CONSEQUENCES

• Capítulo Cinquenta-Dois - Baskin

• JUSTIN BIEBER •
— Toronto, Canadá.

Eu queria poder dizer que eu fiz o que eu de certa forma prometi aos meus amigos que faria. Mas eu não consegui deixar a Ariana em paz.

Liguei diversas vezes no domingo e durante a primeira depois do nosso término, ela não me atendeu nenhuma vez e apesar de eu ter deixado várias mensagens, ela sequer visualizou nenhuma delas.

As coisas nunca estiveram tão estranhas e eu definitivamente estava péssimo por causa do nosso término, mas o que estava mesmo me torturando era o fato de não saber como ela estava, o que ela estava fazendo nesse tempo em que estivemos separados e principalmente, se ela já estava com alguém quando eu estou aqui na merda.

Eu não podia culpa-la se ela estivesse, mas também não queria nem pensar nessa possibilidade, dela estar com outro cara quando ela pertencia a mim.

No sábado, quando fez exatamente uma semana do nosso término, eu não aguentei ficar em casa sem fazer nada, então eu simplesmente entrei no meu carro e atravessei a cidade para bater na porta dela.

— Ariana! — Eu bato diversas vezes na porta. — Eu sei que você não quer me ver e nem me ouvir, mas por favor, abre essa porta e deixa eu me explicar.

Nada.

— Ariana! — Eu continuo batendo na porta enquanto chamo por ela. — Me deixa entrar, por favor.

Nada.

— Ariana, por favor! — Eu não paro de bater. — Eu não vou sair daqui até que você fale comigo!

A porta foi aberta e eu quase cai por estar escorado nela e também pelo fato de eu ter passado o dia todo bebendo na minha casa até eu conseguir criar coragem para vir até aqui mesmo quando os meninos me aconselharam que era melhor não vir.

Meus olhos encontraram a silhueta feminina, mas não era a Ariana e sim a Baskin, ela me encarava com uma expressão nada boa e eu não podia culpa-la por isso.

— Por favor, Baskin. — Eu peço. — Me deixa falar com ela.

— A Ariana não está e eu não pretendia te atender nem por um segundo, só o fiz porque você ameaçou não ir embora e é isso que eu quero que você faça! — Ela cruza os braços. — Agora que já sabe que ela não está aqui, peço que vá embora.

— Onde ela está?

— Acha mesmo que eu vou te contar onde ela está depois de tudo o que você aprontou com ela? — Baskin ri, sem humor. — Eu não vou deixar você estragar a noite dela!

— Ela precisa me ouvir. — Meus olhos ardem.

— Não, ela não precisa. — Baskin me encara, seriamente. — Tudo o que ela precisava ouvir, ela já ouviu na sua casa daquela vagabunda que você pegou.

— Baskin, eu...

— Eu não vou deixar você machucar a Ariana de novo! — Ela não me deixa falar. — Você não acha que já fez o suficiente, Justin?

Eu fico em silêncio.

— Eu passei por isso, o cara que eu amava me traiu e eu sei o quanto foi uma merda, o quanto eu me senti insuficiente até como mulher! — Ela aponta o dedo na minha cara. — Agora é a Ariana quem está assim, ela chorou a semana inteira por sua causa e não pode ser dar ao luxo de faltar o serviço porque não tem um papai rico para pagar as contas para ela como você certamente tem!

Eu abaixo a cabeça, sem saber o que dizer.

— Sabe, quando eu conheci você, achei que você podia ser o cara certo para ela, achei você diferente e tenho certeza que ela também achou que você era, se não achasse não teria deixado você vir até a nossa casa, não teria deixado você a conhecer de verdade como nunca alguém tinha feito antes. — Baskin me olha com desprezo. — É uma pena que você tenha mostrado que não vale nada e que todo os votos de confiança que ela te deu não valeram de nada!

— Eu amo ela. — Digo, num fio de voz.

— Engraçado você dizer isso, porque na verdade, acho que você nem sabe o significado da palavra. — Ela balança a cabeça em tom de negação. — Quem ama não trai, quem ama não mente, não engana e não faz o outro de idiota.

Agora eu sabia que se a Baskin acreditava nisso — com todos os motivos do mundo — era também o que a Ariana acreditava.

Como ela poderia achar que eu não a amo?

— E agora, te peço que avise a vagabunda da Emma que se ela passar na minha frente, eu vou arrebentar ela porque é assim que lidamos por aqui com as filhas da puta que pegam o homem dos outros e ainda se orgulham disso. — Baskin diz, ameaçadoramente. — E quanto a você, eu não quero mais te ver aqui na porta da minha casa, porque da próxima vez não vamos ter uma conversa, eu vou chamar a policia e acredite quando eu digo que vou adorar de ver sair daqui algemado, mesmo sabendo que seu papai rico vai pagar a sua fiança.

— Me deixa falar com ela e eu juro que eu nunca mais volto aqui. — Eu ofereço a ela. — Juro que você não vai nunca mais precisar me ver.

— Seus juramentos não significam mais nada para a Ariana, então por que pensou por um segundo que eles significariam para mim? — Baskin arqueia a sobrancelha. — A Ariana não está, eu não vou te contar onde ela foi e eu acho melhor você não procurar por ela, você não tem o direito de estragar mais uma noite da vida dela!

Eu engulo seco.

— Agora deixa a Ariana em paz, você já a machucou mais do que o suficiente, então coloque a sua mão na consciência pelo menos uma vez e deixa de ser um completo babaca! — Baskin bufa. — E por fim, eu não tenho mais nada para falar com você, os meus avisos já foram dados, então boa noite!

Baskin fecha a porta sem me deixar falar e como eu poderia culpa-la?

O que eu devo fazer a seguir?

Ir em todos os lugares possíveis atrás da Ariana sabendo que posso não encontra-la em nenhum deles ou até pior, encontrar ela com alguém quando isso é tudo o que eu definitivamente não quero ver.

Eu estou perdido.