar todos em cima da pia.
2k: pra que isso?- chega ficando do meu lado.
Laís: to com dor, preciso tomar alguns.
2k: a enfermeira deu esses aqui, são de dores na cabeça e dor no corpo que ela falou que você provavelmente teria.
Laís: não são esses que eu tomo, e eu não vou tomar esses, você não entende que até quando eu falo dói? Para de se meter onde você não sabe.
2k: não vou deixar você tomar - pega as caixinhas de remédio encima da pia e eu olho desentendida.
Laís: não, por favor - falo e ele joga na privada dando descarga - NÃO- grito- qual é o seu problema, você nem devia tá aqui, eu tirei o seu filho, eu arranquei o seu maior sonho de você.
2k: é mas eu não te culpo por isso.
Laís: mas eu que fiz isso, eu eu fiz sem ter problema nenhum, então para de me tratar como se eu não tivesse feito nada.
2k: eu já falei, eu to triste mas não com você.
Laís: MAS DEVERIA - falo alto chorando e batendo no seu peito.
2k
Abraço a mesma enquanto ela me bate e sinto as lágrimas molharem minha blusa.
2k: você não precisa de remédios Laís. Você é melhor que isso.
Laís: esse é o problema, você não me conhece, você não sabe nada de mim.
2k: independente de todos os seus traumas eu sei quem você realmente é.
Laís: o meu pai matou os meus antigos amigos, meu namorado, ele tirou de mim, e eu carrego isso por anos. Se ele tira você de mim também eu nunca vou me perdoar.
2k: ele tá morto, eu matei ele.
Laís: isso não me enche os olhos 2k, ele tem muitas pessoas que trabalha pra ele. Você nunca vai me entender.
2k: me explica.
Laís: isso não é uma coisa que você precisa saber.
(...)
Laís 02:45
Tiro meu short e tento tirar a minha blusa de amarração atrás.
O Kaique entra e desamarra pra mim.
Laís: obrigada.
Me olho no espelho e vejo as marcas em todo meu corpo, vejo o Kaique olhando e com vergonha tento tampar o mesmo.
2k: não precisa ter vergonha - tira a mão que eu to escondendo algumas marcas tira meu sutiã.
Tiro minha calcinha e entro debaixo da água.
Levanto meu rosto deixando a água cair sobre ele molhado todos os fios do meu cabelo. A água está relaxante o que deixar o clima melhor.
Ele chega por trás de mim e beija meu pescoço e eu dou um sorriso.
Me viro ficando de frente pra ele, encosto minha cabeça em seu peitoral e ele coloca as mãos nas minhas costas e fica alisando.
Laís: eu acho que você deve tá curioso sobre meu profundo medo do meu pai.
2k: eu to, mas se não quiser falar tudo bem.
Lais: quando eu tinha 5 anos foi quando tudo começou. Meu pai sempre de brigar muito com minha mãe, e aí quando completei 5 anos das discussões foram pras agressões. Minha mãe me colacava embaixo da cama pra mim não ver tudo aquilo, mas mesmo assim eu escutava os gritos, e só com 5 anos eu já entendia oque acontecia.
Laís: quando eu fiz 9 nove anos meu pai começou a me incluir nas agressões, e aí foi tudo piorando a cada dia, tudo que eu fazia ele me punia ou me batendo ou me queimando com cigarros eu tals. Quando chego o aniversário da minha mãe ela fez uma festa que foi ideia dele, e naquela mesma noite quando todos tinham ido embora ele descobriu que tinha sumido 100 reais da carteira dele. Então ele me perguntou e como eu só tinha 9 anos fique assustada e comecei a chorar, e aí ele tinha bebido então ele... Ele tento me matar, por 100 reais.
Laís: aqui- amostro ele a cicatriz na minha coxa- onde ele enfiou a faca.
2k: então não foi brincando...
Laís: tecnicamente, já que pra ele aquilo era tudo uma grande brincadeira. E aí minha mãe observando aquilo ela falou que tinha sido ela pra comprar roupa pra mim usar naquele dia. Então ele começou a bater nela, sem parar, eu gritava pedindo ajuda mas quando eu levantei a cabeça ela tava sangrando no chão. Morta pelo meu próprio pai na minha frente... E todos esses anos ele me culpa. Sempre falou que eu sempre fui a causa das brigas e se a minha mãe estava morta era culpa minha. E pra falar a verdade eu acho que ele tá certo - dou um sorriso fraco.
2k: eu sinto muito por tudo que você passou Laís. Mas você não é culpada de nada, você era uma criança. Você não é a pessoa que ele falava que você era, mas ele não tá mais aqui pra te bater nem nada.
Laís: Kaique, eu vou conversar com você como a pessoa mais sincera que eu sei ser. Você merece uma pessoa que te dê oque você quer, eu sempre soube que seu sonho é ser pai e mesmo assim me relacionei com você.
2k: eu não ligo se você não pode me um filho, eu quero estar com você. Isso importa pra mim- fala segurando a lateral do meu rosto.
Laís: são coisas diferentes Kaique, não é questão de não poder, é questão de não querer. Eu não sou a pessoa que você merece - tiro sua mão do meu rosto e seguro sua mão - eu te amo tá, sempre, você foi um das melhores coisas que já me aconteceu, mas você não merece isso.
2k: não me afasta de você, eu te ajudo a superar isso, por favor.
Laís: eu te amo- dou um beijo na bochecha e vejo lágrimas caírem do seu rosto.
Saio do banheiro, coloco umas roupa.
Quando saio do quarto escuto ele gritar..
Ligo pra Carol e pergunto se ela pode me encontrar por mais tarde que seja.
(...)
05:05
Estou conversando com a Carol, já chorei muito mas ela uma das melhores pessoas que eu posso conversar.
A gente tá indo ver o nascer do sol.
Eu tiro uma foto posto e depois fico ali só aproveitando o momento.
(Insta)
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