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De alguma forma conseguimos fazer um simples acordo criar várias cláusulas. E por mais tentadoras que elas possam parecer, ainda não sei se o que fizemos foi sábio. Afinal, acrescentar mais passagens dentro de um labirinto pode até torná-lo mais divertido, porém não anula o fato de que tornará mil vezes mais difícil a saída. Mas quem pensa em sair quando o ficar pode ser mais que interessante? Sebastian coloca meu livro sobre a mini cômoda ao lado da... nossa cama e sem pressa começa a inclinar seu corpo sobre o meu. Adoto um sorriso jogando minhas costas para trás, a medida que ele se aproximava mais e mais, até o colchão me impedir de continuar fugindo. Assim que Sebastian nota que não consigo mais fugir; ele assume um sorriso que consegue, com facilidade, descompassar o meu. Ignorando meu coração acelerado, o observo enterrar uma mão no travesseiro ao lado do meu rosto, para se segurar e a outra meu colega de quarto a leva até os cabelos da minha franja, os ajeitando, ou brincando com eles.

— Se você soubesse o quanto gosto de tocar em você — Sebastian sussurra e escorrega seus dedos para minha bochecha a acariciando — Em cada pedacinho seu, exemplo — solto uma risada breve no segundo que o moreno aperta a ponta do meu nariz — Nunca mais se afastaria, ou me olharia atravessado.

Sebastian deixa de ficar praticamente deitado sobre mim e apoia seus joelhos na cama, um em cada lado das minhas pernas, me mantendo no seu meio, ainda que agora seu corpo esteja relativamente "longe" do meu por alguns centímetros. Sua mão segue caminho até o meu pescoço, ficando pouquíssimos segundos ali, porque ao que parece, o que tenho dentro da blusa, o interessa mais que um bobo pescoço. Suas íris abandonam as minhas e despencam nos meus seios ainda cobertos. Por alguma razão Sebastian assume o seu sorriso número 2, o que indica que ele vai aprontar algo e me faz sentir um arrepio percorrer por todo meu corpo, que já está pulsando com cada um dos seus toques. Meu colega de quarto, molda com suas duas mãos meus seios e me faz querer rir, bom, isso até o momento em que Sebastian os aperta um tanto quanto mais forte. Nesse segundo meu sorriso se transforma em um arfar idiota, já que ele nem está me tocando sem roupa ainda. E mesmo assim já consegue produzir todo esse efeito... Silêncio meus pensamentos, tomando a iniciativa de afastar um pouco as costas do colchão em um convite, que novamente Sebastian o capta no mesmo segundo. Seu sorriso diabólico com as duas covinhas presentes surge e ele escorrega suas mãos até a barra da minha blusa, a invadindo e mesmo que ele não esteja interessado, pelo menos não agora, os simples toques que suas mãos geladas efetuam na minha pele quente; conseguem produzirem descargas elétricas surreais. Sebastian serpenteia suas mãos até um ponto nas minhas costas e destrava o sutiã que estou usando com facilidade. Seus olhos retornam aos meus, enquanto a pequena peça que sustenta meus seios é tirada da jogada, sem que eu sequer precisa retirar a blusa antes. Sua habilidade somada ao seu sorrisinho vitorioso me faz querer revirar os olhos.

— Gosto de pensar que faço essas coisas para me proteger —  toco nas suas pernas sem toda a certeza que seus toquem tem para ter algo a me distrair também. 

— Proteger? De quem? — suas mãos, muito mais ousadas que as minhas, deixam minhas costas e iniciam uma carícia perigosamente perto dos meus seios, agora sem qualquer tipo de barreira contra si.

— De você — sussurro tendo que respirar fundo no segundo que uma das suas mãos sobe alguns centímetros, como se estivesse ansiosa demais.

No entanto, ela não chega a tocar no meu seio, porque para antes e só percebo a forma mais séria que Sebastian está me encarando, quando deixo de observar as duas montanhas novas embaixo da minha blusa, fixando meu olhar no seu.

— A partir de hoje não quero que fuja mais.

— Não posso prometer isso — apesar de saber que minha resposta não iria agradar Sebastian, tento uma alternativa para "distraí-lo", subindo meus dedos ainda mais até o zíper da sua calça, sem pressa começo a abaixá-lo.

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