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TH.

— Amor, se você quiser pode ir na frente, vou com as meninas! — Bruna falou chamando minha atenção

— Ok, demora não! — ela concordou me dando um selinho, caminhei até a sala e sentei no sofá, antes de ir vou postar uma mídia que tirei hoje.

Quase não posto foto mas hoje vou fazer essa graça. Foi questão de 2 minutos, eu postei, a novinha já abriu po, respondeu e tudo. Essa daí eu avistei aqui uma vez, já me passaram logo a visão de quem era o padrasto dela, compra droga comigo direto, ela passou me encarando e como não sou fraco, ofereci um pino de droga pro padrasto dela em troca do contato, cara de novinha, bonitinha, nunca vi aqui, gostei, quero. Troquei uma ideia firme com ela e parti pro baile com os parceiros atrás.

Meu nome é Nathan, mais conhecido como TH, atualmente subi de cargo e me tornei gerente, tô nessa vida desde quando tinha 17 anos, hoje em dia tenho 24. De início eu fazia funk de facção, meu maior sonho era virar cantor de trap, mas as coisas pra quem é cria da favela é bem mais difícil, sempre foi eu, minha mãe e minha irmã mais nova, na época ela tinha acabado de nascer, cansado de vê minha mãe sozinha pra tudo, entrei pro tráfico.

Não vou negar que gosto da adrenalina e dos privilégios que ser traficante me trás, apesar das coisas ruins, que não são poucas, até porquê nem tudo é flores, gosto pra caralho da minha vida, nada muda minha essência.

Sou casado com a Bruna desde meus 19, ela era vizinha da minha mãe e olhava minha irmã as vezes, acabei me apaixonando. Na época já tinha uns 2 anos que entrei no tráfico, várias no meu porte, só que quando conheci ela foi diferente, tá ligado? Não demorou nada e já estávamos morando junto e os caralhos. Se eu disser que não dou meus pulos, estou mentindo, tenho uma aqui, outra ali, várias lá, mas fiel mesmo, só ela, geral sabe.

Cheguei com a tropa e já avistei papo de umas 3 ficante, 5 ex e 2 novinha que quero pegar. Geral veio pra cima de mim falando comigo, sou conhecido pra caralho aqui, falo com todo mundo.

— E aí TH, tá sem coleira hoje, né? — Gago brincou me cumprimentando, ele também é do corre

— Daqui a pouco minha dona tá chegando aí po — apertei a mão dele e dos demais que estavam presente — Que isso, tá uma uva isso aqui! — olhei ao redor

— Tá mermo, tranquilidade perde — Social respondeu pra mim — Cheio de mulher, o cara fica sem saber pra onde e pra qual olhar. — riu

— Papo reto, muita piranha! — falei olhando pra uma ex ficante minha

— Bruna te pega, brinca não — me gastou

— Pega nada! — ri balançando a cabeça em negativa — Paizão vai marcar de casa hoje, falou que não vai brotar! — avisei

— Ih, qual foi? Então a ideia é toda sua hoje — menor falou, sou muito respeitado aqui

Fiquei só de cantinho bebendo e gastando pra caralho, não demorou nada Bruna chegou com as amigas dela.

— Fica lá po, aqui só tem homem! — ela revirou os olhos

— Oque que tem? Você nunca quer que eu fique com você nos lugares. — falou bolada

— Vai começar? Para de falar coisas que não tem sentido! — encarei ela — A questão é que os parceiro tão tudo aqui, não tem sentido nenhum você ficar também. — desconversei, porra brabão minhas namoradas me ver com minha mulher

— Ok, não vou discutir com você! — reclamou se afastando, cheia de ódio.

Nem dei muita importância também, foi como se ela nem estivesse ali, eu já tava desenrolando pra ver uma mina daqui a pouco, não posso fazer nada se eu sou assim e elas ainda se envolvem.

— Salve seu puto! — o padrasto da minha futura novinha falou assim que sai do camarote

— É nós, brabo — apertei a mão dele — Rum, cadê sua filha? Vai brotar não? — perguntei já sabendo que não, a mina nem sai po

— Vai não — coçou a barba e me encarou — Tem como desenrolar um raio pra mim? Te pago depois.. — falou baixo, o cara é gente boa, desenrolou o contato da enteada pra mim.

— Menor desenrola a parada pra ele aí, precisa cobrar não! — chamei a atenção de um moleque que tava ali por perto

Fiquei só mais um pouco e depois sai saindo pra treta com a mina que eu tava desenrolando. Meu foco é o tráfico, amor machuca.

 Meu foco é o tráfico, amor machuca

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