Cap_17

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Pov_Becky

- Eu preciso te contar uma coisa antes de qualquer coisa – eu iria falar, mas ela não deixou – não depois que eu terminar você fala, mas preciso te contar antes que minha coragem vá embora. Eu sou intersexual – ela falou de uma vez e fechou os olhos.

- O quê?!! - perguntei de modo automático, tentando assimilar o que ela me falou.

- Eu sou intersexual, significa que tenho um pau no meio das pernas!! - ela vociferou.

- Eu entendi já.

- Tudo bem, acho melhor eu ir embora – seu corpo se afastou do meu e eu senti falta.

- Por que você vai embora? - perguntei, segurando sua mão.

- Quer?! - sua voz subiu um tom – você não quer que eu vá embora?

- Não, por que eu iria querer isso?

- Bem, talvez pelo motivo de eu ser uma aberração?

- Você não é uma aberração, eu tenho um amigo que também é intersexual.

- Sério?

- Sim, a namorada da Irin a Noye, também é intersexual.

- Então, você ainda gosta de mim? - percebi que seus olhos brilharam de esperança.

- Freen, você é uma pessoa incrível, gentil, linda, e isso não muda em nada. Eu continuo gostando de você, mas a pergunta agora é se você sente o mesmo por mim? - Assim que terminei de falar, seu corpo voltou a ficar próximo do meu, suas mãos foram para a minha cintura e ela me puxou, colando nossos corpos.

- Você ainda tem dúvida de que é recíproco? – ela sussurrou com sua boca bem perto da minha. – Eu estou apaixonada por você, Rebecca Armstrong. – Falando isso, ela levou uma das mãos até meu rosto, acariciando. Seu olhar recaiu sobre minha boca, a vontade de beijá-la se intensificou ao vê-la umedecer os lábios com a ponta da língua. Sem demora, ela me beijou. O beijo era cheio de promessas não cumpridas. As mãos dela desenhavam minhas costas em movimentos delicados, unindo ainda mais nossos corpos. Eu senti sua ereção sobre a calça. O beijo se intensificou, mudando de ângulo, contornando com a língua o interior da minha boca, em uma sutil provocação. Gemi manhosa em sua boca e ela arfou baixinho. Ficamos sem ar e tivemos que interromper o beijo enquanto recuperávamos o fôlego perdido. Ela depositou beijos no canto da minha boca, mordiscando meu pescoço. Minha calcinha já se encontrava em um estado deplorável. Ela não estava diferente de mim, pois dava para sentir sua ereção roçando em minha pélvis.

- Freen, eu preciso de você – falei quando ela chupou meu pescoço, arrancando um suspiro de mim.

- Tem certeza? – ela se afastou para olhar nos meus olhos, esperando um consentimento. Peguei sua mão, levando para dentro da minha calça, mostrando como já estava molhada por ela. Seus dedos tocaram minha intimidade por cima da calcinha e ela percebeu o estado deplorável em que eu estava.

- Eu não tenho camisinha, Rebecca – ela falou, visivelmente um pouco triste.

- Não tem problema, eu tomo pílula. Amanhã – seus olhos voltaram a brilhar em expectativa, mas logo mudaram para ranceo.

- Eu não sou muito experiente, assim, não quero te decepcionar. A única pessoa com quem me relacionei foi com a mãe da ploy e mesmo assim foi uma única vez – ela tentou se afastar de mim, mas não deixei.

- Ei, tudo bem? Tenho certeza de que você vai ser incrível. Vamos para o meu quarto, vai ser melhor. Seus olhos voltaram a brilhar e eu entrelacei nossas mãos e a levei até meu quarto.

Amores Inesperados: FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora