Cap_46

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Pov_Becky

- Becky, tem certeza de que você está bem? Mesmo assim, acho melhor você ficar em casa hoje - Freen fala pela milésima vez.

Durante o café da manhã, acabei vomitando por causa do cheiro do bacon, e ela ficou bastante preocupada pelo fato de isso nunca ter acontecido.

- Meu amor, eu já falei que estou bem, foi apenas um enjoo - vou até ela, dando um beijo rápido nos lábios - agora vamos levar a Ploy para a escola logo, antes que ela se atrase. - E, no timing perfeito, a coelhinha aparece na cozinha com a mochila nas costas.

- Estou pronta já, mamãe - Ploy tinha me pedido para levá-la até a escola e, bom, como não consigo dizer não para essa menina que me tem na palma da sua mãozinha, assim como a mãe dela me tem, íamos levá-la juntas. E, na volta, Freen viria no carro com os seguranças, e Yasmin ficaria lá na escola também.

Freen pega a coelhinha no colo e a carrega até o carro, colocando-a no banco de trás. Ela vai na frente comigo. Em menos de 10 minutos, estamos paradas em frente à escola da Ploy, vendo-a entrar junto com mais duas meninas que cochicham algo em seu ouvido. Elas se viram olhando para mim, e a Freen franze o cenho, mas logo elas somem da nossa visão.

- Eu tenho que ir - digo, olhando para minha namorada, que, no mesmo segundo, se vira para mim.

- Tem certeza de que está bem, baby? - pergunta, preocupada.

- Sim, amor, estou. Agora tenho que ir, tem muitas coisas para fazer na empresa - ela suspira, frustrada.

- Ok - ela responde e se aproxima, me encostando no carro e selando nossos lábios. - Te amo, qualquer coisa me liga - ela se afasta, indo para o carro dos seguranças que está atrás do meu. Respondo que também a amo e entro no meu carro, seguindo para a empresa.

- Bom dia, Letícia - digo quando passo pela sua mesa. 

- Bom dia, Srta. Armstrong - ela responde e se levanta, me seguindo até minha sala, me informando a agenda do dia. Fiquei com dor de cabeça só de saber que teria um almoço de negócios e que não poderia cancelar de jeito algum. Pelo menos a Irin também iria comigo. Ela terminou de falar e se retirou. 

Acabei dando um sorriso de canto ao ver meu chá com leite em cima da mesa. Me apresso para pegar; assim que tiro a tampa e expiro o aroma do meu chá, sinto a bile subindo. Saio correndo; quase não dá tempo de chegar ao vaso sanitário. Vomito muito e sinto mãos segurando meus cabelos. Quando consigo melhorar, Irin me ajuda a levantar. 

- Você está péssima, Becky - ela fala, me encarando através do espelho onde estou lavando a boca. 

- Obrigado pelo elogio, Irin - digo e vejo ela revirar os olhos. 

- Tô falando sério, Becky. Você está assim desde ontem; é bom procurar um médico.

- Se eu não melhorar amanhã, eu vou estar bom assim - digo, e ela afirma, voltando para minha sala.

Me sento em minha cadeira e Irin se senta de frente para mim.

- O que você veio fazer aqui? - pergunto, esfregando a mão na testa.

- Vim trazer isso para você assinar. Estamos precisando da sua assinatura urgente - ela coloca o documento em cima da minha mesa. Assino e devolvo a ela, que sai da minha sala.

Com esses dias, foram da empresa que se acumularam várias papeladas que a empresa gerava. Eram documentos vindos da assessoria jurídica, da assessoria financeira, dos departamentos e, ainda, dos serviços terceirizados contratados. Eu não gostava muito, mas verificava cada um, pois sou extremamente cuidadosa.

(......)

O dia em si tinha sido um saco, começando pelo café da manhã, que não pude aproveitar direito. Depois, meu chá, que não pude tomar porque só com o cheiro me fez correr para o banheiro. Várias papeladas que eu precisei ler e assinar. Graças a Deus, no almoço consegui comer; porém, a reunião foi extremamente chata e cansativa. Aqueles velhos chatos e escrotos! Ainda bem que a Irin conseguiu colocá-los no devido lugar. A única coisa que eu queria era chegar em casa, tomar um banho e dormir agarradinha com a Freen.

Assim que abro a porta de casa, sou recebido por um Fuflly todo agitado, pulando nas minhas pernas, e logo atrás dele, a Ploy correndo também.

- Tia Becky - ela grita, vindo até mim - sabia que meu aniversário tá chegando? - ela diz animada, e me abaixo para pegá-la nos braços. - A mamãe falou que falta uma semana, aí eu vou completar 6 aninhos - ela me mostra o número 6 com as mãozinhas.

- Eu sabia, sim, minha princesa - beijo sua bochecha - e você já sabe o que vai querer de presente? - pergunto, fechando a porta e me sentando com ela no sofá.

- Sim! - fala empolgada.

- E o que você vai querer? - pergunto, ficando animada igualmente a ela.

- Eu quero que você seja minha mamãe, junto com a mamãe Freen - arregalo meus olhos, assustada, sem saber o que falar, e nesse momento Freen aparece na sala e parece que também escutou o que a Ploy falou.

- Vo-você quer que eu seja sua outra mãe? - pergunto, ainda assustada, e vejo sua carinha mudar de feliz para triste, e ela balança a cabeça afirmando. Freen continua calada.

- Eu também quero ser sua mamãe, junto com a sua mamãe Freen. -

- Sério? Então quer dizer que agora eu posso te chamar de mamãe? - ela pergunta, com os olhinhos brilhando e as bochechas vermelhas.

- Claro que sim, minha princesa. - Ela se levanta e sua mão envolve meu pescoço em um abraço apertado, e Freen se aproxima da gente com lágrimas nos olhos. Só me dou conta de que também tenho lágrimas nos olhos quando sinto escorrer pela minha bochecha.

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Boa noite! Dessa vez nem demorei para voltar. Me contem o que acharam do capítulo. Particularmente, adorei a Ploy pedindo para a Becky se a mamãe dela...

Será que nossa Becky tá grávida?

Beijo, até o próximo!


Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora