Capítulo 22 - Talvez.

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Pov Freen:

Eu estava no dormitório arrumando algumas coisas para o início das aulas, ainda com a cabeça naquele maldito brinco.

Foi quando Rebecca abriu a porta e apareceu daquele jeito suadinho que eu amo. Me deu vontade de levantar e cheirar ela até não poder mais, entretanto, tinha alho que estava perturbando a minha mente.

-Você não foi me ver...-Ela falou enquanto deixava a mochila no chão.

-Eu estou ocupada.-Respondi simples.

-Você disse que iria me ver...-Eu notei seu tom de voz triste.

-Eu tenho mais o que fazer, Rebecca.-Respondi friamente de novo.

-Mas você não podia ter ido me ver só um pouquinho?-Eu estava começando a ficar triste com isso tudo.

-Rebecca, entenda, não deu!-Aumentei meu tom de voz e eu ouvi um suspiro.

-Eu senti sua falta...

-Para de ser mimada! Nem tudo tem que ser do jeito que você quer!-Me levantei da cadeira e acabei elevando mais o meu tom de voz.

Ela olhou para mim confusa e em instantes começou a piscar muito, olhar para os lados, coçar a nuca, mexer muito as mãos...eu conhecia aquele olhar perdido.

-Tudo bem...-Notei sua voz embargada. Ela rapidamente pegou a toalha e entrou no banheiro.

Eu sentei na escrivaninha novamente e respirei fundo tentando enxugar as lágrimas que insistiam em cair.

Isso é justo?

Se ela me traiu, é justo sim.

Mas eu não tenho certeza.

Então é uma hipótese.

Mas e aquele maldito brinco?

Peguei o livro que estava na minha escrivaninha e joguei no chão, apoiando meus cotovelos na mesa e escondendo meu rosto logo em seguida.

Eu sabia que não daríamos certo, por que eu insisti? Por que eu não segui meus pensamentos da época e tentei repreender esse sentimento?

Eu preciso parar de pensar nisso se não vou acabar ficando louca e eu não quero magoar ela mais do que já magoei por causa de algo que não tenho certeza.

Por isso respirei fundo e irei tentar tratar ela melhor quando se ela tentar algum contato.

Rebecca saiu do banheiro com a toalha enrolada no corpo e começou a se vestir.

-Amor...me chamaram pra uma festa...eu queria saber se eu posso ir...se você quiser ir comigo também pode...-Ela falou com a cabeça baixa e eu respirei fundo. O que custa?

-Tudo bem...eu vou me arrumar.-Eu tentei dar um sorriso mas ela pegou no meu braço levemente.

-Você não quer ir não é?

-Não tem problema, a gente pode ir se você quiser.-Falei tentando acalmar ela.

-Não...você não quer ir, você tá com raiva, desculpa, vamos ficar aqui ho--

-Rebecca! Vai se arrumar e vamos logo!-Interrompi segurando seu rosto com as duas mãos, dando um selinho nela e indo me arrumar. Ela abriu o sorriso tão lindo que eu me senti culpada.

Depois de nos arrumarmos, descemos para o estacionamento e subimos na moto dela. A festa seria na casa da Jennie, uma amiga da Rebecca.

Honestamente, eu acho que essa festa é uma ideia de girico já que as aulas vão começar amanhã pra vários cursos, incluindo o de direito e medicina.

Where there is "hate" Love reigns. - FREENBECKY Onde histórias criam vida. Descubra agora