Cap_28

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Pov_Becky

Acordar ao lado da Freen tem sido a melhor coisa que me aconteceu em anos. Eu nem me lembro da última vez que fui tão feliz assim. Seus braços sempre me apertando, como se estivesse com medo de eu sumir. Assim que ela foi direto para o trabalho, daqui, assim que acordei, fui tomar um banho para poder fazer um café da manhã para ela. Fui até uma padaria que tem aqui perto de casa e comprei tudo. A mesa está realmente farta. Tinha pão torrado, geleia, croissant, bolo, suco e café.

- Hum... que cheiro bom é esse? - vejo Freen aparecer em minha frente, já vestida para o trabalho. - Isso tudo é para mim? - ela pergunta, com seus olhinhos brilhando, e balanço a cabeça concordando. Ela vem até mim em passos leves. - Bom dia, baby - ela fala e me dá um beijo demorado, mas não aprofundamos.

- Bom dia, amor. - Dou um selinho e nos separamos. - Vamos sentar para comer. - A convido, apontando para a mesa. Ela me dá um sorriso, mostrando seus dentes brancos, e nós sentamos e começamos a comer. Eu opto pelo suco e torradas, enquanto a Freen escolhe café com croissant.

- Já falou com a Ploy? - Pergunto, porque ontem ela comentou que assim que acordasse iria ligar para ter notícias dela.

- Sim, liguei para a casa da amiga dela, mas a mãe da menina disse que estavam todas dormindo ainda. Aí mandei mensagem para a Nam pedindo para ela me avisar quando pegar a Ploy.

- Ok. - Quando acabamos de comer, percebo que a Freen está me olhando.

- Becky, acho que preciso te contar uma coisa. - Ela me olha fixamente.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto preocupada.

- Não, querida. Quer dizer sim, mas não é nada com que você precise se preocupar.

- Pode falar então.

- Sua mãe veio falar comigo ontem.

- O quê?! - pergunto incrédula, buscando compreensão em seus olhos. - Onde foi isso? Ela falou o quê?

- Bom, ontem, quando estava saindo para almoçar, um dos seguranças dela me arrastou literalmente para dentro do carro - sinto o maxilar tenso, a raiva querendo tomar conta de mim - e ela meio que acha que estou com você por dinheiro e me perguntou quanto eu queria para sumir da sua vida... - sua voz vacila na última frase e sinto ainda mais raiva da minha mãe quando percebo lágrimas se formando no canto de seus olhos. Me levanto e a puxo para meus braços.

- Eu sei que você não está comigo, por isso pode ficar tranquila - afirmo, beijando seus cabelos - Por que não me contou isso ontem mesmo?

- Era nosso aniversário, não queria estragar nossa noite.

- Tudo bem, mas como ela sabia de nós? Você falou alguma coisa?

- Não, ela já foi afirmando que sabia do nosso relacionamento. Não sei como ela sabia.

Depois de todo o drama no café da manhã, a Freen se acalmou e fui levá-la para o trabalho. Só que de lá, eu iria direto para a casa da minha mãe. Já fazia mais de um mês que não falava nem com ela, nem com meu pai, apesar dela me ligar às vezes. Eu não atendia suas ligações, porém chegou ao ponto dela fazer isso com a Freen. Para mim, foi a gota d'água. Parei o carro em frente à empresa. Ainda não havia tantas pessoas circulando como de costume, mas havia poucas pessoas pela calçada.

- Você vai lá em casa hoje?

- Não sei, talvez não. Tem muita coisa para organizar na minha empresa antes da inauguração. A Irin está me ajudando e vamos contratar mais pessoas, mas as responsabilidades ainda estão todas em mim.

- Tudo bem. - Ela estica o corpo até mim e me dá um beijo. - Vou indo antes que me atrase. - Ela fala e eu concordo, dando-lhe um sorriso.

No momento em que chego à casa da minha mãe, sou atendido por uma das empregadas, que me avisa que meu pai não está e que a única que está é minha mãe, justamente quem eu queria ver. Fico sentado no sofá, esperando por ela, e a empregada foi chamá-la.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora