12- O que eu preciso

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Lana acordou com um gemido, o rosto esmagado no travesseiro, a luz fluindo através de uma cortina mal fechada. Seu cabelo estava solto e o topete estava caído como uma meia molhada em seu rosto.

Ela rosnou, levantou-se e piscou para a luz do sol que alguém precisava desligar.

O pânico a atingiu um momento depois.

Ela estava atrasada.

Lana desabou na cama quando outra compreensão se seguiu.

Era sábado.

Ela rolou para fora do edredom, observando o quarto balançar enquanto se levantava. Normalmente ela segurava bem o álcool. Mas ela não tinha comido antes de ir ao bar com Antonio, afogou seus pensamentos um pouco rápido demais e estava pagando por isso agora.

Ela se arrastou até a porta, todo o corpo sentindo como se estivesse sendo puxado para o chão.

A cafeteira crepitava, os pratos na pia a observavam e ela fingiu não notá-los. Ela não estava com vontade de arrumar.

Ela serviu uma xícara e bebeu metade dela, seu rosto se contorcendo com o gosto. Uma batida em sua porta apareceu pelo olho mágico. As costas uniformizadas de um entregador se afastando foi tudo o que ela viu e Lana abriu a porta.

Um pacote estava no corredor. Estranho, considerando que ela não havia pedido nada. Ela o carregou e colocou o café na mesa ao lado da porta.

O endereço do remetente dizia Sunset Cafe. Uma pequena padaria perto de seu antigo apartamento em Miami. Ela parava antes do turno todas as manhãs. Pegue um café e um doce que Eric nunca aprovou. Aparentemente, o açúcar não era um item do café da manhã. Mas ele iria encontrá-la lá de qualquer maneira. Pediu um café com o sanduíche que ele comprou na rua. Eles caminhariam até a delegacia e começariam o turno juntos.

Ela abriu lentamente, inalando aquele aroma quente de baunilha. Um cartão estava em cima. Uma nota "pensando em você" do remetente.

Espero que estejam tão bons quanto você se lembra. Tente esperar pelo menos até o almoço.

Não foi assinado. Não precisava ser.

Eric lhe enviou seu doce favorito. Um gosto literal de casa e Lana piscou sem compreender. O que na verdade

"Você sabe que deixou a porta aberta?"

Lana estremeceu e pronunciou uma palavra que teria feito sua mãe tirar a sandália. Voight estava na porta dela e seus lábios se curvaram com a explosão dela.

"Péssima hora?"

Lana beliscou a ponta do nariz. Houve um baque surdo acontecendo repetidamente na parte de trás de seu crânio e ela não conseguia pensar.

"Por que, uh, por que você está aqui?"

Os braços de Voight cruzaram, "Depois da noite passada", seus ombros se levantaram. "Nós deveríamos conversar."

Ontem à noite ?... foi dolorosamente difícil entender do que ele estava falando.

A mão de Lana caiu quando ela se lembrou.

Noite passada. Ela havia contado tudo a ele. Érico. O acidente. As pilulas.

Ela não se lembrava dele saindo, nem de mais nada que ela pudesse ter dito. Isso aconteceu depois, depois que ela se esgotou com o tipo de lágrimas que você gostaria que ninguém tivesse visto. Depois que ele a segurou.  Isso  ela lembrou. O grande alívio de tê-lo lá fora. Um segredo fermentado pelo tempo que ela o manteve dentro de si.

Mas agora ela estava enfrentando as consequências disso e não tinha ideia de quais seriam.

As sobrancelhas de Lana se arquearam, as mãos tocando as laterais de sua longa camiseta. Era o mesmo que ela estava usando na noite em que ele apareceu em sua porta. Quando ela soube sobre Justin. Quando Voight reprimiu qualquer pingo de compaixão que ela queria demonstrar.

imagines hank voightOnde histórias criam vida. Descubra agora