Cap_25

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Pov_Becky

Sinto algo em meu rosto e tento tirar, passo a mão tentando tirar, mas não adianta, pois sinto de novo, seguindo por uma risada baixinha. Abro meus olhos, me acostumando com a claridade. Tento virar meu corpo para o lado, mas os braços da Freen me abraçando com possessividade me impedem. Quando viro meu rosto para o lado, vejo a Ploy sentada ao meu lado na cama, com um sorriso de menina travessa.

- Bom dia, pequena - falo com a voz rouca de sono.

- Bom dia, tia Becky.

- O que está acontecendo?

- Eu vim chamar a mamãe porque minha barriguinha está com fome - acaba soltando uma pequena gargalhada - mas quando cheguei aqui você estava dormindo com ela.

- Vamos fazer o seguinte: vamos deixar sua mamãe dormir um pouco mais, porque ela está cansada, e vamos fazer algo para ela e para você comer. O que me diz?

- Sim.

- Ok, deixa eu só me levantar aqui. - Tiro a mão da Freen com cuidado da minha cintura e coloco o travesseiro em meu lugar. Ela não tarda em agarrar o travesseiro. Ploy vai para a sala enquanto eu vou até o banheiro. Vejo que a escova que usei da outra vez ainda está aqui, então lavo o rosto, escovo os dentes e vou ao encontro da Ploy.

- Vamos pegar seus chinelos para ir à padaria? - Ela não fala nada, apenas sai correndo para seu quarto e já volta com o chinelo nos pés. Procuro qual padaria fica mais perto daqui e coloco no GPS. Como não conheço bem as ruas daqui ainda, decido ir de carro. Seguro a pequena mãozinha de Ploy e assim vamos para o meu carro. Coloco ela no banco da frente e me certifico de prender o cinto.

- Tia Becky, por que você estava dormindo no quarto da mamãe? - ela me pergunta quando ligo o carro saindo da rua de sua casa. Assim que as palavras saem da sua boca, fico nervosa sobre o que falar para ela.

- É sua, eu encontrei sua mãe ontem e dei uma carona a ela. Como estava tarde, ela me deixou ficar – ela parece acreditar no que falei e dou graças a Deus. Chegamos à padaria, solto seu cinto para entrarmos, pegamos tudo que precisamos para ter um café da manhã bem reforçado. Ploy, com seu jeito doce, encantava a todos que estavam no estabelecimento.

- Sua filha é muito gentil e educada – uma senhora de cabelos grisalhos diz após Ploy a cumprimentar com um simples "bom dia". - Parabéns – ela fala e se retira sem me dar tempo de explicar. Com nossas compras em mãos, vamos até o caixa, pagamos a conta, colocamos tudo no banco de trás e ajudo ela a prender o cinto.

- Tia Becky, cuidado!! - ela grita apontando para algo na pista, que consigo desviar no último segundo.

- Você está bem? - perguntou um pouco aflita após parar o carro. Ela balança a cabeça, dizendo que sim. Saímos do carro para ver o que era.

- Olha, tia, é um cachorrinho? Podemos ficar com ele? - ela me pergunta toda animada, já pegando o pequeno animal nos braços.

- Ploy, eu não sei, sua mãe pode não gostar.

- Tia, olha para ele, está todo assustado? - os dois me olham como cachorro abandonado e Ploy ainda faz um biquinho nos lábios. É nesse momento que percebo que estou ferrada, essa menina pode arrancar qualquer coisa de mim com esses olhinhos que são iguais aos da sua mãe e um bico fofinho nos lábios. Me rendo, ela comemora, voltamos para o carro e Ploy se senta com o cachorro no colo.

Chegamos em sua casa e, por algum motivo, meu coração acelera com as sacolas na mão e Ploy com o cachorro nos braços. Eu abro a porta da casa dela.

- Mas que diacho é isso!! – eu e Ploy nos assustamos ao ver Freen parada em nossa frente. Nos olhamos com os olhos arregalados.

- É um cachorro, mamãe.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora