Cap_16

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Pov_Becky


Sou despertada pelo som do meu alarme, levanto, faço minha higiene matinal, tomo um banho e vou para o meu closet. Coloco uma calça de alfaiataria branca com uma blusa de alcinha preta, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, pego minha bolsa e saio de casa para a empresa. Assim que passo pelas portas do enorme prédio, vejo olhares em minha direção. Alguns abaixam a cabeça à medida que vou passando, outros apenas desviam os olhares. Entro no elevador e solto um longo suspiro. Quando finalmente chego ao meu andar, vejo a Freen. Meu coração automaticamente dispara e abro um sorriso involuntário. Vou me aproximando dela e percebo que ela não está com uma cara nada boa.

- Bom dia – falo gentilmente quando chego em sua mesa e lhe dou um sorriso.

- Bom dia, srta. Armstrong – ela fala sem tirar os olhos do notebook que está em sua mesa.

- Pensei que já tivéssemos falado sobre me chamar assim.

- Mas é seu nome, não – ela fala curta e grossa. E finalmente ela me olha, mas não consigo decifrar seu olhar. Ela parece estar com raiva e triste ao mesmo tempo. Será que ela está na TPM?

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, e se me der licença, preciso trabalhar – com isso, sua atenção volta para o notebook. Preferindo não contrariá-la, apenas me retiro e vou para minha sala. Chegando lá, vejo meu chá em cima da mesa. Deixo minha bolsa no sofá e me sento na cadeira, pegando o copo com chá e levando até a boca. Me sinto um pouco melhor ao beber meu chá.

Tento deixar os pensamentos de que bicho mordeu a Freen mas não consigo. Fico pensando em como ela falou comigo a cada segundo e tenho a brilhante ideia de chamá-la para almoçar comigo, até porque precisamos conversar sobre o que aconteceu em Londres. Eu realmente estou gostando dela e pretendo deixar claro meus sentimentos a ela nesse almoço. Passo a manhã toda assinando documentos e lendo alguns contratos, ansiosa para poder ir almoçar com a Freen. Quando dá o horário de almoço, saio da minha sala com o sorriso enfeitando meus lábios, coisa que antes não acontecia, mas ultimamente vem acontecendo bastante. Mas meu sorriso morre aos poucos ao perceber que a Freen não está na sua mesa. Pego meu celular dentro da bolsa e tento ligar para ela, mas vai direto para caixa postal. Tento de novo e nada. Fico tentando de novo, e de novo, e de novo, e nada. Então desisto de tentar falar com ela e volto para minha sala. Decido me concentrar na pilha de papéis que está em minha mesa e dessa vez consigo deixar os pensamentos sobre Freen de lado

Fiquei tão concentrada na pilha de papéis em cima da minha mesa que não me dei conta de que estava chovendo lá fora, o céu escuro e a chuva forte. Olho para o meu relógio e vejo que já são 19:00. Parece até que voltei no tempo, sempre ficando até tarde no trabalho e me esquecendo do mundo lá fora. Meus pensamentos se voltam para Freen, lembro de como ela falou comigo e saio da minha sala, mas ela não está mais aqui. Apenas organizo minhas coisas, pego minha bolsa. O dia hoje foi bastante cansativo, apenas quero um banho bem quente com um bom vinho e minha cama. Antes de conseguir entrar no meu carro, a chuva me molha um pouco. Assim que entro, já o ligo e vou em direção ao meu apartamento.

Quando estou passando pelo ponto de ônibus, consigo ver perfeitamente que a Freen está lá, esperando o ônibus, e tem algumas pessoas também, mas não conheço ninguém.

- Entra – falo quando paro meu carro no ponto de ônibus. Ela me olha surpresa, mas não fala nada. – Freen, entra por favor – os carros começam a buzinar e vejo Freen bufar e entrar no carro. A chuva começa a piorar.

- Rebecca, esse não é o caminho da minha casa – Freen fala ao ver que estou seguindo outro caminho.

- Eu sei, mas a chuva está muito forte. Não estou te levando para casa – ela franze a testa, mas não fala nada. O caminho até o meu apartamento foi extremamente desconfortável. Ela não falava nada e eu não sabia o que falar para quebrar o gelo.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora