• Capítulo Setenta-Oito - Boa ideia?

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• JUSTIN BIEBER •
— Toronto, Canadá.

Ariana precisava descansar porque teria que trabalhar naquele bar a noite e essa foi a única razão pela qual a deixei sozinha depois daquela conversa em que ela chorou muito. Agora, depois de tanto tempo, eu finalmente, eu entendia a Ariana e os seus motivos.

Meu pai despertou gatilhos ainda maiores do que eu pensei, ele havia tocado no ponto fraco da Ariana e eu não podia negar que ela estava certa em querer manter distancia dele por mais que eu não quisesse isso.

Mas eu tinha que mudar isso, eu não queria que a Ariana fosse um segredo como a mãe dela foi, eu queria poder gritar pro mundo inteiro que ela estava do meu lado, que ela era minha e eu que estava orgulhoso de tê-lá. E também sabia que isso era um processo, um que não seria fácil.

— Posso falar com você? — É a primeira coisa que eu digo quando abro a porta do quarto da minha mãe.

Ela estava deitava na cama lendo um livro.

— Claro, aconteceu algo? — Ela me olha, preocupada.

— Não. — Garanto. — Jeremy está?

— Não, seu pai não está. — Ela corrige.

— Melhor. — Caminho até a cama dela e me sento ao seu lado. — Queria te contar algumas coisas, mas preciso que tenha a mente aberta.

— Sempre.

— Estou apaixonado por uma garota. — Eu digo, sem rodeios.

— Imaginei. — Ela ri. — Você quase não dorme mais em casa.

— Não sabia que tinha prestado atenção nisso.

— Eu presto atenção em tudo o que acontece com os meus filhos. — Ela me encara, séria. — Mas o que quer falar sobre isso?

— Teria algum problema se ela não fosse do nosso mundo? — Eu limpo a garganta, antes de perguntar.

— Como assim? — Ela questiona.

— Ela não é como nós, não tem um sobrenome chique, privilégios ou muito dinheiro. — Conto a ela. — A minha namorada trabalha num restaurante, mora num apartamento barato e num bairro pobre.

— Você está feliz? — Ela me analisa.

— Sim, eu a amo. — Respondo sem hesitar. — Eu não me importo com nada disso, mas sei que ela se importa.

— Justin, tudo o que importa para mim é que você seja feliz. — Minha mãe segura a minha mão. — Eu te amo.

— Eu também te amo, mãe. — Sorrio.

— Por que ela se importa com isso se não faz diferença para você? — Ela quis saber.

— Porque ela acha que vocês se importam. — Suspiro. — E considerando como o Jeremy a tratou, ela tem certeza que sim.

— Seu pai a conheceu? — Minha mãe franze a testa.

— Não diretamente. — Explico. — Ela foi até a empresa pedir um emprego, qualquer um que fosse e ele a humilhou, fez a se sentir insuficiente.

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