Cap_39

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Pov_Becky

- Tia Becky - Noah vem correndo, abraçando minhas pernas. Eu o pego nos braços, apertado, e logo Richie aparece.

- Por que não avisou que estava vindo? Eu teria ido lhe buscar - Richie diz.

- Cada vez que te vejo, você está maior, garoto - digo, bagunçando os cabelos do Noah, ignorando o Richie.

- Cadê a tia Freen e a Ploy? Elas vieram com você? - Noah fala, cheio de expectativa, procurando elas atrás de mim. Um bolo se forma em minha garganta, fazendo meu coração se apertar. Seguro as lágrimas que querem sair e o coloco de volta ao chão.

- Não, meu príncipe, eu vim sozinha - quando olho para o Richie, vejo sua testa enrugada me olhando.

- Noah vai terminar seu café da manhã com sua mãe antes que se atrase para a escola - Richei fala e Noah sai correndo, sumindo da nossa visão - vai me contar o que está acontecendo porque claramente você não está bem, está mais magra que o normal, fora as marcas escuras em seus olhos - ele se aproxima, me envolvendo em seus braços e, pela primeira vez em semanas, eu me deixo desmoronar na frente de alguém e é tão reconfortante não precisar ser forte e fingir que está tudo bem.

- Tá tudo bem, eu estou aqui com você, maninha - ele diz, me apertando mais ainda em seus braços - foi mamãe de novo?

- Eu n-não sei,... mas acho que sim - me desvinculo dele, enxugando as lágrimas com a palma da mão.

- Vem, vamos sentar - ele nos guia até o sofá - me conta o que ela fez dessa vez?

- A Freen sofreu um acidente e a Ploy sumiu; já vai fazer 20 dias que toda essa loucura começou - digo de uma vez e vejo meu irmão arregalar os olhos. - Eu tenho quase certeza de que nossa mãe está envolvida nisso tudo.

- Rebecca, isso é muito grave. Você não pode, não pode acusar nossa mãe assim.

- Richei, eu também queria acreditar que ela não tem nada a ver com tudo isso, mas nem eu estou reconhecendo nossa mãe mais - conto para ele tudo que vem acontecendo desde a volta da Nita, o acidente da Freen, o desaparecimento da Ploy, o detetive que contratei e as fotos que ele conseguiu.

- E é por isso que estou aqui. O detetive Álvaro me pediu para vir, dizendo que tinha informações importantes e que teria que falar comigo pessoalmente. Assim que o avião pousou, eu mandei mensagem para ele, avisando que já estava aqui; só estou esperando ele me responder.

- Meu Deus, Rebecca, tudo isso que você está falando é uma tremenda loucura. E a Freen, você deixou ela sozinha lá?

- Não, ela está com a Nam, ela é amiga da Freen, são quase irmãs. Ninguém sabe que estou aqui, além da minha secretária. Assim que termino de falar, meu celular vibra, mostrando uma notificação de Álvaro. Ele me mandou um endereço e um horário para nós nos encontrarmos. - Richei, vou precisar de um carro seu emprestado.

- Onde você vai? Foi o detetive que mandou mensagem? - balanço a cabeça positivamente. - Eu vou com você e eu dirijo. Creio que você não está em muitas condições de dirigir. Já faz quanto tempo que você não dorme? - ele pergunta, já se levantando, e eu não o respondo, não porque não quero, mas porque nem eu mesma sei quantos dias estou sem dormir. Ele foi até a cozinha e me arrastou com ele. Agatha tentou conversar comigo, mas ele explicou que agora teríamos que sair. Quando voltasse, explicaria tudo a ela.

Chegamos ao endereço que o detetive me deu e era uma lanchonete. Pegamos uma mesa e ficamos esperando. Álvaro chegou 5 minutos depois, vestindo roupas casuais.

- Bom dia, Srta. Rebecca! - ele pergunta, olhando para meu irmão.

- Bom dia, Álvaro! Esse é meu irmão, Richei. O que você descobriu para me fazer voar da Tailândia até aqui?

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora