Cap_40

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Pov_Becky

Abro os olhos, me acostumando com a claridade. Olho ao redor, tentando saber onde estou. Engulo seco ao sentir o cheiro de hospital. Tudo cheira a álcool. Analisando o quarto, vejo os aparelhos ao lado da minha cama. Meus olhos continuam a analisar o quarto até pararem em uma poltrona, onde Richei está sentado, me olhando. Sua expressão é tranquila.

- Finalmente, maninha - fala, ficando em pé ao meu lado, e os flashes do que aconteceu começam a invadir minha mente.

- Richei, cadê a Ploy? - meus batimentos cardíacos se elevam, fazendo os aparelhos apitar atrás de mim.

- Ei, maninha, calma! Ela está bem, tá lá em casa com a Agatha e o Noah - suspirou aliviada.

- O que aconteceu? Por que tô aqui?

- Se esqueceu? Você levou um tiro e, quando entramos no carro para vir ao hospital, você simplesmente desmaiou. Aparentemente, alguém aqui não estava se alimentando direito e nem dormindo, né, Rebecca? - agora ele está me encarando sério. - O médico disse que o que levou você a desmaiar foi só fraqueza e estresse emocional. Tirando isso, o tiro pegou de raspão em seu ombro, só levou uns pontos.

- Faz quanto tempo que eu tô aqui? Tenho que falar com a Freen - tento me levantar, mas ele me impede.

- Só faz algumas horas que você está aqui. Calma, o médico falou que, quando você acordasse, ele viria aqui ver se estava tudo bem e iria lhe dar alta. Depois você fala com a Freen - mesmo a contragosto, concordo com ele.

Richei saiu para chamar o médico e logo voltou com ele ao seu lado. O médico me fez algumas perguntas para se certificar de que eu estava bem, me explicou que desmaiei por fraqueza, passou uns antibióticos e me liberou.

- Tia Becky! - Ploy e Noah gritam ao mesmo tempo quando veem eu e Richei passando pela porta. Eles vêm correndo até mim.

- Eu tô aqui também - acabo rindo da cara de indignação que meu irmão faz. - Vão com calma, que ela ainda tá machucada? - ele alerta, fazendo os dois me olharem preocupados.

- Tia Becky, a senhora tá melhor? - Ploy pergunta.

- Tô sim, meu amor. Foi só um machucado no ombro, mas tô bem já - me agacho, dando um beijo no seu cabelo.

- Noah, por que você não leva a Ploy para jogar no seu PlayStation que sua tia lhe deu enquanto a gente conversa? - Noah chama a Ploy e os dois somem subindo as escadas.

Sentamos de frente um para o outro: eu, Richei e Agatha. Ele falou que eu teria que ir à delegacia para dar meu depoimento sobre o que aconteceu com a Nita. Richei disse que já havia entrado em contato com um advogado e que faríamos de tudo para que ela passasse o maior tempo possível na cadeia. Agatha ficou para cuidar das crianças enquanto eu e Richei fomos à delegacia e demos nosso depoimento. Nita tinha sido presa em flagrante, e o advogado que Richei havia contratado foi conosco.

- Richei, eu preciso ir embora. Preciso levar a Ploy para Freen - falei assim que saímos da delegacia.

- Tudo bem, vou ver se tem pilotos disponíveis. Vamos de jatinho - ele disse, ligando o carro.

- Vamos? - perguntei.

- Sim, ou você acha que deixarei você sozinha? Sei que precisa da sua família perto. - Abri meu primeiro sorriso verdadeiro em dias.



Pela primeira vez em dias, sinto meu coração mais relaxado. Ploy e Noah estão sentados lado a lado dentro do jatinho, eu atrás deles, e Richei e Agatha atrás de mim, a caminho de casa para finalmente ir ver a Freen.



Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora