Where there is "hate" Love reigns. - FREENBECKY

Capítulo 26 - Vida Nova.

Pov Rebecca:

Fará aproximadamente 6 anos que eu me mudei para Inglaterra. Agora estou com meus 24 anos, tenho três anos de formada e sou uma das melhores advogadas da Inglaterra.

Posso dizer que hoje sou bem sucedida no trabalho. Larguei a minha querida Harley Davidson e comprei uma Mercedes-Benz. Confesso que estou realizada profissionalmente, além do carro, consegui comprar a cobertura do prédio mais luxuoso da Inglaterra.

Claro que devo meu sucesso ao meu pai, se não fosse por ele, eu não teria conseguido tudo isso sozinha, é uma das partes boas em ser herdeira.

Me conhecem por aqui como a Herdeira da Advocacia, a família Armstrong é conhecida, principalmente pelo meu tio Arnold que é o duque e é advogado também.

Recebi o título de advogada mais nova e mais gata da Inglaterra também. Já dei diversas entrevistas e já fiz diversas sessões de fotos. O que mais me perguntam nessas entrevistas é se tenho alguém, se estou solteira, se estou apaixonada...

E bem, eu sempre respondo que estou solteira e não estou apaixonada, o que me faz ser a solteira mais cobiçada entre as mulheres. Homens não por que na primeira oportunidade eu falei que não curtia.

Minha vida mudou sim desde a faculdade mas o que não mudou foi o fato de eu ser bem requisitada. Mas o meu interesse mudou, claro.

Eu não beijo na boca tem 5 anos por incrível que pareça. Eu não tentei ter outro relacionamento depois que terminei com Freen.

Falo que não estou apaixonada e que estou solteira, mas meu coração namora e eu permaneço perdidamente apaixonada por ela.

Apesar de tentar esquecer ela, ter bloqueado ela de tudo, eu não consigo. Ainda guardo a aliança, guardo a blusa e guardo a caixinha que ela me deu com algumas coisas nossas.

Dói olhar para essas coisas por lembrar daquele fatídico dia em que ela terminou comigo e nem me deu a chance de explicar.

Óbvio que se mudar para a Inglaterra não foi o suficiente. Já que eu fiquei longe dos meus pais e dos meus amigos. Passei a me sentir solitária aqui e a minha terapeuta tem sido minha melhor amiga.

Meus pais vieram passar um tempo aqui comigo. Eles tentam me convencer de voltar para a Tailândia e a cada dia que passa me sinto preparada para isso. Mas não me sinto preparada para encontrar ela.

-Volta filha...sentimos tanto a sua falta meu amor...-Minha mãe falou enquanto fazia um carinho no meu rosto.

-E como sentimos! Eu posso ajudar a conseguir a licença para você advogar lá, se você me disser que quer voltar, eu consigo rápido!-Meu pai falou empolgado e eu sorri.

-Eu posso pensar no caso de vocês...-Respirei fundo e me levantei do sofá.-O quarto que eu pedi para prepararem fica naquele corredor, a segunda porta a esquerda, vocês devem estar cansados, a viagem é bem longa...

-Pensa com carinho meu amor!-Minha mãe me deu um beijo na bochecha e foi se recolher com meu pai.

Fui até minha adega de vinhos, escolhi um e me servi em minha taça. Fiquei desgastando o vinho por um bom tempo apenas pensando se seria de fato uma boa ideia voltar.

Fui para o meu quarto e antes de dormir, eu peguei a caixinha que ela me deu naquele ano novo. Eu havia colocado o cordão que comprei com as iniciais dela dentro dessa caixinha.

As vezes eu lia os poemas de amor que ela fez, as cartinhas, ficava um bom tempo vendo as fotos. São boas lembranças.

A blusa dela? Eu guardei com carinho em uma gaveta e de as vezes lavo para não manchar, ou mofar ela. Ela sempre está cheirosa, como a Freen era. Quando as coisas apertam e as crises batem, eu durmo com ela, é uma forma que eu uso de me acalmar mas quando acordo fico triste lembrando que acabou.