Pov Freen:
Muitos dizem que a vida é um sopro, e posso dizer que concordo. A morte é a única certeza que temos na vida, nascemos com a certeza de que vamos morrer, hoje eu posso estar sorrindo e no outro dia posso estar chorando pela morte de alguém ou até mesmo eu possa estar indo para outro plano.
A verdade, é que a vida é muito curta para não aproveitarmos ao lado das pessoas que amamos e que nos fazem bem.
Meu sonho sempre foi casar, construir uma família e que todo mundo que eu amasse visse isso.
Incluindo esse sonho, a pessoa em que eu sonho em casar se chama Rebecca Armstrong.
Mas talvez não irá se concretizar, então continuará sendo um sonho. Há muitos sentimentos que não podem ser externalizados com palavras, mas com gestos.
Nesse momento sentada na frente desse túmulo com o jazigo de mármore, eu começo a refletir sobre o que é a vida. O silêncio desse cemitério é ensurdecedor e a minha dor é completamente aparente para quem quiser ver.
Olhando essa quantidade infinita de túmulos eu percebo que não levamos nada para o céu, todos nós vamos para o mesmo lugar, o que fica aqui na terra são nossos bens materiais e sem dúvida a nossa história.
-Está doendo papai...-Falei enquanto olhava para o túmulo de meu pai em minha frente.-Você sabe o quanto eu amo aquela idiota...ver ela daquele jeito me doeu muito...-Falei e enxuguei minhas lágrimas.
Eu não consegui voltar no hospital desde o dia do acidente. Aparentemente Rebecca estava em alta velocidade e bateu em um carro, mas por sorte ela estava reduzindo quando viu que o farol estava cegando ela, isso fez com que ela fosse para um lado e a moto para o outro.
A moto dela está destruída, mas outra sorte dela foi ela estar de capacete, ela bateu com a cabeça no meio fio, isso fez com que ela ficasse desacordada. O médico disse que se ela não estivesse usando o capacete, ela poderia não estar entre nós.
Faz dois dias desde o acidente, eu tenho ficado com ela no hospital quando os pais dela não podem. Só conseguia chorar toda vez que ela dormia, pensando que tudo aquilo era culpa minha.
Os pais dela já sabem o que aconteceu entre nós duas, mas eles não me culparam em nenhum momento, nem ela.
Mas eu não preciso que ninguém me culpe para sentir que a culpa é minha. Me pergunto por que essa idiota saiu em uma velocidade tão alta, se ela estivesse um pouco menos, talvez tivesse dado tempo de desviar da porcaria do carro.
Nesses dias eu vim limpar o túmulo do meu pai e deixar flores, éramos próximos, conversávamos muito e quando eu disse que estava apaixonada por Rebecca, ele riu da minha cara. Papai era uma graça.
Flashback on:
-CALA A BOCA SUA RIDÍCULA!-Eu estava brigando com a Rebecca devido ao trabalho que a professora mandou fazermos juntas.
-Mas não é essa a resposta!-Ela respondeu se levantando e começou a me encarar.
-Claro que é, Rebecca! O menor osso do corpo humano é o estribo, todo mundo sabe, não é o martelo!
-Claro que é o martelo sua idiota!-Ela respondeu e eu abri meu computador procurando pela resposta.
-O menor osso do corpo humano é o estribo.-Li o que estava escrito com uma cara convencida e ela bufou.-Como eu sempre estou certa, vamos voltar.-Falei e ela revirou os olhos indo se deitar na minha cama novamente.-Dá pra você sair da minha cama? Você acabou de voltar do futebol e nem se deu o trabalho de tomar banho.
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Where there is "hate" Love reigns. - FREENBECKY
FanfictionFreen é aluna exemplar de direito de uma das maiores Universidades da Tailândia, mas como nem tudo são flores, claro que iria ter alguém enchendo a paciência, e esse alguém é ninguém menos que Rebecca Armstrong, a marrentinha da Universidade.