Cap_08

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Pov_Freen

Observo o carro da Rebecca indo embora e a frustração toma conta de mim. Eu queria que ela ficasse, mas tudo bem, eu entendo que ela é uma mulher muito ocupada. Quando me viro, Nam está me olhando de um modo estranho.

- Vamos entrar logo, a coelhinha ainda não está 100% - digo, já colocando a chave na porta. Entramos, Nam e a coelhinha estão conversando animadamente, nem parece que passaram a madrugada toda morrendo de febre, me deixando preocupada.

- O médico disse para mamãe que eu ia ficar boa logo, tia Nam.

- Assim espero, coelhinha, tem que ficar boa logo, senão quem vai me ajudar a cuidar da Barbie comigo - Nam fala para minha filha, que retribui com um sorriso.

- Eu prometo que vou ficar boa logo, tia, mas eu ainda posso assistir, eu não estou dodói do olho - Ploy fala, arrancando risadas minhas e de Nam.

- Mas agora a mocinha vai ter que ir tomar um banho e ficar de repouso. Vamos para o banho? - pergunto, e Ploy faz uma careta.

- Banho não, mamãe, tá frio. – me aproximo para ver se a febre está voltando, mas aparentemente a temperatura dela está normal.

- Banho sim, você que tem que voltar para o hospital de novo. – ela rapidamente nega com a cabeça.

- Pode deixar comigo, Freen, eu dou banho nessa mocinha aqui.

- Obrigado, enquanto isso vou colocando umas coisas no lugar. – ela concorda e some da minha visão. Vou arrumando a bagunça que minha casa está, pegando alguns brinquedos do chão e guardando. Quando estou quase terminando de varrer a casa, elas voltam.

- Pronto, mamãe, já estou bem limpinha e cheirosa, olha. – ela fala apontando para si mesma. Me aproximo e começo a dar beijinhos nela. – Posso assistir na TV? – digo que sim e ela vai toda animada assistir, e a nam vai com ela. Termino de varrer a casa e vou para a cozinha preparar o jantar.

- Qual o lance entre você e sua chefe? - Nam pergunta entrando na cozinha, me dando um susto.

- Você me assustou, não tem lance nenhum – falo quando ela puxa uma cadeira e se senta.

- Primeiro, vocês saem para comer juntas no shopping, depois ela te deixa em casa e agora ela estava no hospital com você e a coelhinha.

- Como você sabe que ela estava no hospital?

- Não é difícil encaixar as peças do quebra-cabeça: você estava no hospital e, do nada, vocês chegam com ela.

- Ela estava preocupada com a Ploy, a Manuela acabou falando onde estávamos.

- Você nunca deixa ninguém se aproximar da coelhinha assim tão rápido, por que com ela é diferente?

- Não sei, a Ploy gosta dela e ela é minha chefe.

- Você está gostando dela, não é? Não vejo você deixar alguém se aproximar assim de você desde a Nita.

- Eu não estou gostando dela, não. Para de criar paranoia nessa sua cabeça. Ela é apenas minha chefe, que respeito muito. Além do mais, ela já tem uma noiva que é muito bonita. Ela nunca olharia para mim, somos de classes sociais diferentes.

- Você é linda, Freen, qualquer um pode ver isso e você sabe disso, porque as pessoas sempre flertam com você e você sempre rejeita.

- Mas eu tenho um problema, Nam, e você sabe disso. Imagine só se ela descobrisse, faria a mesma coisa que a Nita e, pior, me colocaria na rua. Como eu iria sustentar minha filha sem emprego?

- Nem todo mundo é igual a ela, Freen, você tem que superar isso. Já se passaram 6 anos disso.

- Eu não quero, mas falar sobre isso – Nam baixa a cabeça e sai da cozinha. Continuo a fazer o jantar, tentando esquecer esse diálogo com a Nam. Fiz uma sopa para o jantar e fui chamá-las para comer. Quando vou para a sala, vejo Nam deitada no sofá com a cabeça no colo de Ploy, assistindo a algum filme da Barbie.

- Vamos comer, fiz sopa para o jantar – falo, chamando a atenção das duas.

(_)

Já tinha feito o café da manhã para mim e Ploy. Ela hoje não iria para a escola, não teve febre essa noite, mas achei melhor ela ficar em casa.

- Mamãe, quando você chegar hoje, podemos ir ao parque? – ela perguntou com seu rostinho todo amassado, com a cara de quem acabou de acordar.

- Se eu conseguir chegar cedo, vamos sim, meu amor, mas agora termine de comer, sua tia Nam já está chegando. – E foi só eu falar nela para escutar o barulho da porta se abrindo.

- Bom dia, família. – ela fala já dentro da cozinha.

- Bom dia, Nam, vou indo senão vou me atrasar e eu já faltei ontem por causa da coelhinha. – Dou um beijo na minha filha e me despeço da Nam.

Como de costume, sigo a minha rotina: passo na cafeteria antes de chegar na empresa, pego o chá da Rebecca e um café para mim. Assim que entro na empresa, sou parada pela Manuela.

- Freen, pensei que não viria hoje. Como está sua filha? – Eu acabei contando para a Manuela que tinha uma filha, mas não entrei em muitos detalhes. Ela viu a foto da minha tela de bloqueio e perguntou quem era, então contei.

- Ela já está bem melhor, Manu. Obrigado por perguntar, mas agora tenho que subir antes que me atrase no almoço. Nos falamos melhor. – Ela concorda e entro no elevador.

Entro na sala dela e deixo o café em cima de sua mesa e volto para minha mesa. Minutos depois, a porta do elevador se abre e Rebecca aparece. Ela estava linda, usando um terno rosa com os cabelos soltos.

- Bom dia, Freen.

- Bom dia, Srta. Armstrong – ela estreita as sobrancelhas para mim.

- Como a Ploy está? Pensei que ela iria ligar para mim ontem.

- Ela está bem melhor já, mas ela acabou ficando até tarde assistindo com a namorada ontem.

- Entendi. – Ela sai e vai para sua sala sem falar mais nada. Eu apenas continuo meu trabalho, respondendo e-mails e fazendo relatórios, até que o telefone toca.

- Freen, quero você na minha sala agora. - Rebecca fala autoritária e desliga. Me levanto, arrumo, passo as mãos pela minha calça social e bato na porta da sala dela, que me deixa entrar. Ela aponta para a cadeira em sua frente, me mandando sentar.

- Aconteceu alguma coisa, Srta. Rebecca?

- Não - ela fala rapidamente - na verdade, eu preciso falar com você.

- Vai ter o aniversário do meu sobrinho Noah e eu queria que a Ploy fosse, mas como é em outro país, você teria que ir também. Meu irmão está precisando de ajuda com umas coisas da empresa da Inglaterra, então, como você é minha secretária, teria que ir comigo. Então, é como matar dois coelhos com uma cajadada e não precisa se preocupar, que vai ser tudo pago: comida e hospedagem serão por conta da empresa. O que me diz, você aceita passar uma semana na Inglaterra?

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Boa noite, como vocês estão? Eu não postei esses dias por problemas pessoais, mas amanhã trago mais um capítulo para vocês sem falta.

Me falem o que acharam.

Beijos até o próximo.





Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora