Arames

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27 de Julho de 2021

Ponto de vista de Fraizer

Estávamos há 27 dias fora de casa. No momento, estávamos parados em Hullcreek, no estado de Senreseed. Fizemos alguns amigos dessa vez.

Eu: não deve ser fácil rejeitar alguém. Ainda mais alguém tão legal quanto o Harris.

Star: mas ele sente falta da Tia e ele quer ela. Que cuié ingrata.

Eu: ela não tem culpa de não sentir o mesmo.

Star: ela devia falar logo, então. Ela não quer ele porque ele se importa demais, e cuié só gosta de homem que não liga. Aí quando ele começar a não ligar, ela vai ficar correndo atrás. Ele devia é ir procurar coisa melhor.

Eu: talvez devia mesmo. Os dois só não foram destinados a ficarem juntos. O que será que ela vai fazer?

Star: ela vai continuar enrolando ele. Cuié só sabe fazer isso.

Eu: tô te achando muito insuportável pro meu gosto e eu te conheço há nove anos. Dá uma segurada.

Star: vá a merda.

6 de Maio de 2031

Acordei com dores e calafrios pelo corpo todo. Não sei por que tenho sonhado tanto com o passado. Sempre parece real demais e eu sempre acordo com dor demais. Minha compostura está em falta e eu não consigo me desvencilhar daquela época. O que devo fazer? Eu não sei me decidir.

Tomei meu remédio para dor, como de costume, mas dessa vez eu não levantei da cama. Não tenho motivos para levantar. Eu tento ser paciente, mas estou sempre sentindo algo estranho. Estou tentando controlar a maneira que eu estou olhando para toda essa situação. Eu até achei que não me importava mais, tipo, o destino pode decidir o que quiser e eu posso ignorar, só preciso fingir que sempre soube e que tive a chance de fazer algo a respeito.

Meu coração corre em círculos e transborda e eu achei que estava mais perto que nunca de me libertar, mas a verdade é que meu coração está sobrecarregado e eu pensei que estava mais perto do que nunca de me sentir viva.

Não tem ninguém ao meu redor agora. Não que eu estivesse esperando ter alguém aqui, mas é muito estranho estar sozinho enquanto minha visão fica turva. Sinto que estou cada vez mais no fundo do poço e essas lembranças me rendem cada vez mais. Eu só preciso continuar respirando, eu acho, mas eu sinto que a hora de tomar uma decisão se aproxima. Realidade em movimento.

Preciso parar de pensar tanto, mas não importa o que eu faça, eu ainda duvido de mim mesmo. Queria parar de fazer tantas promessas a mim mesmo, isso só causa mágoa, só causa desastre, só causa falatório nas páginas de fofoca de Armyst. O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? O que resta a fazer? TUDO!

Ponto de vista de Moon

Eu estava encostada na parede, sentada em posição fetal, encarando a janela. Eu queria ver se passava algum pássaro, algum inseto, algum avião, mas nada, apenas aqueles mesmos arames afiados e monótonos e também dava para ver um pouco das nuvens, que voavam apressadas pelo infinito azul claro.

De repente, tudo ficou escuro. O céu foi coberto por trevas e as nuvens se afugentaram. No céu, apareceu uma Lua amarela. Ela crescia, crescia e crescia, até que passou pelos afiados arames do muro e pelas grossas grades da janela, forçando assim sua entrada.

Lua: vem.

Eu: o quê?

Fui puxada para cima da Lua com uma força avassaladora e ela me tirou daquele quarto. Ela me levou para voar pelo céu de Armyst e ver a cidade novamente. Winsgardia é uma metrópole colossal e vibrante, conhecida por sua impressionante combinação de avanços tecnológicos, arquitetura arrojada e uma população que vive num ritmo frenético. A cidade, que nunca dorme, é iluminada por hologramas publicitários que flutuam nas ruas, drones voando para entregas instantâneas e veículos autônomos que circulam por vias elevadas e subterrâneas, deixando o tráfego tradicional obsoleto.

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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