"Quero mamãe!"
Hank mal conteve uma maldição quando Alexis empurrou a colher cheia de mingau para longe dela mais uma vez com um bufo teimoso que lembrava notavelmente a mulher que ela estava chamando. Enviando um olhar derrotado pela cozinha para Kate, que não estava fazendo muito esforço para esconder o sorriso atrás da borda da xícara de café, ele largou a colher na tigela e ficou de pé, passando-a para sua esposa presunçosa. que tirou isso dele com um tapinha consolador no bíceps.
"Não faça beicinho." Ela repreendeu enquanto se sentava, pegando uma porção generosa de aveia pegajosa e guiando-a em direção à boca esperançosa de Alexis.
"Eu não estou fazendo beicinho."
A verdade é que ele estava absolutamente fazendo beicinho. Nos últimos dois dias, houve uma mudança nova e, em sua opinião, totalmente indesejável na casa dos Voight, com Alexis recusando a atenção de qualquer pessoa que não fosse sua mãe. Mesmo as interações mais básicas rapidamente se transformariam na Terceira Guerra Mundial se não fosse Kate liderando o ataque e, pela primeira vez desde que sua filha nasceu, Hank se viu do lado de fora olhando para dentro. a primeira pessoa que Alexis procurava quando voltava para casa no final de um longo caso, ou quando ela tombava no chão de madeira e queria que seu joelho dolorido fosse beijado melhor. Mas algo mudou nas últimas quarenta e oito horas, o que significa que sua esposa de repente passou a ter a custódia exclusiva de todos os horários do banho, dos beijos e das histórias para dormir. Parecia que ele havia sido transportado sem cerimônia quinze anos no futuro, quando Alexis não queria mais que seu pai lhe desse um beijo de despedida ou exigiu que ele a deixasse a alguns quarteirões dos portões da escola para que ela pudesse passear com os amigos. E ele não gostou. Nem um pouco.
"Ela tem dezoito meses e esta é sua primeira fase de mãe. Deixe-me aproveitar." Kate implorou, passando os dedos suavemente pelos cachos selvagens de Alexis enquanto a criança aceitava prontamente a colher de mingau com um zumbido alto de alegria.
Mas antes que pudesse formular o que sem dúvida seria uma resposta estranhamente petulante, que ele negaria ter saído de sua boca, foi interrompido pelo zumbido silencioso de seu celular vibrando na mesa da cozinha.
“É Ávalos.” Ele murmurou depois de dar uma rápida olhada na mensagem de texto que iluminava a tela. "Ela tem algumas informações sobre Los Temidos."
"Vá, vejo você no distrito." Kate disse, voltando sua atenção para Alexis, que estava ocupada enfiando pedaços de morango em sua boca em um ritmo surpreendente, suas pequenas bochechas manchadas com o resíduo escarlate. "Mamãe acha que você precisa passar um pouco menos de tempo com o tio Adam." Kate murmurou com um sorriso confuso, colocando a tigela agora vazia sobre a mesa antes de começar a limpar Alexis e a cadeira alta de quaisquer restos de aveia e frutas.
Quando ela terminou, Hank voltou com o escudo e a arma presos em seus devidos lugares na cintura e com as chaves do carro na mão.
"Te encontro às 21?" Ele perguntou, aproximando-se cautelosamente da cadeira alta de Alexis para dar um beijo suave em sua têmpora, parando apenas um segundo a mais do que o necessário quando ela se inclinou contra a pressão familiar de seus lábios, em vez de colocar a mãozinha em sua bochecha em um esforço para mantenha-o afastado.
"Tchau papai!" Ela gorjeou quando ele recuou relutantemente, agraciando-o com um amplo sorriso e um aceno que fez seu coração doer no peito.
Sentindo a luta interna do marido, Kate estendeu a mão para enfiar o dedo indicador no espaço entre os botões da camisa dele, logo acima do umbigo, puxando-o para baixo até que ela pudesse pegar seus lábios com os dela em um beijo suave, mas sensual, sua língua traçando a costura de seu marido. boca até que ele voluntariamente concedeu sua entrada. Apoiando uma mão nas costas da cadeira, Hank usou a outra para segurar sua mandíbula, mantendo-a perto enquanto suas línguas provocavam e provavam languidamente até que a necessidade de ar finalmente os forçou a se separarem.
