Cap_06

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Pov_Becky

Eu marquei com a Jane de tomarmos café juntas. Eu realmente estava precisando conversar com ela. Marquei com ela em uma padaria que tem perto da casa dela, já que ninguém sabe em qual apartamento moro, pois prefiro assim. Nunca levei ninguém até meu apartamento, pois lá é o único lugar onde tenho paz. Já faz um tempo que estou esperando ela chegar. Tomo mais um gole do meu café. Não sou muito fã, prefiro meu chá com leite, mas às vezes, quando estou muito estressada, prefiro o café. Por isso pedi. Sei que a conversa com a Jane vai ser estressante, sempre é, na verdade.

- Oi, meu amor – ela chega tentando me beijar, mas novamente viro o rosto.

- Oi, Jane – falo enquanto ela se senta na minha frente.

- O que aconteceu? Você me chamando para comer por vontade própria, boa coisa não é.

- Venho adiando esse assunto há um tempo, já é Jane e chegou a hora de conversarmos.

- Pode falar.

- Eu e você sempre fomos amigas e combinamos de entrar nesse noivado só para agradar nossos pais e não ter que casar com desconhecidos, mas acho que você já está levando muito a sério esse noivado. Você está grudada em mim e qualquer mulher que chega perto de mim, você que banca a noiva ciumenta. Jane, lembra, é tudo fachada. Depois de um ano, vamos nos divorciar, isso se esse casamento chegar a acontecer.

- Becky, eu não sei em qual momento isso deixou de ser apenas fachada para mim, mas eu realmente gosto de você. Para mim, isso não é mais obrigação, eu realmente quero casar com você.

- Jane, eu sinto muito, mas não sinto o mesmo por você. Isso tudo não vai passar de um acordo de famílias para mim. E se você não quiser mais seguir nosso combinado e cancelar o nosso casamento, por mim tudo bem.

- Não, Becky, eu não vou cancelar o casamento, mas também não posso evitar o que sinto por você.

- Jane – chamo a alertando.

- Deixa eu terminar – assinto com a cabeça - mas vou tentar deixar isso de lado, não se preocupe, gosto da sua amizade, Rebecca.

- Também gosto da sua amizade, Jane, mas só isso – ela abaixa a cabeça. - Bom, agora que já esclarecemos tudo, tenho que ir, tem muito trabalho a fazer – ela concorda e vou até o balcão, pago a conta. Vejo na vitrine donuts e pego alguns, olho para o relógio e vejo que já estou atrasada. Me despeço de Jane e vou até meu carro, ligo e vou para a empresa. Quando chego na empresa, pego os donuts que comprei, pego um papel onde anotei algo, entro, vou passando e alguns funcionários baixam a cabeça, outros tentam me dar um meio sorriso, mas parece mais uma careta. Cumprimento alguns e entro no elevador. Quando as portas de metal se abrem já no meu andar, minhas mãos começam a suar e meu coração fica acelerado. Quando vejo Freen sentada em sua mesa, ela está usando um conjunto de jeans com uma camisa social branca por dentro, ela está linda, isso não tem como negar. À medida que me aproximo, fico mais nervosa. Quando chego à sua mesa, ela me cumprimenta.

- Bom dia, Srta. Armstrong, tudo bem? A senhora nunca se atrasa.

- Tudo bem sim – me limito a responder e deixo os documentos com o papel em cima da mesa.

- O que é isso? - suas sobrancelhas se estreitam para mim.

- É o meu número, eu esqueci de lhe dar ontem, caso a Ploy queira ligar para falar comigo – sem nem deixar ela fazer mais perguntas, praticamente saio correndo de lá e vou até minha sala. Acabo dando um sorriso ao ver meu chá em cima da minha mesa. Me sento e pego o chá, levando até a boca. Ele me faz soltar um suspiro. Realmente, esse chá é a melhor coisa que existe. O resto da manhã passei dentro da minha sala lendo alguns relatórios. Eu queria chamar a Freen para almoçar, mas não sabia como deveria fazer isso. Apenas me levanto e vou até sua mesa, parando de frente a ela.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora