Cap_27

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Pov_Freen

Meu relacionamento com a Rebecca vem evoluindo a cada dia. Era bom ver como ela e a Ploy se davam bem juntas, eram praticamente melhores amigas. Sempre que a Becky vinha, elas se empenhavam em montar o quebra-cabeça. Isso tem virado o hobby delas, porém as duas não têm paciência e sempre desistem. Na semana passada, Rebecca chegou com dois novos quebra-cabeças, esses tinham menos peças e elas conseguiram montar. A alegria delas foi tanta que parecia que tinham ganhado na loteria.

Ultimamente não tenho visto muito a Rebecca porque ela começou a correr atrás de construir a própria empresa. Ela já estava com projetos e já tinha arrumado um escritório para onde seria sua nova empresa. Ela ainda não me levou, porém entendo, nossa vida tem sido muito corrida. Mas todo dia conversamos por telefone e sempre que ela consegue, passa lá em casa. Até chegou a dormir lá algumas vezes, mas não fazíamos nada além de beijos inocentes e carícias. A Becky tinha medo que a Ploy acordasse no meio da noite e nos ouvisse. Hoje estávamos fazendo um mês de namoro e eu estava extremamente feliz, pois comprei um presente para dar a ela. Hoje a Ploy iria para casa de uma amiguinha dormir lá porque era festa do pijama. Então comentei com a Becky e ela me convidou para ir ao seu apartamento. Ela falou que iria me pegar quando eu largasse.

- Vamos almoçar comigo? - Aurora aparece na minha mesa com um sorriso mostrando todos os seus dentes perfeitos e sua bolsa pendurada em seu braço, em um vestido preto com uma fenda na perna. Ultimamente, ela vinha sendo muito gentil comigo, sempre me chamando para ir com ela às reuniões ou em algum almoço com os sócios.

- Tem alguma reunião de última hora? Porque na sua agenda não tem nada - pergunto um pouco confusa, e ela me dá uma pequena gargalhada.

- Não, Freen, eu apenas estou te convidando para almoçar comigo. Vamos? - Abro a boca um pouco surpresa pelo convite, mas nada sai.

- Na verdade, eu já marquei um almoço com meus amigos. Eles já estão me esperando no restaurante - falo e vejo o sorriso que ela tinha em seu rosto se desfazer.

- Ah, tudo bem então, quem sabe numa próxima - sua voz soa aveludada.

- Quem sabe numa próxima - concordo com ela e vejo-a se retirando da minha mesa e entrando no elevador. Antes que as portas se fechem, ela me dá um tchau e eu retribuo.

Termino de responder a um e-mail, pego minha bolsa e meu telefone, e mando uma mensagem para Becky avisando que estou indo almoçar e perguntando se ela já almoçou, mas ela não responde imediatamente.

Quando saio da empresa, vejo um homem de terno preto, parecendo um armário. Esse cara deve ter no mínimo 1,97m. Ele está parado em frente a um Civic preto, me encarando. Apresso um pouco os passos ao ver que ele está vindo em minha direção, mas então acabo batendo meu corpo em alguém. Quando levanto os olhos, vejo outro rapaz de 1,90m de altura, com terno preto.

- Freen Sarocha - ele fala e acabo engolindo em seco, concordando com a cabeça, com o meu coração acelerado querendo sair pela minha boca. Será que agora que eu vou morrer, me pergunto mentalmente. - Preciso que a Srta. venha comigo - e sem me dar escolha alguma, ele me arrasta para o carro. O outro rapaz que estava me encarando abre a porta e ele me joga dentro do carro. Sinto meu corpo tremendo e minhas mãos suando. Vejo uma mulher no carro que, no máximo, deve ter menos de 50 anos, e o carro começa a se movimentar, saindo de frente da empresa onde trabalho.

- Vocês sabem quem eu sou? - a mulher me pergunta, mas nego com a cabeça, pois se formou um nó na minha garganta, me impedindo de falar. - Me chamo Pohn Armstrong, sou mãe da Rebecca - meus olhos se arregalam e agora realmente consigo notar a semelhança em seu rosto. Engolindo em seco, decido me apresentar.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora