Facas

8 2 4
                                    

25 de Abril de 2031

Ponto de vista da Lamont

Oisin: por que você não está fora de casa? Tá aí no escuro igual uma esquisita.

Eu: desliguei a luz para você pensar que não estou em casa.

Eu continuava descendo lentamente mas escondia a faca.

Eu: eu gostaria que você provasse o gosto das suas próprias palavras, mas seu ego é grande demais para você descer do seu trono.

Eu finalmente terminei de descer a escada, mas continuei apoiada no corrimão.

Eu: você está derramando tudo... Eu estive respirando água por anos.

Engoli em seco.

Eu: eu estive mantendo a compostura por anos, mas meu ódio por você vem se acumulando por anos... E o feito de agora não terá mais volta.

Oisin: para de falar besteira e vai sair com a família, vai.

Ele fez um gesto de desdém com a sua mão.

Eu: fique tranquilo. Você não vai precisar mais me ouvir quando estiver a oito palmos de distância. Eu vou lavar a minha memória de você hoje e nunca mais vou te ver. Cheguei no meu limite, mas você não dá a mínima.

Oisin: tanto faz. Só pega algum cartão na minha carteira e some daqui, vai.

Eu: não importa nada do que você me der, não importa se você começar a me amar, não importa se você parar de me trair. Eu nunca vou ser gentil com você e você sempre será um covarde.

Oisin ficou irritado, se levantou do sofá e começou a caminhar em minha direção.

Oisin: eu acho bom você simplesmente ser uma boa esposa, sair com a família e não testar a porra da minha paciência hoje!

Seus punhos estavam cerrados.

Eu: ou então você vai fazer outra bagunça só pra provar que pode? Será que eu deveria arrumá-la como você pensou que eu faria de novo?

Mostrei a faca que eu estava escondendo e Oisin se mostrou surpreso.

Eu: está prestando atenção agora? Está finalmente prestando atenção em mim ou as palavras estão borradas e sem sentido? Seus joelhos enfraqueceram e eu vejo seu medo.

Comecei a me aproximar dele com a faca erguida.

Eu: eu vou derramar seu sangue. Você não vai mais respirar a partir de hoje.

Um pouco antes...

Narração

Era o dia da última disputa por território. Moon tinha ido para o bairro de Reria Landniblic para disputar pelo território da gangue RLBL, mas a pessoa que comandava este bairro já era uma conhecida e as duas estavam mascaradas.

Moon: achei que tinha ficado daquele jeito ontem. Vi que foi você que me chamou para o duelo.

Phobos: faz tempo que eu não preciso lutar.

Moon: espero que a luta de hoje mate a sua sede.

Mesmo com o céu ainda claro, a escuridão do beco parecia ecoar a tensão que pairava entre Moon e Phobos. Ambas estavam cientes de que essa não seria uma luta justa; seria uma batalha suja e implacável onde qualquer truque valia a pena para sair vitoriosa. Phobos começou a atacar Moon, esta que apenas esquivava.

Phobos: fazendo acrobacias? Isso não vai adiantar por muito tempo, mas está boa o suficiente para eu ainda não te matar. Olhando para você, tudo o que eu vejo é ingenuidade. Você está vivendo a sua vida fácil até agora, mas não do jeito certo.

A Guerra por ArmystOnde histórias criam vida. Descubra agora