Cap_33 Continuação

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Pov_ Freen

- Filha, essa é a Nita, dê um oi para ela. Geralmente, a Ploy era bem comunicativa; eu não precisava pedir para que ela cumprimentasse alguém.

- Oi - sua voz soou baixinha e ela saiu de trás de mim para cumprimentar Nita, que retribuiu com um sorriso.

- Você sabe quem eu sou? - Nita perguntou quando nos sentamos, e minha filha balançou a cabeça confirmando.

- Você é minha outra mãe que me abandonou - minha filha foi direta, me fazendo arregalar os olhos. Eu não pensei que ela iria falar isso. Nita baixou os olhos, parecendo estar envergonhada.

- Me desculpe por isso - Nita falou em um fio de voz.

- Por que você fez isso? - Nita olhou para Ploy meio insegura, parecia que estava escolhendo as palavras para poder dizer.

- Eu era muito imatura, na época não estava pronta para ser mãe e acabei conhecendo sua mãe e acabei magoando muito ela também.

- Tudo bem - Ploy falou - você quer brincar comigo? - ela perguntou - a tia Becky sempre brinca comigo quando estamos aqui, a gente brinca de raquete com o Fuflly, mas eu não trouxe hoje.

- Acho que estou um pouco velha para isso e também estou de saia, mas podemos tomar sorvete juntas se você quiser.

- Eu quero - os olhinhos dela brilharam - "Mamãe, eu posso ir brincar?" - ela me pediu e concordei.

- Mas não vamos demorar muito, daqui a pouco sua tia Becky vai chegar para nós sairmos - falo e, antes dela sair correndo para brincar com as outras crianças, olhando ao redor, posso perceber o carro dos meus seguranças: o Henrique estava dentro do carro, já a Yasmin estava fora, assim como o Gabriel. Porém, a Yasmin estava olhando para Ploy e o Gabriel estava olhando em minha direção, mas não fazia contato visual comigo.

- Ela é uma criança bem inteligente, Freen. - Nita fala sem me olhar. Nós duas estamos olhando para frente, onde Ploy brinca com outras crianças.

- Sim, ela é incrível.

- Então... - ela hesita um pouco antes de continuar - Você e a Filha dos Armstrong estão mesmo namorando?

- Minha vida não é da sua conta, Nita, mas imagino que você já saiba a resposta dessa pergunta. Eu não quero ser sua amiga. Se estou aqui, é pela minha filha, não por você. Mas te garanto que se você vacilar com ela ou tentar fazer alguma coisa, você nunca mais vai chegar perto dela. - Nita engoliu em seco, mas antes de me responder, seu telefone tocou.

- Eu preciso entender - ela falou, se levantou ao levar o celular ao ouvido.

- Freen, eu vou ter que ir. Você diz a Ploy que mandei um beijo.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não quer dizer sim, mas não posso falar e eu realmente tenho que ir.

- "Ok", respondi, e ela foi embora em seus saltos altos. Voltei meus olhos para minha coelhinha, que aparentemente tinha feito uma amiguinha nova. Quando seus olhinhos castanhos caíram sobre mim, ela franziu o cenho, enrugando seu nariz, e veio correndo até mim.

- Mamãe, cadê a Nita? - perguntou ofegante, parando em minha frente.

- Surgiu um imprevisto e ela teve que ir embora, meu amor - ela baixou o olhar, ficando triste, e eu começava a me arrepender dessa aproximação dela com a Nita. Mal se conheceram e já deixou minha coelhinha triste.

- Então, não vamos tomar sorvete?

- Claro que vamos, eu e você. Ainda pode ir tomar sorvete, meu amor. - Ela veio até mim, se pendurou no meu pescoço e deu um beijo na minha bochecha.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora